Patrick Thompson:
Voltei ao salão do restaurante, observando a movimentação e me preparando para retomar meus afazeres. Notei que Carlos e Gabriela ainda estavam conversando animadamente. Aproveitei o momento para verificar se precisavam de mais alguma coisa.
— Tudo certo por aqui? — perguntei, me aproximando da mesa deles.
— Sim, tudo ótimo — respondeu Gabriela, sorrindo. — O estrogonofe está delicioso!
— Fico feliz que esteja gostando — respondi, dando um sorriso. — E você, Carlos, precisa de mais alguma coisa?
— Só a conta, por favor — ele disse, ainda com aquele sorriso pensativo no rosto.
Enquanto preparava a conta, fiquei pensando no que Sam havia dito. Calvin realmente parecia ser o tipo de pessoa que estaria ao lado de Vinícius em qualquer circunstância. Isso me deu uma sensação de alívio por Vinícius, sabendo que ele teria o suporte necessário, diferente do que foi na primeira vez.
Entreguei a conta a Carlos, que agradeceu com um aceno de cabeça. Antes de sair, ele me chamou de lado.
— Patrick, obrigado por cuidar da gente hoje. E sobre o que você ouviu mais cedo, a gente vai conversar depois, ok? — disse Carlos, lançando um olhar significativo.
— Claro, estou à disposição — respondi, curioso sobre o que ele queria dizer.
Com Carlos e Gabriela indo embora, o restaurante começou a esvaziar. Aproveitei a calmaria para arrumar algumas mesas e preparar o ambiente para a próxima leva de clientes.
Mais tarde, enquanto estava limpando uma mesa, vi Vinícius entrando no restaurante. Ele parecia um pouco abatido, mas sorriu ao me ver.
— Ei, Vini, tudo bem? — perguntei, tentando soar despreocupado.
— Ah, Patrick... só um pouco cansado. E você? — respondeu ele, se aproximando.
— Sobrevivendo — brinquei. — Senta aí, quer tomar alguma coisa?
Vinícius assentiu e sentou-se, soltando um suspiro profundo. Trouxe um copo de água para ele e sentei-me ao seu lado.
— Quer conversar? — perguntei, percebendo a tensão no rosto dele.
— Na verdade, sim — ele começou, hesitante. — Estou um pouco nervoso sobre as coisas com Calvin. Não sei o que fazer, sabe?
— Olha, Vini, eu sei que é difícil, mas você tem que confiar nos seus sentimentos. E confie também no Calvin. Ele te ama e vai estar do seu lado, aconteça o que acontecer — disse, tentando oferecer algum conforto.
Vinícius sorriu, visivelmente tocado pelas minhas palavras.
— Obrigado, Patrick. Eu precisava ouvir isso — ele disse, dando um gole na água.
Ficamos ali conversando por mais alguns minutos, enquanto o restaurante se enchia novamente. Saber que eu podia estar lá para meus amigos, assim como eles estavam para mim, me dava um sentimento de gratidão.
E assim, a rotina do restaurante continuava, com todos nós enfrentando nossos desafios pessoais e profissionais, mas sempre apoiando uns aos outros, como uma verdadeira família.
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Quando voltei para casa, vi Max brincando com os primos e o Carlos fazendo a comida. Vinícius e Angel estavam sentados à mesa da cozinha.
Abri a porta e meu filho veio correndo na minha direção.
— Papai! — Max gritou, me abraçando pela cintura.
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Metade de você (Mpreg) | Livro 2 - Amores perdidos e encontrados
RomantikVinicius tinha apenas dezessete anos quando seus pais abandonou, os mesmos que se recusavam a ter um filho gay e no mesmo dia descobrir sua gravidez de um rapaz que só quis Brincar com seus sentimentos. Junto de seu melhor amigo Patrick que descobri...