Capítulo Trinta

1.2K 154 38
                                    

Patrick Thompson:

Acho que era isso que ambos desejavam ouvir de mim. Voltamos para dentro do restaurante com tranquilidade. Os meninos começaram a comer seus lanches, que provavelmente já estavam completamente frios, mas comiam com uma felicidade que me surpreendeu.

— Você falou o que eles queriam ouvir. Bem, no caso, o que o Arthur queria ouvir — disse Lúcia assim que contei que iria sair com o Arthur, como se o plano do Tayler tivesse funcionado. — Quem diria que você aceitaria sair com alguém depois de tanto tempo? Achei que isso só aconteceria quando o Max estivesse na faculdade.

— Tá ficando mais folgada do que já é. Estava mesmo pensando que iria esperar esse tempo todo, sendo que tenho várias babás para cuidar do meu filho — respondi, vendo-a dar de ombros, como se não se importasse, me fazendo revirar os olhos. — Agora que percebi, cadê o Luiz?

— Ali com os deuses gregos — Lúcia falou. — Antes de sair para o intervalo dele, disse que vai pegar o número deles.

Olhei para a mesa dos deuses gregos e vi Luiz conversando animadamente com os dois. Em determinado momento, ele se virou para nós e chamou nossa amiga, que foi até lá.

Olhei para a cozinha e notei que grande parte da comida da Sofia já estava pronta, e isso me surpreendeu pelo modo rápido com que todos aqui fazem os pedidos.

Mas a pessoa que era mais veloz que todos os outros era Vicente Johnson.

Claro que ele seria, sendo pai do Bill Johnson, mas Vicente se mudou de país após o acontecimento mais triste de sua vida. Como deve saber, Pedro, que veio aqui outro dia, era noivo de Vicente. No dia do casamento, Vicente pegou Pedro e sua melhor amiga na cama.

Devastado, Vicente resolveu deixar a cidade e, logo após, o país, comunicando-se apenas com o pai por videochamadas. Desde então, Pedro Lewis vem ao restaurante tentar se explicar.

Balancei a cabeça quando ouvi um gritinho feliz vindo do lugar onde os deuses gregos estavam conversando com Luiz e Lúcia. Fiquei olhando para a entrada, na espera de um cliente, e me surpreendi quando Carlos passou por ela. Ele me deu um tchau com a mão e foi se sentar em uma mesa. Minutos depois, uma moça de cabelos amarrados entrou e foi até a mesa onde ele estava.

Tentei ir até eles para saber sobre o que conversavam, mas o maldito do meu celular começou a vibrar. Então resolvi sair dali para ver quem era.

Fui para o corredor da cozinha, retirei o celular do bolso e vi o número de Charles na tela.

— Olá, Charles — falei, desbloqueando a tela. — Como está?

— Olá, Patrick — respondeu Charles do outro lado, parecendo nervoso. — Posso te pedir ajuda em algo?

Fiquei mudo com isso, já que ele sempre pede ajuda ao Carlos, seu filho.

— Patrick — Charles chamou. — Ainda está aí?

— Sim, no que posso te ajudar? — perguntei.

— Como você faz para chamar alguém para sair? — Charles perguntou de uma vez.

— É só chegar na pessoa e perguntar se ela quer sair com você. Claro, se estiver certo disso, vai ser fácil, ainda mais para alguém bonitão como você — falei de maneira simples e curiosa ao mesmo tempo, querendo saber quem ele iria convidar para sair, já que desde que o conheço, ninguém nunca o interessou nessa parte romântica. — Quem é a pessoa?

— Não vou contar no momento — Charles disse. — Vou esperar para ver se dá certo com essa pessoa! E, por favor, não conte para o Carlos.

— Vou tentar não contar, pois sei que vai dar certo o que você vai fazer, meu bom amigo — falei, sentindo que ele sorria do outro lado da linha.

Metade de você (Mpreg) | Livro 2 - Amores perdidos e encontradosOnde histórias criam vida. Descubra agora