Patrick Thompson:
Acho que era isso que ambos desejavam ouvir de mim. Voltamos para dentro do restaurante com tranquilidade. Os meninos começaram a comer seus lanches, que provavelmente já estavam completamente frios, mas comiam com uma felicidade que me surpreendeu.
— Você falou o que eles queriam ouvir. Bem, no caso, o que o Arthur queria ouvir — disse Lúcia assim que contei que iria sair com o Arthur, como se o plano do Tayler tivesse funcionado. — Quem diria que você aceitaria sair com alguém depois de tanto tempo? Achei que isso só aconteceria quando o Max estivesse na faculdade.
— Tá ficando mais folgada do que já é. Estava mesmo pensando que iria esperar esse tempo todo, sendo que tenho várias babás para cuidar do meu filho — respondi, vendo-a dar de ombros, como se não se importasse, me fazendo revirar os olhos. — Agora que percebi, cadê o Luiz?
— Ali com os deuses gregos — Lúcia falou. — Antes de sair para o intervalo dele, disse que vai pegar o número deles.
Olhei para a mesa dos deuses gregos e vi Luiz conversando animadamente com os dois. Em determinado momento, ele se virou para nós e chamou nossa amiga, que foi até lá.
Olhei para a cozinha e notei que grande parte da comida da Sofia já estava pronta, e isso me surpreendeu pelo modo rápido com que todos aqui fazem os pedidos.
Mas a pessoa que era mais veloz que todos os outros era Vicente Johnson.
Claro que ele seria, sendo pai do Bill Johnson, mas Vicente se mudou de país após o acontecimento mais triste de sua vida. Como deve saber, Pedro, que veio aqui outro dia, era noivo de Vicente. No dia do casamento, Vicente pegou Pedro e sua melhor amiga na cama.
Devastado, Vicente resolveu deixar a cidade e, logo após, o país, comunicando-se apenas com o pai por videochamadas. Desde então, Pedro Lewis vem ao restaurante tentar se explicar.
Balancei a cabeça quando ouvi um gritinho feliz vindo do lugar onde os deuses gregos estavam conversando com Luiz e Lúcia. Fiquei olhando para a entrada, na espera de um cliente, e me surpreendi quando Carlos passou por ela. Ele me deu um tchau com a mão e foi se sentar em uma mesa. Minutos depois, uma moça de cabelos amarrados entrou e foi até a mesa onde ele estava.
Tentei ir até eles para saber sobre o que conversavam, mas o maldito do meu celular começou a vibrar. Então resolvi sair dali para ver quem era.
Fui para o corredor da cozinha, retirei o celular do bolso e vi o número de Charles na tela.
— Olá, Charles — falei, desbloqueando a tela. — Como está?
— Olá, Patrick — respondeu Charles do outro lado, parecendo nervoso. — Posso te pedir ajuda em algo?
Fiquei mudo com isso, já que ele sempre pede ajuda ao Carlos, seu filho.
— Patrick — Charles chamou. — Ainda está aí?
— Sim, no que posso te ajudar? — perguntei.
— Como você faz para chamar alguém para sair? — Charles perguntou de uma vez.
— É só chegar na pessoa e perguntar se ela quer sair com você. Claro, se estiver certo disso, vai ser fácil, ainda mais para alguém bonitão como você — falei de maneira simples e curiosa ao mesmo tempo, querendo saber quem ele iria convidar para sair, já que desde que o conheço, ninguém nunca o interessou nessa parte romântica. — Quem é a pessoa?
— Não vou contar no momento — Charles disse. — Vou esperar para ver se dá certo com essa pessoa! E, por favor, não conte para o Carlos.
— Vou tentar não contar, pois sei que vai dar certo o que você vai fazer, meu bom amigo — falei, sentindo que ele sorria do outro lado da linha.
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Metade de você (Mpreg) | Livro 2 - Amores perdidos e encontrados
Storie d'amoreVinicius tinha apenas dezessete anos quando seus pais abandonou, os mesmos que se recusavam a ter um filho gay e no mesmo dia descobrir sua gravidez de um rapaz que só quis Brincar com seus sentimentos. Junto de seu melhor amigo Patrick que descobri...