Capítulo 1

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<| let the light in - Lana del Rey|> ∞
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ANTES
Minho. 17/03/07

Hoje, meus pais não estavam em casa de manhã, eu andei com os pés descalços por todas as salas, mas nada deles. Eu fico esperando eles, balançando os pés na sacada de casa.

Eu pensava em minhas tarefas, cálculos de adição e subtração com dois números corriam na minha cabeça, para passar o tempo, eu contava com os dedos chegando em todos os resultados.

A manhã estava linda, cheia de passarinhos cantando, um vento bom passando em meu cabelo. Adorava admirar o meu quintal da frente, minha mãe tinha muitas flores e plantas, cheirosas e tão coloridas.

De repente um carro para na frente da minha casa, eu só olho, um homem sai do carro, inquieto e vermelho, parecendo que estava chorando. Ele me vê e para de andar pro lado e pro outro.

Ele sorri e começa a chorar. As sombras das árvores cobriam todo o pátio, então, abre uma frecha de luz na cara do homem, com a brisa fria e aconchegante.

Ele caminha até minha casa e pede para eu abrir a porta, eu desço aquelas escadas encaracoladas, e abro a porta.

— Minho, lembra que os seus pais disseram não abrir portas para estranhos?— ele falava se agachando e segurando meus ombros, suas mãos eram grandes e cobriram ambos dos meus ombros.

— Eu sei! Mas você pareceu simpático, cadê meu papai e minha mamãe?— eu falei, e o homem chorava mais, não desesperadamente, ao contrário, bem calmamente.

— Olha Minho, eu vou te levar junto com o meu filho pra ver os seus papais, daí você pode brincar um pouquinho com ele, pode ser?— ele se levanta e segura minha mão, eu assenti com a cabeça, e fui pro carro.

Ali estava um menino talvez menor que eu.
— Oi! Meu nome é Jisung, o meu pai disse que você quer brincar, eu tenho dois hot weels, qual você quer brincar?— o garoto me questiona felizmente, logo que chego no carro, e coloco cinto

— Meu nome é Minho! Posso ficar com o verde?— o menino concorda, e eu e ele brincamos com os carrinhos em uma plataforma de papelão no colo dele.

Nós chegamos na casa dele, e era gigante para minha mente de nove aninhos. Logo que a gente chegou o Jisung ficou todo empolgado porque tinha alguém pra brincar com ele.

Ele foi me puxando pela mão, indo até um jardim grande, cheio de flores, e uma piscina pequena de plástico.

Eu e ele brincamos com uns bonecos de power rangers, ele era menor que eu, é muito legal, ele ria de tudo e eu também ria muito dele, só por ele estar rindo.

Enquanto brincávamos, ficou quieto por um momento, e escutei o pai de Jisung gritar algo sobre mim. Eu olho para trás, e consigo ver pela grande porta de vidro, ele chora, desesperado.

Ele estava de pé gritando como com uma mulher calmamente conversando com ele, falando; — O menino Hari! Ele nunca vai saber?! Se a gente não contar vai ficar muito tarde para falar!—

— Joonghae, tenha calma, assim você realmente não vai conseguir falar— a mulher falava e o acalmava — Eu não sei o que fazer.. Que raiva! Por quê eles tiveram que fazer isso com ele!—

Minha visão ficou borrada, como assim eles fizeram algo? Cadê os meus pais? O que está acontecendo?

— Minho.

Han me chama calmamente — Ignora eles, eles gritam toda a hora, pode deixar eles e brinca comigo— ele estava ao meu lado passando a mão nas minhas costas, o que incrivelmente me acalmou.

Eu não sei o que passou na minha cabeça, mas eu comecei a chorar sem pensar — Oh, Minho! Não chora, a gente pode brincar de outra coisa!— ele tirava as minhas lágrimas e me abraçava, dando carinho na minha cabeça.

Eu chorava mais, e abraçava ele com força e não largava. Ele não parecia se importar com eu o apertando, ele só me acalmava e passava a mão no meu cabelo.

Eu só me lembro de ir pra dentro da casa, chorar mais um pouquinho, estar com Jisung. Depois, receber a pior notícia da minha vida.

A mulher que conversava com o pai de Jisung, era a mãe de Jisung. Ela me falava calmante que os meus pais infelizmente chegaram à óbito hoje.

Eu nunca entendi essas palavras chiques, então no momento, eu pensei que eles foram abduzidos por aliens, chorei tanto, de soluçar.

Jisung que estava ao meu lado, e chorávamos em conjunto - Para de chorar! Assim eu choro mais ainda!- ele fala entre soluços todo vermelho.

Isso me fez acalmar, porque não queria que alguém chorasse por minha causa, então passo a mão nas costas dele.

— Não chora.. passou— eu falo com lágrimas superficiais — Promete que você não vai chorar na minha frente de novo!— ele se retraia e parava de chorar

— Prometo.

A mãe de Jisung começou a chorar também, ela escora a cabeça com as mãos, e Jisung a abraça também, eu me junto ao abraço, e confortamos a mãe dele.

O dia foi lindo, mas só não foi perfeito, porque não estava com eles.

Amor É Um Verbo ~ [minsung]☆Onde histórias criam vida. Descubra agora