Capítulo 2

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<|Love is ugly(feat. Hwasa) - Jay Park.|> ∞
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DEPOIS
Minho. 17/03/23

Eu cresci. Dessa vez eu não penso que meus pais foram abduzidos por aliens, eu sei que eles morreram, estou ciente.

Eu morei com a família Han toda minha vida, até que os pais de Jisung decidiram se divorciar, não falei nada, mas acabei indo junto com a mãe de Jisung, e ele com o pai dele.

Eu acabei de acordar, me olho no espelho com o cabelo todo bagunçado, parecendo um ninho de mafagafo, eu fui pro banheiro para tomar banho, acabei só escovando os dentes.

Logo, fui pra cozinha pra pegar um pão e ir embora, mas sou parado por Han Ha-Ri, a mãe de Jisung

— Oi, Minho, já vai sair?— ela pergunta toda arrumada, prendendo o cabelo, indo sair para o trabalho dela — Não, tava pensando em ficar em casa- eu sorri e fiquei piscando rapidamente.

— Não senhor, trabalho não é opcional, você se formou, e agora vai ter que trabalhar— ela pega um iogurte na geladeira.

Eu sou formado em engenharia mecânica, é uma bosta. Eu estudei tanto que quase desisti, passei por cagada. Eu só gosto de carros, e dirigir, mas acaba que tudo que eu estudei, não caia na prática, era o básico do básico.

Então já que sou "muito bom", eu ganhei upgrade de mecânico, para gerente. Eu administro uma subdivisão de desenvolvimento de uma grande companhia de carros, eu nem sei como consegui entrar, só aconteceu.

— O terno tá no lixo— eu minto

— Tá no lixo o meu caralho, eu vi ele hoje, em cima da cama de visita— ela franze as sobrancelhas e coloca as mãos na cintura

— Harii~ eu não quero ir— eu procrastino

— Porra, Minho, só vai, não é como se você morresse manobrando carros de teste!— ela abre o lixo e joga o potinho do iogurte dentro. Eu bati o pé no chão, e ela olha brava para mim. Já que eu não queria morrer hoje, sai correndo.

O trabalho era uma chatice legal, eu era amigo de todo mundo, mas não no jeito exagerado e extrovertido. É porque a subdivisão é pequena, e ser extrovertido não combina comigo.

E é a mesma coisa de sempre; eu chego no trabalho e o recepcionista me recebe, eu entro dentro e dou bom dia pros meus colegas.

Entro dentro do meu escritório, coloco as minhas coisas no sofá ao lado da minha mesa, e fico sentado por um tempo na minha cadeira, para eu lembrar o que era para eu fazer.

Levanto e troco de roupa, porque terno o dia inteiro é pecado, depois, troco de roupa para um macacão cinza. Os diálogos ao longo do dia que eu tenho com os meus colegas variam, o de hoje foi bem particular.

— Oi, Minho! seu lindo maravilhoso, tomou café?— Felix fala com um duas torradas nas mãos — Felizmente, hoje sim, por quê? Não vão me fazer andar com o protótipo 94, né?— eu falo pegando uma torrada na mão dele.

Felix resmunga algo com um sorriso na cara — Sim, a gente vai, chora— Seungmin aparece debaixo de um carro, se levanta e pega a torrada da minha mão — Ah, nem vem! por quê tem que ser eu? Sempre têm que ser eu— eu balanço a cabeça em negação, na brincadeira.

— Desculpa chefe, mas é que o outro chefe vem hoje, e vai dar sermão na gente se nós não tivermos ele pronto pra andar, pode ir só dessa vez? É só pra ver se o motor tá certo— Felix pega um pedaço da torrada, e estende a mão na minha frente.

O outro chefe era um desconhecido, eles sempre falavam pra nós que ele ia vir, e spoiler, ele não vinha, então eu comecei a esquecer ele, e fazer tudo no meu tempo, e dava tudo certo, sempre deu.

— Tá.. se ele não vier, de novo, eu bato em vocês— eu balanço a mão de Felix, e ele dá dois pulinhos.

Eu me afasto e vou em direção a área de test drive, uma enorme pista pra dar voltas, ver se o motor tá pegando, ou se a velocidade está de acordo com a pesquisa da subdivisão de pesquisa.

Eu nunca gostei de dirigir pensando em algo, sempre com a cabeça vazia, porque se eu dirigisse pensando em algo, eu ia ficar tenso, e acabar pensando nos meus pais.

A última vez que isso aconteceu, capotei o carro, e tive que fazer cirurgia, porque atravessou um vidro por minha barriga.

Hoje eu estava leve, então quando entrei no carro, coloquei uma musiquinha, sempre umas músicas de Japão anos 80, as vezes nem colocava música, mas hoje eu tava feliz.

Iniciei o carro, pegou bem, dirigindo ele foi tranqüilizante, acelerando ele foi como se não mudasse o ambiente, um carro muito bom, a pesquisa estava certa, e o motor estava em boas condições.

Aproveitando, eu dei mais algumas voltas, e escuto Felix me chamando no walkie-talkie.
— Que foi peste? Câmbio— eu respondo discordo com protocolo.

— Minho, o chefe chegou, repito, o chefe chegou, sai do carro, câmbio, desligo — ele desliga na minha cara.

Eu só sei que minhas pernas congelaram, e eu fui desacelerando o carro até a garagem.

— Minho!— Felix diz no momento que eu saio do carro — Ele tá aqui mesmo, ou vocês estão me sacaneando?— eu pergunto indo até minha sala, e Felix me acompanhando.

— Não te sacaneando, mas não é o chefe, é um cara da divisão de concretização, a principal, e a do chefe— ele me segue.

Eu vi uma silhueta dentro da minha sala, e quase tive um infarto. Eu dei um olhar pra Felix, e ele parou.

Foi rápido, eu dei uma respirada funda, e abri a porta — Bom dia— eu começo pisando na sala. Era um cara alto, com um terno, ele lindo, o cabelo era grande e amarrado em um pequeno rabo.

— Bom dia, o senhor é Lee Minho?— ele se senta em meu sofá. — Ele mesmo— me sento em minha cadeira, eu me senti meio humilhado só por estar de macacão, deveria ter me trocado.

— Eu sou Hyunjin, dos headquarters da imprensa, se surpreendeu com minha presença?— ele fala sério.

— Não senhor, já sabia que o senhor iria vir hoje, prazer— eu já conhecia ele, mas só de boatos, nunca conversei de verdade com ele, eu sabia que ele era mais novo que eu, só quis demonstrar como eu tenho respeito por ele, só por ter um posicionamento maior que o meu.

— Ah, se poupe de tanta educação, eu sou mais novo, ademais— ele fala colocando uma perna acima da outra, eu sorrio envergonhado, e assinto com a cabeça.

— Então, chegando ao assunto, o senhor trabalha em nossa empresa a um tempo, certo?— ele entrelaça os dedos.

— Há sete anos, sim— o pior que não era mentira, desde que eu me formei como engenheiro mecânico, eu fui encaminhado para a imprensa, com muita reza claro.

— O chefe da headquarters, vulgo CEO, chamou todos os funcionários antigos, sem autorização de evoluir em sua carreira, para trabalhar na sede de carros, o prédio grande onde vende carro, lá.

Ele falou com tanta calma e serenidade, que fez meu corpo congelar, não era possível. Eu construí toda essa história e jornada aqui, e tive que perder tudo em só um dia? Impossível.

— Uau... Sem reação, viu.. Só isso que eu posso te dizer, não sei se a equipe consegue sem mim— eu minto, É claro que minha equipe ia amar se eu fosse embora, pra deixar alguém ganhar o meu salário, sei que seungmin adoraria

— É um convite, claro, se quiser recusar pode, mas se está em dúvida, amanhã temos um evento com o CEO, o lugar pode te fazer mudar de ideia, vai lá— ele fala já levantando para sair, eu levanto com ele á porta.

— Vou pensar, é muita coisa para processar, de verdade é uma oportunidade de ouro— digo abrindo a porta — Pode ver, vai ser bom pra ti— ele sai e eu me despedi.

Fecho a porta e ligo o meu computador, agora, por uma vez na vida, eu vou ver quem é esse tal CEO, que sempre amarelou de vir pra cá.

Amor É Um Verbo ~ [minsung]☆Onde histórias criam vida. Descubra agora