Capítulo 12

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<| Like a Tattoo – Sade|> ∞

ANTES
Minho. 24/03/13

Desde que eu saí da casa de Jisung, parece que eu me senti desconectado, fora de si. Eu passava os dias como uma pessoa completamente monótona.

Jisung deve estar tão feliz que eu saí. Mas, acho que quando ele ficou agarradinho em mim no dia dezessete, ele deve ter sentido uma calmaria.

Ele me ama, só não quer admitir. És o homem de negação, eu pensava que eu era assim, mas acaba que é mais ele do que eu. Eu estou no shopping com Hina.

Ela fica falando sozinha enquanto compra agasalhos, pela neve. A temporada de neve ainda não acabou, e Hina está ficando sem casacos, diz ela.

Eu olho umas peças, mas vejo que não preciso, porque ela me mima demais, devo ter mais roupa do que noção. Noto que o meu telefone vibra dentro do meu bolso.

Não costumo ganhar muitas notificações, nem ligações. Meu telefone não era mais daqueles de dobrar, aqueles fininhos que todo mundo tinha na época, o meu era novo, um smartphone.

Eu me destancio da Hina, e me escondo no meio de cabides com roupas. O número era desconhecido, e eu cheguei a pensar que tinha algo errado, mas respondi mesmo assim.

— Alô?— Eu falo quase sussurrando.

— Alô? Oi, é o Minho?— a voz de Jisung reponde. Foi surpreendente que ele sabe o meu número, ou pelo menos quis se importar de saber.

— Oi, é sim, como você conseguiu meu número?— Eu falo num tom gentil.

— Não te interessa, e esse não é o ponto. Não quero papo furado, nem mesmo conversa fiada!— ele grita do outro lado da linha. Eu respiro fundo, conhecendo a peça, ele vai xingar algo ou alguém.

— Que foi, Jisung?

— O velho do Joonghae, quer que eu vá pra Malásia! Esse desgraçado tá querendo dar uma passadinha pelo cafundó de judas? Ah, me poupe!

Han Jisung na Malásia... Nossa, ele vai estar tão longe de mim. Que bosta, imagina ele lá, sem saber um pingo de inglês,nem Malaio e ansiedade de público. Seria uma ótima comédia, mas ficaria meio tragédico.

— Mas que coisa hein...

— Que coisa?! É uma merda! Um apocalipse!

Eu rio — Só foi para isso que você me ligou?— ele fica quieto por um tempo, e eu fico esperando a resposta. Ele é tão esquisito, mas pelo menos é realista, eu teria odiado ter que ir pra Malásia.

— Na verdade eu queria desabafar sobre isso com alguém, eu só pensei em você.

Eu sorrio.
— Bom, estou lisonjeado. É isso? Não quer mais nada? —

— Aonde você tá? Passa aqui... Eu tô no parque.

Eu sabia exatamente aonde era esse parque. Nós íamos de criança pra lá, como se fosse rotina. Eu ficava reclamando de tudo com ele.

— Tô no shopping com Hina, eu vou falar pra ela me deixar aí.

Eu escuto um suspiro carregando de Jisung, e eu saio dos cabides, e vou para Hina, quando eu escuto isso;

— Vem logo... Tô com saudades... A neve congelou meu coração, vem aqui me esquentar.

Ele fala com seu tom de súplica. E ele sussurra com sofreguidão, desejo. Meu pescoço de ouriça, e eu fico congelado. Eu vejo essa exigência como realizada.

— Tô indo... Tchau. — Eu suspiro e desligo. Logo quando chego em Hina, ela concorda em me deixar lá, mas só se eu andar a pé para casa.

Considerando a minha casa perto do parque. Depois das compras, ela me deixa no parque. E depois de percorrer metade da circunferência do parque, eu o vi.

Amor É Um Verbo ~ [minsung]☆Onde histórias criam vida. Descubra agora