Amor É Um Verbo ~ [minsung]☆

Capítulo 5

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DEPOIS
Minho. 17/03/23

Eu abro aquele computador. Deus me perdoe, mas nunca teria aberto aquele maldito computador, se eu soubesse a resposta.

— Han Jisung?! — Eu quase me engasgo com a minha própria saliva, me levanto da minha cadeira, e me deito no chão, me focando em respirar fundo, e recuperar o fôlego.

É um exercício que eu faço pra me acalmar desde que eu era pequenino, respiro pela barriga e solto pelo peito.

Noto que uma luz tava apagada no teto, mas isso não importa, nem faz sentido. Meu Deus. Eu trabalhava pra ele todo esse tempo?

Se eu soubesse eu ia ter ido atrás dele. Ele nunca veio atrás de mim. Mesmo sabendo de mim...

Eu estava em pânico, com a mente correndo a mil, e a respiração acelerada.
Felix abre a porta, e parece que tudo que andava inquieto na minha cabeça, parou.

— Estava tão ruim assim?— ele nota minha inquietação e se senta no chão junto a mim, eu nem respondo e fico focando em respirar calmamente.

Ele ficou me encarando por um tempo com as sobrancelhas franzidas — Mh? Hein? Como foi?— ele quebra o silêncio, causado pela escassez de palavras.

— Uhm.. foi interessante e breve..— eu falo ainda aflito e sem graça.

— Só?? Por que você tá no chão? Não entendi — ele inclina a cabeça ainda com as sobrancelhas franzidas.

— Porque! Um rolo antigo é o chefe..— eu grito controladamente, agora sentado — Você tá brincando, né? Só por um namoradinho? Nada a ver! Supera.—

Namoradinho?
Na.. namoradinho..?

Jisung não é, e nunca FOI meu namorado.
Eu olho pra ele com cara séria, pronto pra atacar o pescoço dele que nem um gato.

— Que? Não foi rolo de namoro? Ahh.. safado— ele sorri de lado, e foi aí que se foi o último pingo de saco que eu tava.

— Não é nada disso! Se cura menino — eu empurro ele e tampo minha cara de vergonha — Ué, então você tá usando o termo errado, o que ele era seu?— ele pergunta com aquele sorrisinho genuíno dele.

— Um amigo, amigo antigo— falo me levantando, agora me recompondo, o que Felix se levanta imediatamente.

— Então não é rolo, e só amizade eu hein— ele cruza os braços, e eu percebo o erro, só não falo que errei, é mais legal assim — Tá, tá, volta pro trabalho — Eu volto pra minha mesa.

— Não chefinho! eu tava tentando entender o que vocês estavam falando por leitura labial, mas eu entendi merreca nenhuma, fala o que foi, pra satisfazer a minha necessidade de fofoqueiro— ele fala sem pausa, e eu queria matar ele ali mesmo.

Respiro fundo, e decido falar — Felix.. você sentiria falta de mim se eu saísse? Tipo do trabalho, pra sempre?—

— Ah não fala isso não.. É claro que sim— Ele faz cara de pidão, e me sinto na obrigação de falar para ele.

— Olha.. ele me chamou pra trabalhar no headquarters tá? Mas não sei se aceito, pelo negócio do chefe e tals — eu falo segurando os ombros dele.

Ele franze as sobrancelhas, mas logo as desfaz para um sorriso amigo — Siga o teu coração chefe, e você sente que seria uma oportunidade legal, você pode ir, e o mais velho da nossa equipe vai cuidar até você voltar—

— Se eu voltar, né— eu murmuro para mim mesmo, o que foi recebido por um tapa rápido de Felix. Eu esfrego meu braço.

— Ai! Felix!

— Nunca mais se atreva de falar esse tipo de coisa, vai que o universo escuta! — ele arregala os olhos e fica sério. Eu rolo os meus olhos.

— Que seja Felix.. Eu sei que eu não vou abandonar a equipe, vocês são família

O olhar de Felix se suaviza, e me olha como se esperasse algo de mim. Eu paro de esfregar o meu braço, e espero sua entrepetação do que eu falei.

— Promete nunca nos deixar?

Não me custa responder. Por mais que eu tenha gostado da oportunidade, minha equipe é tudo pra mim, convivo com eles desde que eles eram aprendizes.

— Prometo, Felix. Do fundo do meu coração.