Amor É Um Verbo ~ [minsung]☆

Capítulo 16

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|Wall St Underwater - Elijah Fox|>∞

DEPOIS
Minho. 18/03/23

Meu despertador faz meu coração quase sair pela minha boca quando acordo, por isso levanto rápido, me deixando tonto. E percebo que esse com certeza não é o meu quarto.

A clareza deste lugar quase me cega, mas não posso ignorar o fato que tudo aqui parece ser angélico, e magníficamente organizado e limpo.

Os lençóis sobre os quais estou deitado são mais brancos do que o tom mais branco que você possa imaginar, e todo o quarto segue o mesmo padrão dos lençóis, o que é uma loucura.

Eu com a visão embaçada, olho para o outro lado da cama, e meu amigo Felix está dormindo de barriga pra cima, com a boca bem aberta e babando um pouco.

Pisco várias vezes e o sacudo para acordá-lo. Ele se move ao redor da cama, recusando-se a abrir os olhos e, quando o faz, se levanta.

— Felix, o que eu tô fazendo aqui?— eu falo, enquanto ele cai no chão e se levanta rapidinho - Bom dia? - ele fala num tom rouco com aquela voz de big fone dele.

— Você chegou aqui na minha casa, e nós nos embriagamos e brincamos de jogos de tabuleiro— Ele amarra o cabelo impecável dele, e começa a pegar as garrafas vazias de soju do chão.

— Ah, que maneiro.— eu me levanto pra checar meu telefone. Nós ignoramos o fato de eu estar sem camisa, e nós sentamos no balcão dele.

Felix me conhece tão bem, ao ponto de que eu não preciso nem falar pra ele que eu não me lembro das coisas quando me embebedo, ele conta pra mim as histórias épicas depois.

A casa de Felix é elegante e limpa até os trinques, e ele se esforça muito pra deixar tudo impecável. Ele faz o café da manhã dele junto com o meu; Sopa de caldo de osso com arroz e legumes.

Eu sempre agradeço essa preocupação dele com o meu bem estar, e ele faz tudo isso com um sorriso no rosto, com o prazer em servir e me ajudar.

Eu agradeço a comida, e ele sorri com as simples palavras. — Bem, estou feliz que você tenha gostado. — continuamos comendo, até ele falar comigo.

— Ei, o baile da empresa não seria hoje?— ele comentou, fazendo meus olhos revirar. — Nem me fale, eu já tô quase indo de arrasta pra cima.— eu comento, olhando para minha comida.

— É... É que você meio que...— Felix fala baixinho e morde a língua, eu olho para ele confuso, dou uma risadinha e volto a ficar sério. — O que aconteceu, uhm?— ameaço ele com o olhar.

Ele faz cara de paisagem e não me responde. — Você meio que tá sem roupa descente pro evento...— ele fala, e eu dou uma risadinha — Uh, impossível? A minha roupa de hoje está na minha casa.— eu bufo.

Meu sorriso some quase imediatamente quando ele não responde, e me encara com os olhos semi abertos. Eu olho para minhas roupas que eu estou vestindo, e só estou de short, nada por baixo, nem por cima.

— O que eu fiz?— eu olho pra Felix, e ele balança a cabeça em negação.
— Você trouxe suas roupas e enquanto você estava bêbado, você sujou seu terno com comida gordurosa, tentei te avisar, mas você estava chapado de soju.—

Olhei para ele com raiva, mas sabia que era tudo culpa minha, então simplesmente me levantei e procurei meu terno. Encontrei ele na cesta de roupas sujas, e ele estava nas piores condições que eu poderia imaginar.

Minha camisa branca estava coberta de impressões digitais de Cheetos, sem falar da trilha de gordura de pizza que estava impregnando o terno. Prendi a respiração para não gritar. Em todos os dias do meu trabalho, nunca quis usar meu terno, mas agora que preciso dele, estraguei tudo.

— Ah, ora, o que vou fazer agora? — Deixo cair a roupa suja no chão e normalmente volto a comer minha comida. Além disso, eu poderia consertar isso rapidamente.

— Já sei, vamos no brechó aqui na esquina. — Felix fala com seu prato acabado. Não achei uma má ideia, então quando acabo de comer, lavo as louças e corremos para o brechó.

Lá nós encontramos vários ternos, e cada um que Felix me mostrou, eu tinha uma opinião; "ai esse é pra bixa, ai esse é muito chamativo, ai esse parece que foi cuspido" nada era aquilo que eu queria.

Na hora do almoço, saímos pra comer, e voltamos pra escolher ternos pela cidade. Acabou que Felix comprou mais coisas do que eu. Em cada loja que íamos, ele saia com mais sacolas nas mãos.

Quando nos tocamos, já eram seis horas da tarde e não tínhamos o meu ternos ainda. Felix me sentou e apontou o dedo para meu rosto — Se você não mantiver sua mente aberta para novos estilos de ternos, isso não vai levar a lugar nenhum.—

Eu reviro meus olhos - Tá né, mas você tem que me mostrar coisas que eu realmente goste- nós cruzamos nossos mindinhos e fomos para última loja.

Lá tinha um único terno, e tivemos sorte de ele servir em mim. Continuei discutindo sobre isso, mas como era o único, não tive muita escolha. Impliquei até pelo fato dele ser apertado, e Felix me deu um tapa nas costas para parar de reclamar.

Aluguei o terno, e fomos para casa de Felix. Avisei para Hina o que eu estava fazendo e onde estava, para que ela não se preocupe. Eu troquei de roupa, e continuei reclamando.

Não estava preparado para sair ainda porque tive que roubar uma fragrância de perfume do Felix para me perfumar, e peguei uma parecida com a minha, e foi difícil.

— Você quer que eu dirija o senhor até lá? Qualquer coisa eu me troco pra ir junto.— Felix comenta, e eu percebo que eu iria ficar sozinho, com absolutamente ninguém.

Eu olho pra ele com um olhar pidão —Felix, pode ir comigo no baile? — Felix tapa a boca e faz poses exageradas — Sim, um milhão de vezes sim!— eu sinto o cheiro da ironia de longe.

— Será que eles aceitam nós como um par? Pareceria que nós somos um casal— eu vejo Felix entrar no quarto, e se troca, mas meus olhos no horário.

— Liga pro Hyunjin, você não tinha o cartão dele?- Felix amarra o cabelo dele de novo — Tenho... Mas eu tenho vergonha, liga você!— eu pisotei o chão, e peguei o cartão dele da minha carteira.

Felix sorri e vai na minha direção, liga para o Hyunjin, enquanto eu me encolhi no canto. — Oi, tudo bem? meu nome é Lee Yongbok, meu amigo irá ir pra o baile de hoje à noite, e eu queria saber sobre os pares, se eu poderia acompanhar ele—

Ele espera uma resposta, e ri quando recebe — Assim... Sim, mas não tenho nada com ele, ele é solitário mesmo. — ele dá uma risada grave, e escuta mais coisas com uma expressão confusa.

Eu tampo minha cara de vergonha, já sabendo do tipo de conversa que eles estão tendo. — Ah, sim, muito obrigado... Tchau— Felix olha para o chão, corado e com um sorriso idiota nos lábios.

Quando Felix termina a ligação, ele me olha e seu sorriso desmancha rápido. Eu levanto uma sombrancelha achando esse gesto muito entregado.

— Para... Você é muito chato. — Felix murmura e termina de se arrumar — Você não consegue nem receber o mínimo de atenção de um macho que já fica assim, aprenda a ter valor, Felix!— eu pego minha carteira.

— Você é tão cruel! Só fiquei um pouco corado, só isso, além disso ele estava sendo fofo. — ele engancha o braço dele no meu, e fomos para o evento.
Eu espero não me decepcionar.