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<|Rises the moon - Liana Flores |> ∞
~~~~~~~~~~~~~~~ANTES
Jisung. 17/03/09Faz dois anos desde que Minho entrou na minha vida. E dês daquele dia, eu sempre me sentia completo. Como se o vazio e a abstinência que sentia, sumisse.
Eu acho que nenhum dos momentos que tive com ele foram tristes ou chatos. Ele é uma alma laranja, camuflado por uma cor azul.
Tão intenso e calmo. Ele faz os meus dias. Ele está com doze anos, e eu nove. A diferença é pequena, mas mesmo assim, nos destancia.
Ele continua sendo aquele garoto flamejante e espontâneo, mas ele não fica mais comigo. Nós brincávamos de diversas coisas, mas nos últimos tempos, ele tem se comportado diferente.
Eu chamo ele para brincar, e como sempre ele diz, que isso não é coisa que meninos da idade dele brincam. Eu me sinto um pouco sozinho, mas sei que ele está aqui comigo.
Na última tarde que eu fui brincar sozinho, eu cheguei a chorar. Minha mãe me pegou chorando e me confortou, dizendo que já iria passar, e que era pra eu deixar.
Porque ademais, ele não era mais criança como eu. Mesmo assim, nos falamos e nos amamos, como irmãos de verdade. Mas hoje ele está agindo diferente, de novo.
Eu vi ele chorar baixinho pela noite. Agora dormimos em beliches, e eu escutei ele lá de baixo, chorar bem devagar. Eu queria descer e dar um abraço pra ele.
Mas não podia mostrar que estava acordado. Ele sempre diz que está bem e que nada aconteceu no dia seguinte, mas eu sei de suas fraquezas à noite.
Isso é recorrente, mas hoje, foi de soluçar. Ele tenta ser durão, mas quando o sol se põe, ele treme de tanto choro.
Me dá pena, e eu quero conforta-lo, só que quando eu chego, ele me bloqueia e me nega, dizendo que tudo está bem, e ele não precisa de ninguém.
Sei que não está bem. Sei deque ele chora. É tanta angústia, que me faz chorar também. Eu sei que eu disse para ele não chorar na minha frente, mas acho que ele levou isso muito seriamente.
Papai e mamãe nos levaram para um cemitério. Nunca fui nesses lugares nenhuma vez na minha vida. Meu pai segurava minha mão com força e ao mesmo tempo, fraqueza.
Ele também segurou a de Minho do mesmo jeito. Eu fui de preto, que nem todas as pessoas ali. O lugar exilava tristeza e sofrimento, eu tinha vontade de chorar só de ver as pessoas chorando.
Nós chegamos em duas covas, bem limpas e juntas. Com uma pequena plaquinha falando os nomes dos pais de Minho, e em baixo dizendo; "Pais, filhos, e salvadores de todos os dias."
A dor que eu senti de ler aquilo, me cobriu. Fui submerso por lágrimas e tristeza. Mal consegui ver o local direito por conta das lágrimas. O que eles podiam ter sido, se eles não tivessem brigado no carro.
Eu olho fixamente para o túmulo dos dois, juntos pela eternidade. Eu sinto um toque na minha mão, de alguém segurando minha mão. Era Minho, limpando minhas lágrimas.
— Pare de chorar... Não quero chorar também..— ele fala com a voz trêmula, com os olhos cheios d'água. Minhas lágrimas escorrem, e ele as limpa com o polegar.
— Como você ainda não chorou?— eu falei baixinho, para mim mesmo. Ele segura meu pescoço, e seu choro superficial desaparece. Ele me puxa para perto, e me abraça fortemente.
— Não posso chorar na tua frente... — ele treme, e me aperta mais. Eu não consigo parar de chorar. Eu respiro rápido de sofrência. Eu queria que ele chorasse, mas não queria chorar por ele.
— Eu te amo, Minho... Você não está sozinho, eu quero que você fique aqui comigo, porque eu vou estar aqui— eu falo entre soluços, e aperto ele de volta.
— Eu.. Eu te amo também, Jisung — ele sussurra, soltando o choro. Eu suspiro de alívio, e separo o abraço, para dar um beijo na bochecha dele.
Depois disso, ele fica me olhando, com os olhos cheios d'água, e escorre uma única lágrima de sua bochecha. Eu estou segurando sua cara e dou mais um beijo em sua bochecha.
Ele me abraça mais de novo, e eu continuo abraçado nele. Minha cabeça encaixava perfeitamente na curva do pescoço dele, e as mãos dele na minha cintura.
Depois desse dia, ele começou a pedir para eu dormir com ele, porque ele não estava conseguindo dormir. Nós dormíamos abraçadinhos e juntinhos, foi aí que ele começou a dormir mais cedo.
Ele também começou a andar grudado em mim, e ficava tagarelando comigo o dia inteiro, falando como foi a escola e as coisas que ele passou lá dentro. Eu adoro ele. Ele me faz feliz e ingênuo.
Não sei o porquê, mas eu estou ficando tão apegado a ele, que eu quero mostrar à ele que eu sou um ótimo amigo, e um anjo na vida dele.
— Eu te amo, Jisung. Você me faz sentir humano. — ele me diz, enquanto colocava o meu cabelo para trás da minha orelha. Eu sorria docemente. Estamos deitados na cama, esperando ele dormir.
— Eu também te amo, Minho. Você me faz sentir livre...— eu pisco com sono. Ele nota e me abraça. - Já vou dormir, pode dormir- ele fala. Eu me aconchego no peito dele e durmo levemente, com ele me acariciando.
Talvez essa seja uma das melhores memórias que eu tenho com ele. Espero nunca me distanciar dele.
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Amor É Um Verbo ~ [minsung]☆
FanfictionLee Minho era criancinha quando seus pais faleceram. Os pais de Han Jisung, ajudaram muito o laço bonito dos dois. Com o tempo o reencontro deles foi realizado. Uma tentativa de sadfic... Início: 17/03/23 Termino: