Amor É Um Verbo ~ [minsung]☆

Capítulo 4

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DEPOIS
Jisung. 17/03/23

Eu desperto de um sonho recorrente. Era um acontecimento comigo e Minho de criança, sou eu dormindo abraçado com ele, foi assim nos primeiros dias, daí a gente parou, depois dele completar dez anos, só assim.

Eu acordo com lágrimas nos olhos, devo ter chorado dormindo, era um sonho bobo, não me lembro de sentir falta de Minho, nem de que fazíamos, eu era criança.

Nossos caminhos se separaram, foi casual, uma despedida adequada.

Mas admito, que quando penso nele, me dá um aperto no coração, eu o amo, sempre amei. Mas acaba por ser muito confuso, sinto falta dele, mas não sinto de verdade.

É melhor esquecer ele, pra ver se melhora minha mentalidade, que não está muito boa hoje em dia, sabe.

Eu sou o CEO da imprensa do meu pai, o grande engenheiro mecânico e informático, Han Joonghae, é foda que eu tenho que carregar esse peso de CEO e ser visto como um cara onipotente, eu sou humano, as pessoas não lembram disso.

Ele só deixou tudo pra mim quando eu passei na faculdade de engenharia mecânica, quase desisti, não sei o que me fez ficar.

Mas aqui estou eu, né, triste, porém poderosíssimo. Eu faço tudo que eu quero, e ninguém fala um piu, não gosto muito dessa sensação de poder imensa, acho que ainda não bateu que eu sou CEO.

Eu vejo uma ligação perdida do meu pai a dois minutos atrás, eu ligo de volta, porque de dois minutos pra cá, não é nada. Ele atende.

— Alô? Pai? O que foi?— eu falo com uma voz rouca

— Alô? Oi filho. E o evento amanhã, tudo certo?— ele pergunta provavelmente no carro

— Acho que tudo certo, me falta ler umas fichas dos mais velhos— eu precisava ler pra um projeto do meu pai, era convidar os funcionários de todas as divisões, pra trabalhar aqui, porque aparentemente ninguém quer.

— Tá, lê logo. E filho, nós vamos ir pro cemitério hoje, pra ver o pai e a mãe de Minho, tua mãe vai estar, tá com a lista limpa hoje?

Essa frase dele, me fez congelar os pés, a gente ia ver os pais de Minho. Minha negligência sempre falou mais alto, eu ia ter respondido "nem pensar, trabalho não é opção, eu vou e ponto, que se dane os pais de Minho".

Por isso que maioria das vezes pareço grosso, mas dessa vez fiquei calado, pra não parecer grosseiro.

— Filho? Tá na linha?

— Oi? Ah, Tô sim

— Responde, tem tempo ou não? É especial filho, é com sua mãe

Ah, minha mãe, esqueci dela. Eu queria ver ela mais do que eu queria ir pro trabalho.

— É... Pode ser, vou ir de manhã, e peço pro Hyunjin checar os horários.

— Isso! Obrigado, filho, nós encontramos lá no seu horário

— Mhh, claro.. tchau

Ele se despede e eu ligo pra Hyunjin, dessa vez eu estou de pé, trocando de roupa. Ele atende.

— Oi big chefãooo, vai vir quando? Ontem tu chegou tão cedo, quase me assustei quando te vi

— Ô incompetente, se eu te liguei na conta comercial, não é besteirol

— Ah, esqueci — ele ri — Poisss nãooo??—

— Meu pai disse que é eu ver a lista de afazeres, veja pra mim?

— Yess..— eu escuto cliques do outro lado da linha, esperando ele me responder.

— Poxa jijiquinho, você tem encontro com a equipe de desenvolvimento A1

— Por quê 'poxa'? O quê têm eles?

— Seu pai nunca visitou eles, ele sempre amarelou, já faz sete anos..

Poxa eu que digo, Eu pensei que ele ia ver eles alguma vez na vida, e sempre resta eu pra resolver. Não digo que odeio ele por isso, mas acho muita incompetência da parte dele.

— Bom.. quem tá no grupo?

- Tem o Lee Felix, Seo Changbin, Kim Seungmin e o chefe que...— ele para e dá uma pausa pra respirar

— Que?

— Aww o nome dele é fofinho!

— Parece até que eu consigo imaginar a tua cara falando isso, fala logo Hyunjin!

— Lee Minho, muito cute

A partir daí eu perdi visão, quase caí no chão. Como assim ele tava na mesma empresa que eu há sete anos!? Não, Não. Impossível.

— Helloooo, patrãozinho? Tá na linha? Ou você se jogou da linha?

— Tô aqui.. Hyunjin, vai lá, e dá o seu charme, pra fazer ele vim pra headquarters, pelo amor de Deus

— Vou fazer o velhinho vir pra cá, pode deixar

— Tá. Tchau, Beijo — rio do comentário do Hyunjin, eu queria ter tido o tempo pra chamar Minho de velhinho...

— Tchau chefinho.

Eu mordo os meus lábios pensando nele. Já que ele estava mais velho, e mais maduro, talvez mais posturado... Eu queria ver ele...