XI

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Ano 545 - Mar do sul

O sol nem tinha nascido quando Zoe via as últimas bagagens subindo a bordo de seu navio. Seu pai tinha ido acompanhar o embarque, ele parecia feliz de poder fazê-lo.

Assim que sua tripulação terminou o carregamento, a capitã contemplou a chegada de Fergus e os dois novos viajantes.

- Bom dia, cavaleiros! - Zoe cumprimentou de dentro do navio apoiada no parapeito.

- Boa madrugada, capitã! - Theirry respondeu com seu sorriso enviesado.

- Muito cedo para você, Sir Wrigth? - cutucou ela.

Ao invés de se abalar, o rapaz riu satisfeito com o sarcasmo dela. They cria que aquela viagem seria muito animada, pelo menos no que dependesse dele e da capitã.

- Nunca é cedo para uma aventura - respondeu assim que parou ao seu lado dentro do navio. Zoe conteve o sorriso de resposta. - Gostaria de apresentar-lhe meu companheiro e melhor amigo - They apontou para o outro rapaz que o acompanhava -, esse é o Kai Lee!

- É um prazer conhecê-lo - Zoe sorriu simpática. - Espero que goste da viagem!

- O prazer é todo meu, capitã! - Kai respondeu com um sorrisinho tímido.
Kai Lee era um rapaz alto, de cabelos negros que dançavam ao vento, ele tinha um porte forte e postura ereta; os olhos puxadinhos e jeito tímido eram seu maior charme.

- Por favor, me chame de Zoe - a morena respondeu. - Rony, acomode nossos hóspedes, por favor! - ela deu o comando a um dos marujos que passavam por ali. - Espero que as acomodações sejam confortáveis. - Acrescentou encarando Theirry desafiadoramente.

Ele acompanhava a simpatia da moça para com o amigo de forma divertida e atenta, ele se divertia com a rivalidade sem motivo aparente que tinham criado, contudo isso o desafiava a prossegui-la.

- Direi caso precise de algo, capitã - respondeu aumentando o sorriso.

- Claro! Talvez tenha esquecido seu hidratante... - Zoe deu de ombros e se afastou ouvindo a gargalhada do rapaz de olhos verdes.

Quando a ordem para erguer a âncora estava para ser dada, Zoe se aproximou do pai, que se preparava para deixar o navio a fim de se despedir:

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Quando a ordem para erguer a âncora estava para ser dada, Zoe se aproximou do pai, que se preparava para deixar o navio a fim de se despedir:

- Cuide-se direitinho, meu amor! - Ele foi logo recomendando, enquanto a rodeava com seus braços fortes.

- Digo o mesmo Sr. Delacroix! - A moça o apertou e respirou seu cheiro a fim de gravar na memoria. - Siga as instruções de Sales.

- Sim, senhora! Vou estar novinho em folha quando voltar.

- Eu vou cobrar - ela não conseguiu evitar a fungada.

Ernes ergueu o rosto da filha e beijou sua testa com carinho.

- Que o Eterno lhe conduza e que a graça esteja com você! - Declarou sua benção e a moça assentiu com os olhos marejados. - Eu te amo!

- Eu também te amo!

Fergus passava pelo local, mas não zoou a melação dos dois, ele entendia o quanto aquele momento era difícil para eles.

Ernes já se afastava quando a filha o chamou:

- Pai, acho que deveria investir!

- Do que está falando, meu bem?

- Da outra mulher da sua vida - Zoe sorria sapeca -, não ache que sua fala na escada me passou despercebida!

- Achei que tivesse escapado - Ernes estava um pouco corado de vergonha.

- Ela é uma mulher de sorte! - A filha incentivou.

- Obrigado, meu bem!

- Eu que agradeço por sempre cuidar de mim! - E assim pai e filha se despediram.

Que comece a viagem!

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Que comece a viagem!

Volitar das águasOnde histórias criam vida. Descubra agora