O mar é um lugar perigoso, às vezes um tanto imprevisível, mas quando conduzir seu navio pelos inexplorados e quem sabe mágicos mares do leste se torna sua única saída, Zoe Delacroix arrisca tudo. Afinal, o que pode dar errado quando seu primeiro e...
Os primeiros raios de sol pintavam a imensidão azul com suas nuances alaranjadas, que aos poucos se transformavam num dourado quente e convidativo. O balançar da água era tranquilo, a calmaria sempre comum nas manhãs daquela estação.
Zoe saiu de sua cabine em passos leves e calmos, seu longo cabelo castanho cascateava por suas costas, com suas ondas naturais, enquanto a grande e larga camisa branca era ajustada ao corpo, graças a um corpete de couro vermelho, a calça marrom era justa e entrava para dentro das botas, também de couro.
A capitã encostou no parapeito da proa, frente ao espetáculo natural, conhecido como nascer do sol, e aproveitou para se espreguiçar. O vento balançou seu cabelo, fazendo com que a moça sorrisse preguiçosamente. Aquele era o seu bom dia favorito.
Era inevitável, tudo ali aguçava seus sentidos. A moça inalou profundamente o cheiro de maresia, enquanto fechava os olhos, deixando que aquele leve balançar a levasse em sua dança silenciosa.
Zoe acreditava que o mar tinha uma dança própria, no ritmo de uma canção que só ele conhecia, como uma forma de se expressar por meio do vai e vem das ondas. Uma melodia grave e profunda refletindo toda a imensidão e poder das águas.
- É um belo dia para começar uma aventura - declarou Fergus parando ao seu lado.
- E que aventura - Zoe olhou para aquele que era o seu braço direito.
- Como está lidando com o fato de não termos um plano? - Quis saber.
- Não estou lidando! - a moça deu uma risadinha que demonstrava sua insegurança.
- Que o Eterno nos acompanhe! - Fergus se afastou sem saber como lidar com isso.
Zoe deixou a proa e subiu as escadas em direção ao leme. Assumindo o controle do mesmo. Ela sempre achou curioso como uma coisa tão pequena conseguisse controlar algo tão grande quanto um navio.
- Capitã - Nínive se aproximou -, algo que deseje que eu faça?
- Oi, Nini! - Zoe sorriu amistosamente. - Como sabe, temos dois visitantes no navio durante essa viagem. Você poderia levar um lanche para eles, por gentileza?
- Considere feito!
- Obrigada.
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Um tempo havia se passado e Zoe continuava a guiar o navio tranquilamente pelo vai e vem das ondas, quando ouviu passos até o lugar onde estava.
- Vim agradecer o café da manhã! - Theirry se justificou assim que foi descoberto.
- Disponha, Sir Wrigth!
Ele riu ao ouvir o tom irônico da moça. Era divertido ver as facetas dela quando estava na presença dele.
- Posso fazer uma pergunta, capitã?
- Claro!
- Quando vou deixar de ser o Sir Wrigth? - ele colocou as mãos dentro do bolso, apoiou-se no parapeito de frente para ela, e após cruzar as pernas, ergueu uma sobrancelha.
Ele estava a desafiando, afinal o sorriso lateral não deixava o rosto bem-humorado.
- Bom... - ela lançou-lhe um olhar pensativo. - Quando isso parar de incomodá-lo?
- Me incomodar? - Ele ficou confuso.
- Ah, vamos! - Zoe zombou. - Você é a própria representação do raio de sol! Devo ser a primeira pessoa em muito tempo que apresentou alguma resistência ao seu bom-humor e amizade fácil!
- Você tem um ponto - o sorriso de They se alargou.
- Eu sei! - a capitã lhe lançou um sorriso convencido.
- A única coisa que não sabe... - se aproximou a fim de falar mais baixo. - É que eu prezo por um bom desafio! Passar bem, Zoe! - após frisar o nome da moça ele deixou-a sozinha com seus pensamentos nada amigáveis.
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