Capítulo 34

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Quando finalmente o Palácio foi avistado, Giovanna sentiu seu coração pular de felicidade, ela estava ansiosa para ver sua mãe, queria abraçá-la e contar tudo sobre sua aventura. Talvez nem tudo, tudo, talvez uma versão editada de sua aventura. Ela olhou para Alexandre e viu que hoje ele estava com sua camisa mais apertada que o normal, com o peito todo marcado. Optou por uma versão fortemente editada da história para contar à mãe, que deixou de fora beijos selvagens, noites sem dormir nos braços do homem que ela atualmente não conseguia parar de olhar, e outros detalhes menores, mas igualmente indescritíveis.

A princesa sentia tanto a falta dele, ontem ela quis perguntar qual era o plano para o futuro deles, porque ela não conseguia mais pensar em viver sua vida sem Nero. Seus olhos se encontraram e ela sorriu, mas ele permaneceu sério, seu olhar penetrante parecia examiná-la e ela se perguntou no que ele estava pensando. Sua mãe estava esperando no pátio, a princesa literalmente pulou da carroça e se jogou em cima dela - Minha filha linda! Senti tanta saudades!

- Eu também senti sua falta, mãe! - Giovanna estava chorando

Depois de cumprimentar Alexandre, sua mãe a arrastou até o palácio, ela havia preparado um banho e vestidos novos. Quando a filha se lavou e se vestiu com um vestido limpo, a rainha Adelaide quis ouvir todas as histórias de sua viagem. Ela contou a versão bastante editada da história na qual ela estivera pensando o dia todo. A rainha quis que ela contasse duas vezes a história de Alexandre matando Piny e dezenas de homens sozinho em L'Aquila. Apesar de sua tristeza pela traição de Piny, ela gritou como uma fã - Sozinho? Ele lutou com todos aqueles soldados? E depois disse que sentia muito por deixar você vê-lo daquele jeito?

- Mãe, acalme-se! - Giovanna corou

- Eu não consigo! Que incrível, mas continue, então, depois de L'Aquila, ele levou você para Talamone? - A rainha prosseguiu empolgada

No final, ela confessou à mãe sobre a sugestão de Zé Alfredo sobre o casamento arranjado e rainha Adelaide riu

- Essa história está ficando cada vez melhor!

- Mãe!!- Giovanna a repreendeu - Após esse comentário ela decidiu encerrar a história em algumas frases. A rainha Adelaide a importunou para obter mais detalhes, mas Giovanna não revelou mais nenhum detalhe interessante.

- E o que você acha do visconde Murilo ?

- O visconde?- Giovanna piscou

- Ele é um estudioso, não é? Seu pai e seu irmão acham que ele seria um bom par para você - A rainha a encorajou

Giovanna teve vontade de rir dessa afirmação e contar que já havia encontrado o amor em outro lugar.. no lugar mais improvável de todos - Eu não pensei nele dessa maneira

- Eu tive essa impressão - Adelaide piscou para ela

Naquela noite, no banquete que eles realizaram para celebrar a reunião de família, Murilo a presenteou com um poema que ele havia composto para ela. Não só ele recitou, mas deu a ela o papel em que havia escrito em uma caligrafia linda e impecável. Todos o aplaudiram no final de seu poema. Nem todos... Alexandre limitou-se a beber vinho do copo e olhar para Murilo com irritação

- É muito fácil compor um bom poema, tendo uma mulher dessa beleza ao seu lado - Murilo agradeceu

Giovanna sentiu um pouco de desconforto com suas palavras. Ela não gostou do fato de que ele usou os termos ao seu lado porque queria apontar uma conexão entre eles, uma conexão que não existia. Ela se curvou para agradecer e depois se virou para Alexandre, mas ele não estava mais lá. Ela se levantou e procurou por ele, mas ele não estava em lugar nenhum. Murilo a seguiu para arrastá-la para dentro do salão de banquetes mais uma vez, afirmando que gostaria de ouvi-la tocar. Giovanna queria escapar e procurar Alexandre, mas seus deveres para com o convidado a impunham a seguir o visconde.

A Bela e o BrutoOnde histórias criam vida. Descubra agora