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VINNIE

Acordei na manhã seguinte e vi América ao meu lado. Fiquei um tempo olhando para ela, apreciando a sua beleza. Depois de um tempo eu levantei para dar início ao dia. O café da manhã já estava na mesa, Zyan e Amy estavam se servindo.

— Bom dia! — eu disse ao me aproximar e me juntar a eles.

— Bom dia, querido! — Amy sorriu gentilmente para mim.

— Bom dia, Vinnie! — Zyan deu um tapinha amigável em minhas costas.

— Como você prefere o seu café? — Amy pegou uma xícara para mim.

— Não precisa se incomodar. — eu fui dizendo.

— Imagine, eu faço questão.

— Sendo assim, obrigado. Café com uma colher de açúcar, por favor.

— Ei, Vinnie, o que acha de praticarmos tiro ao alvo hoje? A América tem interesse em aprender. — Zyan sugeriu.

— Eu não sou muito fã de armas. A minha família adora caçar e eu aprendi a atirar aos quatorze, mas não peguei gosto pela coisa.

— Também não gosto de caçar, mas acho que atirar é divertido e pode garantir um pouco mais de segurança.

— Eu preferia que a America não tivesse que aprender isso. — Amy disse.

— Mas ela quer, amor. É só por diversão. — ele garantiu.

— Antes dos tiros eu gostaria de mostrar a sala de música para ela. — falei. — Adorava ouvi-la tocando piano quando estávamos no vilarejo.

— Ah, eu também quero ouvir! — Amy animou-se. — Eu passei meses naquela cela da Colmeia apenas me contentando em lembrar das vezes em que ouvi ela tocar. — suspirou. — Eu fechava os meus olhos e lá estava o som na minha memória. — sorriu fraco.

— Tenho certeza que ela vai adorar que todos a assistam.

— Falando de mim? — a própria América disse ao entrar na sala de jantar. — Bom dia.

— Oi, meu amor! — Amy disse. — Estávamos falando sobre você tocar um pouco de piano depois do café da manhã.

— Imaginei que tivesse alguma sala de música nessa mansão enorme. Eu vou adorar fazer isso. — olhou para a mesa. — Biscoitos! — deu um pulinho e esticou um braço para pegar um dos biscoitos caseiros do pote.

Tomamos café da manhã juntos e eu notei que a America estava muito à vontade, bem mais do que quando a tiramos da Colmeia. Ela comentou que havia lembrado de muita coisa e citou com detalhes momentos específicos que viveu com os seus pais ou comigo. Finalmente eu podia ver nela a mulher por quem me apaixonei, mas muito além disso, me sentia começando a me apaixonar por sua nova versão mais madura, ainda com aquela curiosidade acesa, porém bem mais ciente sobre o básico do mundo.

Fomos até a sala de música e América nos agraciou tocando perfeitamente Clair de Lune de Debussy. Ela estava ainda mais talentosa do que eu me lembrava e é claro que aquilo se dava porque havia lembrado das coisas que aprendeu sobre música.

— Divina! — seu pai declarou enquanto aplaudíamos.

— Vinnie, você deveria ter um piano no seu apartamento. — América disse com um olhar que indicava que aquilo era um pedido.

— Eu concordo totalmente. — respondi. — Quando voltarmos para Boston eu vou cuidar disso.

— Agora vamos treinar aqueles tiros. — Zyan bagunçou o cabelo dela, a fazendo rir.

Survival ᵛᶦⁿⁿᶦᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora