1° Cap.

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Enquanto minha mãe chorava e me carregava em seus braços, conseguia ouvir os soldados americanos gritando para que agente pare, estava muito assustada e não parava de chorar.

-Não chore Ji-Mi, a mamãe vai dar um jeito tá?-falou ela enquanto lagrimas curtas caiam de seus olhos, enquanto corria por um campo aberto.

-Mamãe eu estou com medo...
-Vamos sair dessa tá? A mamãe promete que vai te proteger.

Mamãe segurava o choro enquanto me segurava e corria, eu ouvia sua respiração ofegante, e ela pisando nas pedras, enquanto corríamos mamãe acaba caindo por causa de uma armadilha, logo os soldados chegaram até agente e minha mãe acabou me soltando, os soldados seguravam seus braços enquanto mamãe tentava sair.

-Tentando escapar não é?
-Essa vadia tentando fugir de nós.
-O que faremos com a criança?
-Vamos torna-la uma escrava e vende-la no mercado negro.
-Não encostem um dedo na minha filha!

Um dos homens da um grande soco no rosto da mamãe o que faz o seu nariz sangrar.

-Calada!
-Corra Ji-Mi!

Me levantei e saí correndo.

-Vai atrás da garota desgraçado!
-Deixa, pelo menos podemos fazer o que quisermos com essa mulher.
-Não é atoa que é a mulher mais bonita... Os boatos estavam certos...
-Seus desgraçados! Não toquem um dedo na minha filha!

Mamãe conseguiu se soltar e deu um grande soco em um dos soldados, que acabou se irritanto.
Corri para um pouco longe mais parei pois meus pés estavam doendo, e de longe conseguia ver o que estava acontecendo. Logo vi um dos soldados segurar o cabelo da minha mãe, e logo vi o outro soldado atirar em sua cabeça. Meus olhos se arregalharam, e comecei a chorar, baixei a cabeça e acabei dormindo de tanto chorar. Acordei ao ouvir o som de algo no céu, olhei para cima e vi soldados americanos jogarem bombas atômicas onde eu estava, não deu nem tempo de correr e as bombas acertaram o chão. Logo meu corpo queimou em questão de segundos.

Acordei e vi que não estava com o corpo queimado, olhei para os lados e era tudo escuro, só que acima de mim havia uma luz como aquelas de teatro, que focam somente no principal, enquanto os outros lados estavam escuros.
Na minha frente vi mamãe, corri e a abracei, enquanto chorava.

-Mamãe não me deixa! Não quero ficar sem você!
-Ji-Mi... Você nunca foi mal e não merece ir para o inferno comigo...
-Por favor mamãe!
-Não quero que você sofra no inferno só porque queria ficar comigo, e além de tudo, bruxaria é um grande pecado...-mamãe chorava muito.

-Mamãe! Por favor...

Ela me abraça chorando, depois ela se levanta e segue para um caminho escuro. Uma outra pessoa aparece e pega na minha mão e me guia até o lado oposto, olhava para trás e não parava de chorar e chamar o nome da mamãe.

-Mamãe! Mamãe! Mamãe! Mamãe!...
-Não se preocupe... te levarei para o céu, onde você se tornará um anjo...

A voz daquela mulher era tão triste e doce. Queria chorar mais ainda.
Ao olhar para a frente, uma forte luz branca cercou minha visão. E senti uma forte dor nas costas.
Chorava e gritava, mas logo a dor saiu, e vi que minhas roupas haviam mudado, eu me tornei um anjo!

8 anos depois

Tenho agora 17 anos, enquanto estava tocando meu Harpa estava com os olhos meio fechando com uma face de deusa. Enquanto tocava uma melodia única. Até que ouvi alguém se aproximar. Em passos lentos.

-O que procura?

Ainda tocava aquela melodia que era tão calma que me fazia querer tocar aquela música para sempre.

-O que ocorreu para te fazer se tornar um anjo?

Aquela pergunta me fez errar a toca e o Harpa fez um som terrível nos meus ouvidos.

-Por que quer saber?
-É necessário uma vida mortal que sofreu muito para conseguir se tornar um anjo.
-Não estou muito a vontade de falar do meu passado.

Ele me agarra pelos ombros e me deixa contra o chão, logo percebi seus movimentos ele queria me abusar.

-O que você pensa que está fazendo?

Ele segurou meu pescoço e tentou tirar a minha roupa.
Comecei a agredi-lo onde ele se irrita. Tento começar a gritar, mas ele acabou se sentando sobre meu corpo e colocou dois dedos dentro da minha boca, o que dificultava me fazer gritar

-Pare de tentar se soltar!

Mordi seus dedos, onde ele puxa seus dedos, muito rapido

-Sua piranha!

Algo se abre abaixo de mim o que me faz cair no mundo dos mortais, ainda estava no ar, enquanto caia o vi sorrindo la de cima, enquanto caia via as penas das minhas asas sairem, e minhas asas estavam queimando o que causava uma dor terrivel, e depois que minhas asas ficam quase sem penas, acabei caindo na terra o que fez uma cratera, estava com o corpo dolorido, logo fechei os olhos, e tudo ficou preto.

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