texto XCIII

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01/12/2023 16:56

Último primeiro do mês de 2023 e, convenhamos, que ano. Onde me permitir abraçar minha dor sem julgá-la, invalidá-la e entender que apenas eu era capaz de mudar minha história comigo mesma. Acho que entender que somos boas o suficiente para nós mesmos faz enxergarmos muitas coisas diferentes. É muito louco sairmos da zona de conforto que nos obrigamos a estar, seja em profissão, curso, familia, amizade e relacionamento amoroso e que de fato não precisamos nos esforçar para caber em um lugar que não é nosso. Fantasiar nossa dor para nos encaixarmos em algum ambiente não é ato de amor próprio e também não é ato de amor verdadeiro para com o outro, é tolice. Mas somos jovens, achamos que tudo faz sentido, mas a verdade é que a vida é um conjunto de "que porr* é essa?"

2023 tem sido o ano que mais aprendi e entendi que a eu que estava adormecida precisava acordar antes do amanhecer de 2024. Foi muito doloroso, desafiador, assustador e todos os meus medos ficaram a flor da pele. Mas um dia, meados de setembro, o despertar começou e depois disso tudo que era cinza começou a ter cor e sentido. E o mais fod* é que, posso olhar pra tudo que sofri e pra todos os momentos que a desistência era uma opção e me sentir grata por não ter parado. Não parei por alguém, não parei por mim. Hoje em dia ter amor próprio virou ato de egocentrismo, mas só quem sofreu pra krlh entende a felicidade de ter ganhado o mundo por estar, FINALMENTE, bem.

Transbordei em TextosOnde histórias criam vida. Descubra agora