Paraguai 🍁
Sai do AP das meninas e desci correndo atrás do Marcola. Fui pelas escadas e entrei na garagem, que era por onde a gente entrava e saia. Vi ele mais a frente pronto para pular o muro dos fundos e me aproximei rápido.
Paraguai: Marco. - o chamei. Ele me olhou por cima do ombro e negou com a cabeça.
Marcola: Mete o pé, tem polícia aqui por perto. E é do BOPE.
Paraguai: Me desculpa. - disse antes dele pular o muro.
Respirei fundo e subi na parede, como era baixa, nem tínhamos muito trabalho. Pensei que o Marco já estava andando, ele ainda estava parado me esperando. Desci da parede e começamos a caminhar.
Paraguai: Eu não disse aquilo por querer. Você e a Serena se merecem, é claro, mas não retiro a parte em que disse que, as vezes, você não valoriza ela. - ele balançou a cabeça olhando para trás.
Marcola: Eu sei que tô errado nisso, não precisa ficar jogando na minha cara. - me encarou. - A ruiva é foda demais e não sei se sou suficiente pra ela.
Paraguai: Eu também acho a Gabriela demais pra mim, mas quanto que tu me viu tratar ela mal? - cruzei os braços e ele desviou o olhar. - Tu parece que não pensa. - ficou em silêncio.
Nós nos afastamos um pouco, fomos em direção ao meu carro e entrei no banco do motorista, Marcola sentou no do passageiro.
Marcola: Eu nunca trairia ela. - falou depois de um tempo. - Gosto dela, porra. Não traio quem eu confio.
Paraguai: Eu sei disso. - parei no sinal.
Marcola: Acelera. - disse o olhei. - Tem uma viatura do BOPE atrás de nós.
Olhei pelo retrovisor e bufei.
Paraguai: Talvez não seja para nós. - falei, mas não com tanta firmeza.
Marcola me olhou com uma sobrancelha levantada. Olhei novamente pelo retrovisor e vi um cara na janela da viatura com um fuzil apontado para nós.
Paraguai: Me enganei. - Marco olhou para trás e engoli o seco.
Marcola: Acelera, porra! - gritou.
O sinal abriu na mesma hora e pisei fundo no acelerador. Desviei do caminho para o morro, pegando um atalho para distrairmos eles.
Paraguai: Tem uma arma embaixo do banco de trás. Levanta e pega. - olhei para trás e os caras ainda estavam na nossa cola.
Assim que o Marcola se abaixou, um tiro foi disparando e atravessou de um vidro para outro. Os cacos penetraram na pele do meu braço e travei o maxilar.
Marcola: Caralho. - falou ofegante. - Eu ia morrer. - me olhou. - Porra, tu tá sangrando.
Paraguai: Atira nos pneus desses filhos da puta! Agora, Marco! - gritei.
Abaixei o vidro da janela e ele colocou a arma para fora. Escutei apenas os disparos e carro pisando fundo no acelerador.
Marcola: Acertei! - falou feliz. - Agora corre, Rian, corre antes que venha outra viatura.
Pisei mais fundo ainda no acelerador (como se fosse possível) e fui desviando dos carros. Diminui a velocidade já quando estávamos perto do morro. Entramos e parti para minha casa. Desci do carro e bati com força a porta.
Entrei na minha casa e andei até o banheiro no andar de baixo para tirar os vidros.
Marcola: Eles estavam esperando a gente. - parou na porta do banheiro e se encostou na porta. - Os caras estavam parados a quilômetros de nós e do nada, já estavam atrás de nós?
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Sintonia
RomanceSerá que os opostos se atraem, ou apenas os dispostos se ligam? Gabriela é uma mulher que mora na Zona Sul do RJ, junto com sua amiga, Serena, vão para um baile apenas para se divertirem. Porém, mal elas sabiam que suas vidas iriam mudar a partir de...