Capítulo 22

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Paraguai 🍁

Sai do AP das meninas e desci correndo atrás do Marcola. Fui pelas escadas e entrei na garagem, que era por onde a gente entrava e saia. Vi ele mais a frente pronto para pular o muro dos fundos e me aproximei rápido.

Paraguai: Marco. - o chamei. Ele me olhou por cima do ombro e negou com a cabeça.

Marcola: Mete o pé, tem polícia aqui por perto. E é do BOPE.

Paraguai: Me desculpa. - disse antes dele pular o muro.

Respirei fundo e subi na parede, como era baixa, nem tínhamos muito trabalho. Pensei que o Marco já estava andando, ele ainda estava parado me esperando. Desci da parede e começamos a caminhar.

Paraguai: Eu não disse aquilo por querer. Você e a Serena se merecem, é claro, mas não retiro a parte em que disse que, as vezes, você não valoriza ela. - ele balançou a cabeça olhando para trás.

Marcola: Eu sei que tô errado nisso, não precisa ficar jogando na minha cara. - me encarou. - A ruiva é foda demais e não sei se sou suficiente pra ela.

Paraguai: Eu também acho a Gabriela demais pra mim, mas quanto que tu me viu tratar ela mal? - cruzei os braços e ele desviou o olhar. - Tu parece que não pensa. - ficou em silêncio.

Nós nos afastamos um pouco, fomos em direção ao meu carro e entrei no banco do motorista, Marcola sentou no do passageiro.

Marcola: Eu nunca trairia ela. - falou depois de um tempo. - Gosto dela, porra. Não traio quem eu confio.

Paraguai: Eu sei disso. - parei no sinal.

Marcola: Acelera. - disse o olhei. - Tem uma viatura do BOPE atrás de nós.

Olhei pelo retrovisor e bufei.

Paraguai: Talvez não seja para nós. - falei, mas não com tanta firmeza.

Marcola me olhou com uma sobrancelha levantada. Olhei novamente pelo retrovisor e vi um cara na janela da viatura com um fuzil apontado para nós.

Paraguai: Me enganei. - Marco olhou para trás e engoli o seco.

Marcola: Acelera, porra! - gritou.

O sinal abriu na mesma hora e pisei fundo no acelerador. Desviei do caminho para o morro, pegando um atalho para distrairmos eles.

Paraguai: Tem uma arma embaixo do banco de trás. Levanta e pega. - olhei para trás e os caras ainda estavam na nossa cola.

Assim que o Marcola se abaixou, um tiro foi disparando e atravessou de um vidro para outro. Os cacos penetraram na pele do meu braço e travei o maxilar.

Marcola: Caralho. - falou ofegante. - Eu ia morrer. - me olhou. - Porra, tu tá sangrando.

Paraguai: Atira nos pneus desses filhos da puta! Agora, Marco! - gritei.

Abaixei o vidro da janela e ele colocou a arma para fora. Escutei apenas os disparos e carro pisando fundo no acelerador.

Marcola: Acertei! - falou feliz. - Agora corre, Rian, corre antes que venha outra viatura.

Pisei mais fundo ainda no acelerador (como se fosse possível) e fui desviando dos carros. Diminui a velocidade já quando estávamos perto do morro. Entramos e parti para minha casa. Desci do carro e bati com força a porta.

Entrei na minha casa e andei até o banheiro no andar de baixo para tirar os vidros.

Marcola: Eles estavam esperando a gente. - parou na porta do banheiro e se encostou na porta. - Os caras estavam parados a quilômetros de nós e do nada, já estavam atrás de nós?

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