[JEFF] 004;

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Quarto capítulo postado para vocês <3

Espero que gostem, meus amores. Comentem e me deem a opinião de vocês ao decorrer dos capítulos, por favor! isso é muito importante para o desenvolvimento da história, e, além de me deixar feliz e incentivada, (visto que estou adaptando e turbinando para caralho essa versão aqui, para vocês) ainda me dá uma ideia sobre o que vocês estão pensando. Beijos com Nutella, (para aqueles que não gostam, que tal um brigadeiro?) e uma boa leitura!

.♡.

Jeff Satur.

Inquietação me engole, em uma densa névoa de ódio ácido e amargo, que me embrulha o estômago, enche minha boca de saliva. Bile ardendo-me a garganta ao engolir o excesso que me causa ânsia. O meu pé bate, descontroladamente, no piso branco e opaco. O “tec”, o som produzido pelo encontro do meu sapato neste, ecoa pela enfermaria; cheia de apenas Barcode, e eu. Esse sentimento, essa raiva contida e, esse aperto no peito, não somem. A onda é crescente, e eu travo. Eu, inconscientemente, travo o ar em meu peito. E travo, também, o meu maxilar. Minha mandíbula apertada, os dentes firmemente pressionados; a ponto de doer. Passo a ponta da língua pelo céu da boca, quando tal poder, este tão intenso sobre mim, se potencializa, e, gradativamente, me corrói por dentro. É visceral, me leva a expirar forte pelo nariz; o ar quente pairando, soprado, sobre o meu lábio superior. Expremendo, e, subjugando, meu âmago. Ele escorre; como água por entre os dedos. É impossível de manter, afinal, não é palpável. O toque não é firme. Meu interior amolece, então, virando gelatina.

Eu não gosto disso. De me sentir assim, controlado e tão a mercê de algo que desconheço.

Não é do meu feitio, portanto, não sei como lidar.

— Jeff... — Barcode, ele que é o motivo disso, é quem me chama. O encaro, voltando minha atenção para o seu rosto, salpicado por gotículas orvalhadas de suor. A sua pele se encontra avermelhada, na região suave das bochechas, descendo pelo pescoço. Seus olhos de corça, tão estupidamente brilhantes, estão atentos, e, levemente arregalados. Em alerta. Toda a sua tensão sentida, bem, ela exala de si. Por cada poro dilatado.

Não o julgo, porém. Eu o entendo, e lhe dou razão.

— Está tudo bem? — A pergunta sai baixa, enquanto ele me analisa com calma. Barcode possui toda a sua atenção voltada para como o meu peito sobe e desce; firme. O tórax saltando, e costelas balançando diante a força. Força esta que exige muito de meus pulmões e, por isso, a minha respiração se torna errática.

Ele está tocando o meu ombro, agora, delicadamente.

Certo. Não estou sendo justo com ele.

Eu menti. Barcode, bem, ele está diretamente ligado, mas não é a causa; motivo pelo qual eu me encontro assim.

James Su, aquele quem o machucou, é.

O choro de Barcode, tão escravo da sua dor sentida e prolongada, ainda está fresco em minha memória. O vestígio deste está ali, ainda se encontra presente na sua atual expressão; nos olhos levemente inchados e marejados, nos caminhos percorridos e traçados por cada lágrima que desceu pelas duas bochechas. Está, eu percebo, em cada manchinha vermelha mediante a dilatação dos vasos sanguíneos do seu rosto.

Vê-lo desta maneira me deixa puto, pois, não me parece certo.

Eu pisco, e praticamente rosno um “estou bem”.

Barcode deveria estar preocupado consigo mesmo, e não comigo.

— Mãos — A palavra soa exigente e dura, beirando à rispidez devido ao fogo abrasivo, perigoso, que ferve o meu sangue e me leva a respirar forte, embora não tenha sido esse meu intuito — Por favor, Barcode. — Eu peço, desta vez, mais suave. E receptivo. Estico as minhas próprias em sua direção, oferecendo-as; tais palmas abertas, e viradas para cima. Esperando. Ele, cautelosamente, repousa ambas sobre as minhas.

𝐅𝐔𝐂𝐊 𝐌𝐄, 𝐓𝐄𝐀𝐂𝐇𝐄𝐑 || 𝐉𝐄𝐅𝐅𝐁𝐀𝐑𝐂𝐎𝐃𝐄 𝐕𝐄𝐑𝐒𝐈𝐎𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora