- Não Oscar... Para com isso!
Ele não respondeu, apenas pegou a arma que estava dentro do porta luvas e saiu pronto para capotar qualquer um que entrasse em sua frente.
- Merda, merda!
Na minha visão, eu conseguia perceber que o garoto realmente estava com medo, porém ele era bem folgado. Eu preciso intervir antes que o Spooky... Sabe... Mate alguém hoje.
- Eu já pedi desculpa, agora se você não parar de apontar o dedo na minha cara...
- Se eu não parar?! Sabe o que vai acontecer, eu vou meter uma bala na sua cara seu merdinha! - aperta o gatilho e direciona o cano na testa no garoto.
- Espera! - ele abre os braços e sua respiração fica ofegante.
- Grita agora, cadê aquele idiota que estava aqui?
- Amor, por favor - o chamo com a minha voz trêmula - Volta pro carro, não vale a pena.
- Isso, deixa ele calmo - os olhos do garoto estavam cheios d'água.
- Cala a boca! - espreme a cabeça dele entre o carro e o revolver.
- Amor, eu tô com medo - derramo a lágrima que estava fazendo com que o nó se formace na minha garganta. Ele me encarou e bufou.
- Você tá com sorte - estica a mão ao lado da cabeça dele e dispara... Que saco, ele precisava fazer algo com a bala engatilhada.
- Porra! - cai no chão - Meu ouvido!
- Ou merdinha, vê se sai do meio da rua - passa o braço pelo meu pescoço e me leva até o automóvel sorrindo.
Eu nem sei o que fazer, talvez eu grite com ele, ou talvez eu chore, ou seila... Nada adianta com os Diaz.
- Para de rir, do que você está rindo? - digo assim que ele começa a dirigir.
- Ué, o cara estava cheio de marra, e do nada virou só mais um.
- Isso não tem graça!
- Pra você não.
- Eu quero a minha casa, quantas vezes eu vou ter que repetir.
- Eu já entendi.
O caminho foi em silêncio e eu ainda estava tanto digerir tudo o que aconteceu, e o que tá acontecendo.
- Deixa eu entrar? - estaciona em frente ao meu antigo lar.
- Não, vai embora! - caminho até a porta da casa e procuro pela chave reserva no esconderijo que criei.
- Não tá aí - aparece a trás de mim, abre a carteira e me entrega a chave.
- Com qual direito você fez isso?!
- Com o meu direito.
- Tá - ao entrar sinto o cheiro de casa fechada e o silêncio da solidão - Eu disse que não Spooky.
- Tá me chamando de Spooky por que?
Eu me jogo no sofá e solto um grito de frustração e confusão.
- Para de ser louca chica.
- Vai embora.
- Você quer ficar sozinha? Nessa situação aí?
- A situação na qual você me deixou?
- Que situação eu te deixei? - se esparrama no sofá.
- Você sabe muito bem idiota.
- Ela tá bravinha, cuidado...
- Eu te odeio - transfiro um soco em seu braço.
- Sério? Era pra doer? Porque eu posso fingir que doeu se você quiser.
- Eu tô cansada - choramingo.
- Vem aqui... - coloca uma almofada em seu colo.
Eu deito, faço bico e escondo o meu rosto com as mãos.
- Já parou com o drama?
- Não!
- Esmeralda - coloca sua mão sobre a minha - Eu gosto do nosso lance porque a gente não precisa ficar falando essas coisas.
- Lance?
- Olha pra mim.
Descubro o meu rosto e limpo minhas bochechas úmidas. Cruzo os braços.
- Será que aquele cara está bem?
- Eu atirei muito perto da cabeça, o ouvido dele estava zumbido, dói mas depois volta ao normal.
- E você fala isso assim? Com essa naturalidade toda?
- Ah chica ele me tirou do sério, e eu só parei porque você pediu.
- E se eu não tivesse pedido?
- Esquece isso.
- Não consigo te entender, é quase impossível para você falar "eu te amo", mas pra sair por aí distribuindo balas...
- Sabe o que eu não entendo, o porque de tanta cobrança sobre esse assunto.
- Tá bom!
- Então a gente tá bem?
- Não sei ainda.
- Ah, qual foi?
- Qual foi? Se liga né, você é completamente perigoso e quer que eu aceite isso numa boa?
Eu lhe encaro e percebo como ele pega o celular só pra tentar descontrair a mente.
- É estranho ficar aqui, acho que quero ir embora...
- E eu que sou o bipolar. Vai anda, também não curto muito ficar aqui.
[...]
- Esme!!! - pula em cima de mim.
- Eu tô sem ar - me debato.
O Cesar tinha sumido o dia inteiro e só apareceu agora, eu estava tranquilamente relaxando no sofá e ele chegou com o seu típico jeitinho.
- Me dá um beijinho mi amore? - cheira o meu cabelo.
- Isso tudo é saudade? - sento e o empurro para o lado.
- Sim, a gente quase nem se vê.
- A gente mora na mesma casa Cesar, isso seria impossível.
- Me da um carinho?
- Não, vai pedir pra Maya - levanto e caminho até a cozinha, o cheirinho de lá tava vindo até mim.
- Para com isso vai - se pendura nas minhas costas.
- Como é que vou andar com esse peso todo, sai muleke!
- Não, não e não!
- Se vocês esbarrarem nas panelas eu mato vocês.
- Hermano! - me larga e se joga no Oscar.
- Pelo menos não tá em mim...
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En control - Óscar Diaz.
Fanfic- preciso de você mesmo depois de tudo, tudo o que você fez comigo - Esmeralda. [...] - esse é o meu futuro, mas eu só quero ele se for ao seu lado - Spooky. [...] - nós começamos errado Oscar, quem transa antes do oi - Esmeralda. [...] - me conhece...