Eliza parece ser uma garota normal com uma vida perfeita, uma família perfeita, a casa perfeita, a cidade perfeita.
Algo que quase ninguém sabe é que a nossa pequena garotinha adora fazer as noites das pessoas da França um verdadeiro caos. Assombrar...
Meu prazer é a dor deles Adoro ver os castelos queimarem Essas cinzas douradas se transformam em sujeira Sempre gostei de brincar com fogo
~play with fire -Sam Tinnesz
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França, Paris 18:00 P.M.
Já dentro da famosa Notre-Dame, a mais antiga Catedral francesa. Seu estilo gótico é admirável, a arquitetura tanto interior quanto exterior é muito bem trabalhada e conservada. Fico impressionada com tamanha beleza.
Mesmo morando aqui desde que meus pais tiveram que migrar dos Estados Unidos para França, aos meus 10 anos, nunca frequentei templos religiosos como esse, nunca tive o interesse e mamãe e papai nunca fizeram questão de me trazer.
Minha mãe é adepta e estuda muitas religiões, apesar disso nunca forçou eu e meus irmãos a segui-la. Já papai é diferente, ele não segue nem estuda nada, ele se auto classifica com "científico demais para servir a uma religião e mente aberta demais para ser ateu".
Minha infância inteira fui exposta a muitas culturas diferentes, por escolha própria, eu gostava de entender outros lugares e aprender dobre eles, Sabrina me ajudava com isso, me contava histórias e conversava de maneira explicativa sobre tudo.
Eu estive ao seu lado acima de tudo, todos os momentos difíceis. A morte do Tomy foi a mais marcante delas, eu precisava de apoio. ELE ERA A PORRA DO MEU IRMÃO GÊMEO . Mas eu escolhi ajudar ela do que me ajudar, larguei tudo para apoiá-la com o luto.
Em troca foi posta de lado, esquecida durante anos, sofrendo todo tipo de abusos psicológicos possíveis. E eu deixava. As vozes tentavam me alertar de que as coisas que estavam acontecendo era errado, mas não achava, para mim ela só estava de luto, vivendo a dor de perder um filho enquanto eu vivia a dor de perder um irmão do qual conheço e convivi desde a barriga.
Durante o começo da adolescência a relação com minha mãe meio que ficou estranha, digamos que ela é uma pessoa difícil de lidar quando abre a boca. Comecei a perceber o que estava acontecendo e não era nada bom.
Tentei presta ainda mais apoio ainda mais, praticamente implorei para que ela procurasse ajuda psicológica, mas nada, tudo só piorou. Ela achou que eu estava a chamando de louca ou sei lá.
-Você é um erro, se você não tivesse sido criada, nada disso teria acontecido, seu irmão estaria vivo. Queria que tivesse sido você no lugar dele.
Lembro perfeitamente das palavras que saíram de sua boca enquanto me encarava.
-Você não merece nada, não é merecedora de nada do que tem. É uma maldita maldição, deveria ter te deixado quando tive a chance.
