capítulo 15 | ELEVADOR

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Olha nos meus olhos
E lava a minha alma
Frequento lugares com a energia pesada
Sonho devagar, corro na estrada
Aceito qualquer coisa só pra não voltar pra casa

~Não queria que fosse assim -Dj Brunin XM, Lourandes

~Não queria que fosse assim -Dj Brunin XM, Lourandes

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França, Paris
15 de abril de 2019
17:30 P.M.

Ok, eu lembrava onde era o apartamento dele...

E eu estava na frente do grande prédio agora.

Ultrapassando a porta do hall de entrada vou direto falar com o porteiro a minha esquerda.

Um cara baixo e robusto, com um bigode grosso e sobrancelhas despenteadas, pele esbranquiçada e bochechas coradas. Vestia um uniforme que parecia não ver água a muitos anos, um óculos fino e retangular com um cordão que o prendia em seu pescoço.

Assim que me vê muda o foco de suas pilhas de papel para mim, ajeitando sua postura e empurrando a haste do óculos enferrujado para enchergar melhor.

-Boa tarde, como posso ajudar a senhorita? -comprimenta e pergunta com um sorriso de dentes amarelados no rosto.

-Boa tarde, eu gostaria se saber o andar do apartamento do Lucien

-Pode me dizer seu nome?

-Eliza Mallet

Ele dá uma olhada em algo no computador, pelo jeito que digita no teclado da para ver que não tem experiência alguma com tecnologia.

-Ah sim, pode subir, apartamento 777 no décimo sétimo andar desse prédio -fala me entregando uma chave prateadas e com a outra mão indicando as escadas.

Ah é, tinha me esquecido que aqui não tem elevador

Da outra vez que estive aqui não lembro de como fiz para subir e nem sequer de descer, mas lembro de que fiz tudo isso por uma escada.

A cada passo que eu dava em cada degrau enquanto subia parecia que tinha algo como uma barreira de energia densa no meu caminho.

Parecia algo escuro mas ao mesmo tempo tão claro e revelador. Imagine como uma nuvem carregada e pronta para descarregar, chovendo em quem quer que esteja por baixo.

Tempestuoso, perigoso, mas também libertador e relaxante.

Cada passo em frente ao obscuro mais perto de algo maligno e delicioso eu me sentia. Era um suspense que percorria todo o meu corpo como um arrepio turbulento e avassalador.

Olhei para baixo apenas para checar quandos lances de escada já havia percorrido.

VAI A MERDA!

EU SÓ SUBI TRÊS LANCES?!

Risadas na minha cabeça acompanhavam minha fúria e frustração.

-Vai pro inferno Lucien! -murmurei

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