capítulo 22 | PROFECIA

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Eu não preciso do seu ódio
Eu não preciso da sua aceitação
Então o que eu devo fazer?
Eu me arrependerei assim que você disser
Bem eu não estou arrependido-BANG-você está morto!

~Die Motherfuck Die -Dope

França, Paris 10 de maio de 2019

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França, Paris
10 de maio de 2019

Já se passaram semanas desde a volta dos mortos de Tommy e, desde então, estamos inseparáveis. Conversamos sobre tudo o que aconteceu na minha vida e ele sabia de quase tudo.

Houveram coisas que eu preferi não tocar no assunto e outras que não me importei em dizer. Já o meu irmão, me enrolava o máximo que podia para não falar sobre nada que passou no submundo nem em como foi sua experiência como um soldado.

Cargo esse que ele diz gostar muito de exercer mas que precisava se estabilizar devido coisas que aconteceram e que iriam acontecer. Em uma das nossas muitas conversas sobre a vida e como as coisas andavam mudando muito rápido ele deixou escapar algo.

-Ma mort, ela é a única que eu sinto falta daquele lugar -murmurou aéreo.

-Ma mort?

-Ela é uma amiga de décadas, me pergunto qual foi a reação dela quando descobriu que eu parti.

A "ma mort" , ele falava como se a sua morte fosse uma pessoa íntima sua.

Mas uma pergunta que me atormentou a partir do momento em que ele apareceu na minha frente escapa de minha boca antes mesmo de pensar em falar.

Um impulso que tentei controlar, com receio de que o despertasse coisas ruins ou ele se sentisse precionado. Pergunta essa que dessa vez não consegui segurar.

-Como caralhos você chegou aqui?

Por um momento fiquei parada no lugar após perceber a maneira grosseira que falei. Mas porra, eu esperei tempo demais pela sua boa vontade para me falar.

Tom permaneceu estático, sem conseguir olhar em meus olhos. Suas mãos mexiam, os dedos freneticamente.

-Eu não sei se...

Ele mesmo se corta, alternando entre olhar para os pés, mexer os dedos e passar as mãos pelos cabelos. Percebo o leve rubor presente em suas bochechas.

Ele está envergonhado?

Me aproximo um pouco, tentando demonstrar apoio. Toco seu braço e belisco de leve, tentando lembrar a ele que estou aqui, ao seu lado, para o que der e vinher.

Acho que isso foi o suficiente para ele tomar coragem e começar a falar.

-Ah, o inferno -suspira profundamente- Fiz coisas das quais o meu eu antigo não se orgulharia. Mas, apesar de tudo, fui e sou um soldado que sempre defendeu o que acreditou.

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