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O homem bebeu muito na noite anterior e amanheceu de ressaca, dor de cabeça e de péssimo humor.

Suzana chega à fazenda e encontra o fazendeiro com uma cara pior que a de costume.

— "Meu Deus me ajude e me dê forças a cara deste homem está de assustar será que é por causa da foto ainda?" — Suzana pensa.

— Aquela imbecil da Natália não limpou este escritório! — ele diz.

Suzana escuta sem falar nada.

Além de tudo ele foi extremamente grosso com Jaime na frente da jovem. Enquanto a moça trabalhava o homem só reclamava e xingava todo mundo pra ela.

Eurico bebia água toda hora e reclamava de dor de cabeça.

— "Este homem está de ressaca!" — pensa Suzana.

— Seu Eurico se o senhor não está se sentindo bem eu volto amanhã... diz Suzana.

— Não... Eu estou melhorando não se preocupe... me faça um favor chame a Natália!

Suzana vai atrás de Natália.

— Este escritório está um chiqueiro pode me dizer por que? — ele diz.

— Seu Eurico eu limpei aqui esta semana como de costume... diz Natália.

O escritório não estava sujo coisa nenhuma o fazendeiro estava era arrumando pretexto para fazer uma cena na frente de Suzana.

— Mas está sujo mesmo assim... depois que terminarmos limpe aqui imediatamente...

— Sim senhor...

— Me traga café preto bem forte e sem açúcar e uma jarra de água bem grande... a maior que tiver na cozinha... Anda logo deixa de preguiça...

Eurico se levantou da cama parecendo um capeta e Suzana estava boquiaberta.

— Seu Eurico eu sei que não tenho nada com isto, mas não pode falar com ela assim... O escritório está limpo as coisas estão todas no lugar, não tem nenhuma poeira nos móveis, o chão está limpo... diz Suzana.

— Agora você acha que pode se intrometer na maneira que trato os meus empregados?

— Eles são seus empregados, não seus escravos tudo tem limite seu Eurico...

— Se eu falasse mansinho com eles eu não teria colocado esta fazenda onde está...

— Tem muitas maneiras de dar ordens sem ser tão rude...

— Se você acha errado o jeito que trato os meus funcionários é só não tratar os seus assim porque aqui quem manda sou eu... os meus empregados são muito bem pagos não têm do que reclamar, mas em troca exijo um ótimo serviço...

— As pessoas não tem culpa dos seus problemas...

— Quais os meus problemas? Você acha que o fato de eu ser paralítico é um problema?

— Eu não acho que é um problema, mas para o senhor parece que é... quer descontar a sua raiva em todo mundo...

O sangue de Eurico subiu.

— Olha aqui sua... sua... garota! O que você sabe da minha vida? nós mal nos conhecemos... Eurico falou gritando e quase ofende a moça de novo.

— Seu Eurico eu acho que a gente não nasceu pra ficar tanto tempo junto no mesmo lugar... é melhor eu parar por aqui...

— Não vai parar coisa nenhuma temos um trato você disse que me ajudaria até o Erick voltar...

— Eu não tenho nenhuma obrigação de continuar aqui...

𝖠 𝖼𝗈𝗋 𝖽𝗈 𝖼𝖺𝗆𝗉𝗈 ~ 𝖤𝗅 𝖼𝗈𝗅𝗈𝗋 𝖽𝖾𝗅 𝖼𝖺𝗆𝗉𝗈Onde histórias criam vida. Descubra agora