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Suzana chegou à fazenda e pediram pra ela esperar no escritório de Eurico.

A jovem havia se dado conta que tinha perdido ou esquecido a caneta que ela chama de caneta da sorte, pois foi a caneta que ela usou quando marcou o jogo que ganhou na loteria. Ela sempre a leva para os lugares quando imagina que vai ter que escrever algo à mão.

Enquanto Eurico não aparecia, a jovem resolveu olhar na gaveta do fazendeiro para ver se a encontrava. O objeto não estava lá, porém a garota encontrou uma fotografia de Eurico. Na foto estavam ele e uma mulher abraçados como se fossem um casal, a mulher era bonita: loira e olhos azuis, tomada pela curiosidade ela pega o retrato em suas mãos e o observa por alguns segundos.

Desta vez Eurico não se atrasa e entra de repente ao escritório e Suzana leva um susto.

— O que pensa que está fazendo? — ele diz bravo.

— Me dê isto aqui! — ele toma a foto da mão dela de arranque.

— Como se atreve a mexer nas minhas coisas?

— Me perdoe seu Eurico eu não estava mexendo eu só abri a gaveta pra ver se minha caneta estava aqui...

— Por que você achou que poderia abrir a minha gaveta sem a minha autorização?

— Tem razão seu Eurico eu nunca devia ter feito isto... me perdoe...

Eurico esconde a foto imediatamente.

— Nunca mais faça isto entendeu?

— Suponho que agora não vai mais querer a minha ajuda acho melhor eu ir embora! — diz Suzana.

— Você continua, mas nunca mais faça algo sem a minha permissão!

— Está bem... diz Suzana muito sem graça.

— Você pretendia revirar este escritório todo por causa de uma simples caneta?

— Não... eu só iria olhar na gaveta se eu não a encontrasse depois eu iria perguntar pro senhor...

A caneta tinha ficado lá realmente e o homem havia guardado em outro lugar.

— Aqui está... Aqui tem muitas canetas pra que abrir a gaveta dos outros por uma simples caneta?

— Eu tenho um apreço especial por ela sempre carrego ela quando tenho que fazer algo... pra mim é como uma caneta da sorte!

— Bobagens... isto não passa de superstição! ­— Ele diz.

Suzana ficou extremamente sem graça e não falou mais uma palavra e nem Eurico também lhe dirigiu a palavra naquele dia.

A garota chega ao sítio contando o que aconteceu naquela manhã.

— Nossa Estela hoje eu levei uma bronca do Eurico que a minha cara caiu no chão... O pior que a culpa foi minha!

— O que aconteceu?

— A minha caneta que eu sempre carrego estava sumida imaginei que tinha deixado na fazenda, enquanto eu esperava o Eurico no escritório eu fui inventar de olhar na gaveta dele... o homem apareceu de repente e virou uma fera quando me viu com uma foto dele na mão... Ele ficou muito furioso, arrancou a foto da minha mão na maior pressa e força meu deus eu fiquei até com medo... fiquei com medo dele achar que eu queria roubar alguma coisa ou sei lá... mas ele não falou nada disto ele ficou irritado mesmo foi porque eu vi a foto dele...

— Este cara é doido mesmo amiga... tudo isto porque você viu uma foto dele?

— Sim... por que fui inventar de abrir aquela gaveta? Ontem eu estava meio tensa hoje foi pior ainda... conversei com ele menos que ontem e fiquei muito sem graça!

𝖠 𝖼𝗈𝗋 𝖽𝗈 𝖼𝖺𝗆𝗉𝗈 ~ 𝖤𝗅 𝖼𝗈𝗅𝗈𝗋 𝖽𝖾𝗅 𝖼𝖺𝗆𝗉𝗈Onde histórias criam vida. Descubra agora