Jenna Ortega

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Oooiiiii..Boa noite

Boa leitura.

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PV S/n

Flashes. Várias câmeras apontadas para mim. Meus olhos atentos olhando para cada fotógrafo eufórico tentando tirar as melhores fotos minhas. Mas um pouco e acredito que iria ficar cega de tantos flashes incessantes. Nem em meus sonhos mais loucos eu poderia imaginar que me tornaria uma grande estrela do cinema mundial. Estava em ascensão na indústria do entretenimento. Não fazia nem três anos que tinha iniciado a carreira e a fama já me pegava de jeito aos dezenove anos. Se alguém me falasse que um coisa dessa magnitude aconteceria comigo, eu com certeza riria da pessoa. Era um sonho muito distante que acreditava que nunca alcançaria.  

Minha vida tinha virado de cabeça para baixo desde aquela primeira audição. Recordo-me do nervosismo antes de entrar naquela sala, mal imaginando que aquele passo seria o início de uma jornada extraordinária. Os flashes continuavam, mas por um momento, consegui desviar meu olhar e relembrar os dias em que a normalidade era meu cotidiano. Agora, entre os holofotes, buscava manter a autenticidade que me trouxe até aqui.

Um conselho que dou para as pessoas é, minha amiga ou meu amigo, se você imagina-se em sua vida fazendo algo que para você é impossível, acredite que é possível sim. No momento em que você se idealiza em algo é porque automaticamente sabe que pode se tornar realidade, basta que corra atrás e trabalhe duro para isso. Coisas que chagam fácil vão fácil. Por isso foque em uma única direção. Lembro-me de compartilhar esse conselho sempre que me perguntam sobre meu caminho até aqui. Acreditar em si mesmo e manter o foco em seus objetivos é crucial. Nos bastidores, aprendi que a persistência supera os desafios, e o esforço contínuo é a chave para transformar sonhos em realidade. Cada passo, por menor que seja, conta na jornada para alcançar o impossível.

Quando decidir ser atriz, comuniquei para todos da minha família sobre o sonho e o caminho que seguiria. Nos primeiros momentos como imaginei eles riram de mim dizendo que era perda de tempo, e que talvez eu nem chegasse a passar em um teste e ou sequer pisar em um set de gravação. Exceto uma pessoa que nunca duvidou da minha capacidade. Minha querida tia. Ela era tão preciosa. Sinto sua falta. Fazia um ano que tinha me deixado por um câncer. Porém antes de ir, ela disse que sentia muito orgulho de mim e tudo que eu tinha conquistado. Fiquei arrasada com sua morte. Fiquei alguns meses de luto, até me lembrar que não poderia me afundar na tristeza e melancólia de sua partida. Ela foi a primeira a me incentivar e também a primeira a me levar para fazer meu primeiro teste de elenco. Me deu apoio quando não consegui o papel. E aqui estou eu, no tapete do Emmy com os olhos do mundo do entretenimento virados para mim. Era insano como, com menos de vinte anos estava concorrente entre as principais categorias da premiação.

O tapete do Emmy estendia-se diante de mim como um testemunho do inacreditável. Cada passo era surreal, e as luzes dos holofotes pareciam mais brilhantes do que nunca. Ainda me surpreendia com a ideia de estar entre os indicados nas principais categorias, competindo com nomes estabelecidos na indústria. Era um lembrete poderoso de que os sonhos, por mais grandiosos que sejam, podem se tornar uma realidade extraordinária.

Era incrível minha capacidade absurda de interpretar papéis complexos e difíceis sendo uma garota tão jovem. No centro das atenções, senti o peso e a gratificação de cada personagem que interpretei. A juventude tornou-se uma vantagem, permitindo-me abraçar a diversidade de papéis de maneira autêntica. Cada personagem complexo e desafiador era uma jornada, e a arte de interpretar tornou-se minha paixão ardente. Às vezes, refletia sobre como minha vida mudou drasticamente desde o primeiro dia no set de gravação. Era uma experiência surreal, mas a cada cena, eu me descobria mais profundamente como atriz e como pessoa. Claro que eu quando entrava em personagem me distanciava totalmente de mim. Sabia lidar com isso, sem que subisse para minha cabeça e acabasse refletindo na minha vida real. Alguns atores quando interpretam personagens complexos tendem à se comparar e se identificar tanto que pode chegar a prejudicar sua vida. Manter a distância entre eu e os personagens que interpretava era um equilíbrio delicado, uma dança entre imersão profunda e preservação da minha identidade. Consciente dos riscos, aprendi a separar a ficção da realidade, evitando que os papéis deixassem marcas permanentes em minha vida pessoal. Acredito que essa habilidade contribuiu para a minha trajetória sustentável na indústria, permitindo-me explorar diversas facetas sem perder a conexão com minha essência.

Imagines - Jenna Ortega Onde histórias criam vida. Descubra agora