Lover - Beauany

Capítulo 15

Josh Beauchamp

—Any: não sou idiota Josh, sei me cuid... -a interrompo.

— foda-se -seguro seu rosto e grudo nossos lábios em um beijo simples.

Começo um beijo lento com carinho, desço uma mão do rosto e paro na nuca, enquanto a outra mão vai pra sua cintura fazendo nossos corpos grudarem. Sinto suas mãos passando pelo meus braços, e parando no meu pescoço.

O beijo vai ficando mais intenso, eu peço passagem pra língua e ela cede. Nossas línguas se encontram e entram numa perfeita sintonia.

Começo a sentir uma sensação estranha, algo diferente que nunca sentir, como se fosse um frio na barriga, isso pra mim deixou a sensação de beijá-la ainda melhor.

Aos poucos a falta de ar chega e vamos encerrando com selinhos. Mantenho nossas testas grudadas, e deixo minhas mãos na sua cintura.

—Any: por que fez isso? -sussurra ainda de olhos fechados.

— tive medo que você não olhasse mais pra mim -ela abre os olhos, vejo seus olhos brilhando e eu sorrio bobo.

—Any: Josh -se afasta, e começo a sentir falta do calor do seu corpo- o que isso significou pra você?

— não sei, eu agir meio que no impulso, não pensei direito -digo sincero.

—Any: entendo, mas eu preciso saber o que você quer de mim -diz séria- preciso saber se posso ter ou não alguma chance com você

— também estou confuso Any, isso é tudo muito novo pra mim, não sei o que fazer -suspiro.

—Any: entendi -vai pro sofá e senta.

— olha -sento ao lado dela e seguro sua mão- a certeza que tenho agora, é que não quero me afastar de você

—Any: não sei se posso continuar sendo sua amiga

— por que não? -o desespero começa a bater.

—Any: porque não te vejo só como amigo, e te manter por perto não é uma boa opção, isso sim vai acabar me magoando, vou acabar criando esperança e no final não teremos nada além de amizade -ela afasta sua mão da minha.

— numa coisa você está certa, tenho medo sim, mas você não entende, esse medo é muito além do que só relacionamento, tem outras coisas em jogos

Como por exemplo, eu ser um assassino de aluguel, acabo fazendo vários inimigos, e principalmente por ter que fugir do cara que matou meu pai e meus irmãos, é muito difícil eu parar num lugar só, por isso não posso me apegar a ninguém -eu penso.

—Any: e que coisas são essas? -fico em silêncio e abaixo meu olhar- entendi, você não quer falar e não vou te obrigar, mas então prefiro me afastar, pelo menos até conseguir aceitar que somos só amigos -diz triste.

— não dar Any, não consigo ficar longe -digo desesperado.

—Any: mas você também não quer ficar perto, não quer tentar, tá deixando o medo te dominar

— não é tão simples

—Any: é tudo o que você falar, mas se não tentar, nunca vai parar de ter medo

Respiro fundo pensando nas suas palavras. Ficamos em silêncio por volta de uns dois minutos, até eu resolver me pronunciar.

— acho que você está certa, estou deixando o medo tomar conta

—Any: eu sei, sempre tenho razão -fala jogando o cabelo por cima do ombro, e eu acabo rindo, deixando o clima mais leve- e o que você pensa em fazer?