Capítulo 6

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O barulho das correntes ecoava pelo salão do trono imerso por uma tensão pesada enquanto Loki e Lyra eram conduzidos, acorrentados, diante de Odin, o rei de Asgard os encarava com um olhar gélido e de puro desdém, como se visse apenas traidores à sua frente, sua voz ecoou como um trovão quando começou à falar:

Odin: Loki Laufeyson e Lyra Kvasirdottir, vocês ousaram usurpar o trono de Asgard, tomando um lugar que não lhes pertence e nunca pertencerá, vocês usurpadores ousaram desafiar a autoridade do rei de Asgard, sua sentença será apropriada à sua traição - ele proferiu as palavras carregadas de acusação e desconsideração

Lyra observava brevemente o ambiente procurando por uma brecha, alguma saída talvez, que pudesse dar uma vantagem para os dois caso algo ruim acontecesse naquele momento.

Loki cerrou os punhos com força, sua expressão era uma mistura de raiva contida com o sentimento de injustiça que o consumia aos poucos, ele tentava fortemente controlar a torre de emoções conjuntas que o invadia, Lyra, apesar de ainda estar gravemente ferida pela luta com sua finada mãe, mantinha um olhar firme com uma determinação silenciosa, porém Loki seria o primeiro à desafiá-lo mesmo diante à uma situação de tamanha desvantagem de ambos.

Ele deu um passo à frente com um olhar vazio porém autoritário, rebatendo as acusações do "pai":

Loki: Nós somos os traidores? No momento em que Asgard estava para ruir pelos atos de Thor, foi você que abandonou seu próprio povo à mercê de seus inimigos, os quais eu mesmo destrui! - ele engoliu seco antes de continuar - Você realmente pensa tão pouco de mim, pai? Eu nunca desejei usar da crueldade para os Jotuns, para o minha própria raça! Eu queria ser amado pelo povo dos nove reinos, mas ao invés disso tudo que eu ganhei foi o vazio, só então eu tive que decidir que se eu não podia ser amado então eu deveria ser temido.

Lyra também deu um passo à frente com dificuldade por conta da gravidez fazendo as correntes se balançarem levemente pelo chão com a ação.

Lyra: Diferente de você..nós não agimos por puro capricho e egoísmo, Odin, cada ação tomada tanto por mim quanto por meu marido foi feita em prol da segurança dos asgardianos que aqui residem.

Odin irado se levantou de seu trono segurando firmemente seu cetro voltando à falar diante da insolência dos filhos adotivos:

Odin: Vocês não passam de meros intrusos, cascas vazias nas qual eu coletei para que não morressem no vazio nas quais foram abandonados, são egoístas, perigosos, ambiciosos

Lyra: Tu falas sobre ambição? - ela sorriu incrédula enquanto falava - Nós agimos por amor à este reino, não por ambição, eu o desafio porque acredito que eles tenham um glorioso propósito, eles só precisam que o governante certo os guie para tal, e continuarei a fazê-lo até que os meus dias cheguem ao fim, nós demos amor aos nossos súditos, ao contrário de você que apenas se mostrou preocupado com o próprio nariz. - seu tom de voz era frio e firme enquanto ela encarava o Pai de Todos com ódio

Odin soltou uma risada mordaz e desdenhosa para o casal.

Odin: Amor? Vocês nem sequer sabem o que isto significa, Loki foi abandonado por Laufey para morrer.. - ele disse olhando para Loki e logo depois direcionou seu olhar para Lyra - E você foi entregue à mim em troca da sobrevivência de sua mãe por ter desafiado minha autoridade incontáveis vezes

Com o objetivo de defender sua honra e a de sua esposa, Loki interviu ao perceber que ela responderia o velho governante, o Deus da Trapaça deu mais um passo à frente quase tocando as escadas do trono e disse-lhe:

Loki: O meu direito de nascença er---

Agora ele havia sido cortado rapidamente pelo Pai de Todos, na qual a voz preencheu o salão com sua presença imponente.

A Adaga e o DiamanteOnde histórias criam vida. Descubra agora