POV Narrador
Uma semana depois do acidente Jennie estava se sentindo um tanto incomodada, não parava de pensar naquela advogada e em como ela era abusada. Sentia que devia de alguma forma fazer ela falar.
Estava nesse devaneio mais uma vez quando a delegada Lauren entrou pela porta de seu escritório, a postura reta e a expressão de mal humor de sempre.
Ela parou em frente a mesa de Jennie e cruzou os braços, encarando a detetive.
A coreana mediu ela da cabeça aos pés como sempre fazia. Usava um conjunto de saia e blazer, meia-calça grossa por causa do frio e botas de cano alto.
Seu cabelo estava solto, meio bagunçado e sua maquiagem marcava seus olhos verdes penetrantes. Jennie sorriu, se não fossem tão amigas ela com toda certeza já teria tentado ter algo com Lauren Jauregui.
-O juiz não liberou o mandato pra empresa da doutora Roseanne.
-O que? Porque?
-Ele disse que ela é a vítima e tem o direito de escolher o que acha que é importante pro caso Jennie.
-Isso é um absurdo.
-Eu não posso ir contra as ordens do juiz. Mas... Ele liberou a intimação pra um depoimento oficial e um depoimento prévio.
-Pelo menos isso.
-Agora, eu falei com sua irmã.
-Falou com minha irmã?
-Sim. Ela disse que a doutora acabou de ir pra casa. Você pode ir até lá, entregar a intimação e colher o depoimento prévio.
Jennie sorriu e se levantou, pegando seu sobretudo na cadeira. Lauren entregou a ela o endereço. A coreana soltou um assovio ao ler o pedaço de papel.
-Deve ser um apartamento e tanto.
-Vai logo Jennie.
-Sim doutora.
Jennie dirigiu até o prédio do apartamento de luxo, apresentou seu distintivo e subiu sem ser anunciada.
Quando viu que era a cobertura ela deu outro assovio. Bateu na porta e aguardou.
Rosé atendeu descalça, usando um babydoll minúsculo que mal cobria suas coxas. Jennie reparou que ela não usava sutiã por baixo.
A loira cruzou os braços e se encostou no batente, a detetive tirou a intimação do bolso e entregou pra advogada que leu.
-Você foi rápida detetive, eu praticamente acabei de cruzar a porta.
Rosé não tirou os olhos do documento enquanto falava, por isso Jennie aproveitou pra olhar pra todo seu corpo.
-Depende da situação doutora, pra algumas coisas eu sou rápida, pra outras eu desfruto o momento lentamente.
-Claro. Já que eu não tenho alternativa entre. - Disse a loira lhe virando as costas, o que deu a Jennie uma bela visão da popa de sua bunda. - Aceita café? Chá? Um leite quente?
Jennie quase engasgou com a última oferta, não sabia se a loira estava sendo gentil ou lhe provocando, mas ela com certeza não sabia com o que estava mexendo.
-Não. Nada. A não ser que tenha whisky.
Rosé lhe olhou.
-Whisky?
-É brincadeira doutora. Café tá ótimo.
Rosé foi pra cozinha e Jennie se sentou após tirar o sobretudo. A loira voltou com duas xícaras de café e entregou uma a menor.
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Aquela filha da máfia
FanfictionJennie Kim é uma boa policial, dedicada ao trabalho, leal a família e aos amigos. Sua condição de intersexual sempre lhe deixou meio mulherenga o que fez a sua fama entre os colegas de trabalho. Tudo muda quando em uma manhã como qualquer outra ela...