Os riscos de ser uma Kim

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POV Narrador

Jennie encontrou Jisoo pela manhã em frente ao hospital. Cumprimentou Lisa que empurrava a cadeira de Lin pra dentro.

-Ele parece mais animado. - Disse pra irmã gêmea.

-Ele está mesmo. Diferente de você.

A detetive suspirou.

-Podemos não falar disso?

-Você estragou tudo com a Rosé não foi?

-Jisoo!

-Eu te conheço Jennie e nunca te vi assim.

-Assim como??

-Seus olhos estão vermelhos, seu rosto inchado. Tah na cara que você chorou a noite toda. E o único motivo que eu vejo é você ter estragado tudo com a Rosé.

-E porque eu estraguei? Talvez tenha sido ela.

-Acho difícil. É você quem foge quando o sentimento aparece.

-Cala a boca Jisoo. Me dá logo as chaves do carro.

Jisoo entrega sem fazer mais comentários e Jennie vai embora sem dizer nada.

A parte estranha é que em praticamente toda vida jamais tinha visto Jennie chorar. A única vez foi na morte dos pais e isso tinha mais de vinte anos.

A coreana entrou no hospital e foi trabalhar.

-x-

Sam ouvia o paciente com atenção, era o retorno de uma cirurgia e estava ali pra avaliação semestral. Ela já tinha feito os exames e explicado o tipo de cuidado que ele deveria ter de agora em diante.

-É claro que não tem problema uma bebida de vez em quando, mas o senhor não pode exagerar. Esses aqui são os remédios do senhor e posso dizer que tá ficando muito bonito com esse cabelo novo. Vejo o senhor daqui seis meses.

O homem foi embora e ela ficou ali preenchendo alguns papéis. Ouviu alguém batendo na porta e mandou que entrasse.

-Licença.

-Mon?

A médica se levantou e olhou pra jovem parada na porta. Estava bem diferente, cabelo solto, um short e camisa parecendo confortável e tênis.

-Eu só vim te agradecer. Acabei de receber alta.

-Ah. Fico feliz que está recuperada.

Mas Sam não pode deixar de pensar que não iria mais ver a moça, nem dormir olhando pra ela.

-Vai ser bom voltar pra casa.

-Imagino que sim. Precisa de ajuda por causa da perna??

Mon usava um gesso que ia da canela até a coxa.

-Não, tudo bem, preciso aprender a usar essas muletas.

-Tudo bem.

Mon juntou as mãos e curvou a cabeça.

-Obrigada por tudo.

-Não foi nada.

Ela foi se virando devagar pra sair e de repente Sam criou a coragem.

-Sai comigo Mon.

As palavras saíram meio atropeladas, mas a garota parou. Sam não conseguia ver seu rosto, então não sabia que ela estava sorrindo.

Aquela filha da máfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora