POV Narrador
Camila acordou nua no chão da sala de seu apartamento, era muito raro Rosé dormir fora e por isso aproveitou a oportunidade quando apareceu.
Não nutria nenhum tipo de sentimento por Lauren, mas gostava de sua companhia e o sexo também era incrível.
Olhou pro lado procurando pela olhos verdes mas não a encontrou, ouviu sua voz vindo da varanda. Pegou seu roupão e foi atrás.
-Eu não quero saber... Você disse alguns e parece que já visitou metade dos tatuadores da cidade... É o último... Tô falando sério sim... O último Jennie.
Ela desligou o telefone e Camila lhe abraçou pela cintura.
-Problemas? - Perguntou a latina.
-A detetive Kim é muito... Obstinada. Não entenda mal, é uma boa detetive e tem bons instintos. Mas quando cisma com algo ela pode ser muito teimosa.
-E ela pelo visto tá cismada com alguma coisa.
-Uma tatuagem. Entrevistou metade dos tatuadores da cidade.
Camila não demonstrou nada, mas ficou tensa. Não queria que Lauren percebesse, mas uma vozinha incomodava sua mente. Não queria acreditar que estivesse certa, mas não podia descartar a ideia.
-Que tatuagem é essa que despertou tanto interesse na detetive?
-Eu não sei. Mas tudo bem, logo ela desiste e acha outra coisa pra investigar.
-É...
Será mesmo possível que se trate daquela tatuagem? Será que Jennie tinha feito alguma associação?
Mas porque a Rosé tinha que se envolver logo com essa detetive.
-Bom eu preciso ir trabalhar. - Disse Lauren tirando Camila dos seus devaneios.
-Ainda tá cedo.
-Não, eu preciso mesmo.
-Tudo bem.
Ela deixou que Lauren lhe beijasse e a acompanhou até a porta, depois voltou tensa pra dentro e pegou o celular.
Parou no meio do ato de digitar o número que estava pensando. Não podia agir assim. Ela nem sabia do que se tratava a investigação de Jennie. Podia não ter nada a ver com a família.
De fato porque ela estava preocupada? Existem milhares de tatuagens e não tinha como saber se a detetive estava investigando aquela. Porque estaria?
Ela respirou fundo. Sempre fora da opinião de que era melhor prevenir do que remediar, mas a situação era um pouco diferente agora. Rosé...
As regras eram que fosse amiga de Rosé e essa amizade se tornou verdadeira. Ela realmente via a neolandeza como uma irmã. Mas Rosé tinha que gostar logo de uma detetive? Caramba ela nunca tinha demonstrado interesse algum em ficar sério com alguém, muito menos ir pra cama e quando decide fazer isso é com uma detetive??
Ela respirou fundo. Se fizesse a ligação sabia que em alguns dias Jennie ia sofrer algum tipo de acidente fatal e isso destruiria Rosé.
Contrariando sua intuição pela primeira vez ela soltou o telefone. Não podia causar essa dor a loira. Era só uma suspeita, ela nem mesmo tinha certeza. Ia tentar descobrir um pouco mais antes de tomar uma decisão.
-x-
Sam se sentia cansada, não conseguia dormir direito fazia alguns dias. Mesmo assim não deixou de fazer a parada que tinha se tornado comum antes de ir pra casa.
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Aquela filha da máfia
FanfictionJennie Kim é uma boa policial, dedicada ao trabalho, leal a família e aos amigos. Sua condição de intersexual sempre lhe deixou meio mulherenga o que fez a sua fama entre os colegas de trabalho. Tudo muda quando em uma manhã como qualquer outra ela...