POV Narrador
Mesmo depois de terem notícias sobre Lisa e a segurança de que ela vai ficar bem ninguém quis deixar o hospital.
Ficaram ali reunidas na sala de espera, aguardando mais notícias sobre Lisa e fazendo companhia uma a outra.
Jisoo resolveu tirar as férias que estavam atrasadas, afinal ia precisar cuidar da namorada.
Jennie tirou alguns dias de licença pra ajudar a irmã no que fosse possível.
Elas se revezaram durante alguns dias pra ir em casa, tomar banho e descansar, mas no fim todas voltavam pra sala de espera.
Rosé e Jennie não haviam se falado desde o dia da cirurgia, elas estavam no mesmo ambiente, mas evitavam até se olhar.
Cinco dias depois de ser operada Lisa abriu os olhos, todo mundo ficou feliz e comemorou quando Jisoo voltou do quarto da tailandesa dizendo que ela estava bem.
Era meio da tarde quando o celular de Rosé tocou e ela se afastou um pouco pra atender.
-R? Sou eu.
-D?
-R, é sobre seu pai. Ele tá internado, passou mal e teve que vir pro hospital as pressas.
-O que aconteceu Dinah?
-Aconteceu que ele teve uma dor de cabeça. Na verdade ele já tava sentindo desde que a detetive foi no escritório falar com ele...
-Espera. A Jennie falou com meu pai?
-É o que eu tô dizendo. Ela inclusive disse que se provar que ele é mafioso vai fazer ele passar o resto da vida atrás das grades. Mas não é isso que importa, ele tá morrendo Rosé. Ele tá com um câncer na cabeça e tá morrendo. Vem ver ele por favor.
O chão de Rosé pareceu sumir dos seus pés, ela não estava preparada pra ouvir uma coisa dessas. Se encostou na parede e escorregou até o chão.
-Quanto tempo ele tem D?
-O médico não soube dar uma data precisa. Mas acha que não mais do que três ou quatro meses.
-Não dá pra operar??
-Tá muito grande R. Infelizmente o pai não vai sair dessa.
Rosé agora lutava para segurar as lágrimas, sabia os motivos que tinha pra não falar com ele há tanto tempo, mas é pai dela e ela não pode deixar de sentir a dor. Depois que ele se for não terá mais ninguém.
-Vocês estão no St. Louis?
-Sim.
-Em que quarto?
-Setecentos e treze, sétimo andar.
-Vou ver ele. Só... Preciso resolver algo antes.
Ela desligou o telefone e se levantou. Estava escondida por uma pilastra e por isso ninguém tinha visto o que aconteceu.
Caminhou decidida e parou em frente a Jennie.
-Você foi interrogar meu pai?
-Como sabe que falei com ele?
-Então você não nega?
-Eu não interroguei ele. Foi uma conversa informal.
-Mas você ainda sim ameaçou fazer ele passar o resto da vida na cadeia.
Todo mundo tinha se levantado e se aproximado das duas.
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Aquela filha da máfia
FanfictionJennie Kim é uma boa policial, dedicada ao trabalho, leal a família e aos amigos. Sua condição de intersexual sempre lhe deixou meio mulherenga o que fez a sua fama entre os colegas de trabalho. Tudo muda quando em uma manhã como qualquer outra ela...