Algumas coisas você sabe, outras...

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POV Narrador

Jennie se sentia nervosa, todo trabalho de transcrever as entrevistas e interrogatórios tinha ficado pra ela.

Era um perfeito absurdo, pra que tinha subordinados se não fosse pra fazer essas coisas burocráticas.

Seu telefone da sala tocou e ela atendeu com raiva na voz achando que fosse Jauregui lhe passando mais trabalho.

-O que é?

-Detetive Jennie Kim?

Reconhecia a voz masculina, mas não saberia dizer de onde.

-Quem é?

-Me chamo Mason Park. Suponho que já nos encontramos antes.

-Ah... Brevemente. Como conseguiu esse número??

-Eu liguei na delegacia e me transferiram.

-Entendo. Em que posso ajudar senhor Park?

-Fiquei sabendo pela minha funcionária que você quer falar comigo.

-Sim. Mas ainda não tive tempo de conversar com um juiz e pedir a...

-Não precisa. Eu vou ficar feliz em dar uma declaração sem intimidação.

-Seria uma declaração informal senhor Park.

-Eu sei. Mas gostaria de ajudar no que eu puder sobre esse incidente que houve com minha filha.

-Claro. Nesse caso eu posso estar indo até o senhor.

-Conhece o prédio na four street que é apenas de escritórios empresariais? Um bem grande no número 114?

Jennie franziu o rosto. Era basicamente o maior prédio da four street.

-Tá falando do Giant Comerce?

-Esse mesmo. Sétimo andar, escritório nove. Só dar meu nome detetive.

-Tudo bem. Eu passo aí mais tarde.

-Até lá então.

Ela desligou o telefone.

Inacreditável que o homem o tivesse ligado. Se as suspeitas estiverem certas ele não iria querer falar com a polícia, nenhum mafioso quer. Por outro lado ele podia justamente estar despistando. E por outro ele podia realmente querer ajudar por ser sua filha a vítima.

No fim ela se sentia confusa, mas já que teria uma conversa informal poderia fazer certas perguntas que uma intimação lhe proibiria de fazer.

Deu um breve sorriso mas logo fechou a cara novamente enquanto voltava a papelada.

-x-

Jisoo estava frustrada. O dia estava sendo muito difícil e pra piorar Lisa estava de folga. O que não daria agora só pra ver o sorriso da maior enquanto tomavam um café juntas na sala dos médicos.

Ela entendia que Lisa precisava desse dia pra primeira audiência da guarda do irmão, só que isso só a deixava ainda mais aflita por não poder estar lá com sua namorada.

Mas havia dado tudo certo, a tailandesa ligou mais cedo pra dizer que Rosé a levou pra casa. Perguntou se a coreana iria passar a noite com ela, mas ela tinha decidido ir pra casa e fazer um jantar com Jennie. Não conversavam direito a muito tempo e sentia falta da irmã.

Ela terminou seu turno e foi pra casa de táxi, a irmã avisou que não poderia buscá-la porque faria uma parada na four street.

Aquela filha da máfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora