Atravessamos a porta do quarto, eu não me recordava de como vim parar no seu colo e muito menos de quando chegamos em Cosllet, mas tudo que eu queria, tudo que me importava era senti-lo. Seu beijo era voraz, quente, o seu toque ardia, queimava como as chamas do desejo. Seu braço forte rodeava em minha cintura, enquanto as minhas pernas estavam em voltas do seu quadril, me impossibilitando de cair no chão. A outra mão deslizava pelo meu rosto, em uma carícia fingida. Seus dedos se enroscaram no meu cabelo, dando leves puxões. Fazendo-me inclinar a cabeça para trás, meu pescoço desnudo foi seu alvo, ele beijou, mordiscou e por fim chupou. Eu podia sentir o relevo em sua calça, e eu tinha certeza que eu estava tão molhada a ponto de umedece-la.
Um gemido escapou pelos meus lábios, não precisei abrir os olhos para saber que seus passos seguiram em direção a minha cama e logo se confirmaram minhas expectativas, quando ele se sentou comigo sobre o seu colo. Com o vestido na metade da minha cintura, eu ainda estava sem calcinha, já que ele recusou-se a me entregar, e eu estaria mentindo se dissesse que agora a queria de volta.
— Draven... — Seu nome escorregou como água pelos meus lábios, quando senti a carícia de uma das suas mãos em meu seio.
Droga, por que esse tecido ainda me cobre?
— Me diga o que você quer, minha musa... — Ele sussurrou com os lábios rentes em meu pescoço. — Como posso lhe dar o que quer, quando nem mesmo você sabe?
Não está tão claro assim?
— Draven... Eu... Eu. — Por que as palavras não saem?
Ele sorriu sem que mostrasse os dentes, um sorriso malicioso, que apenas seus olhos já entregavam suas intenções.
Mais uma vez seus lábios se afundaram contra os meus, em um desespero como se fosse a última coisa que ele iria fazer, não consigo segurar quando os mordisco, sentindo o leve gosto metálico escorrer pela minha língua, ele grunhe. Sua mão livre me apertou, seus dedos se cravam na carne da minha coxa de forma que dói um pouco, mas a sensação de alívio que vem após é quase eufórica.
Minha cintura praticamente se tomou do meu domínio quando comecei a me movimentar sobre o seu colo, sentindo o relevo do seu pau sob o tecido rígido da calça de alfaiataria roçando contra os meus grandes lábios.
Droga, como eu quero esse homem dentro de mim.
Céus, a linha do limite que impus se dissipou. Ela evaporou, assim como toda a sanidade que ainda ainda restava em mim. Se ele era um demônio, então por que estava quase me levando ao paraíso?
— Draven, por favor. — Minhas palavras saiam quase em um tom de súplica, como se eu não tivesse nenhum controle sobre meu corpo, na verdade isso agora nem parecia existir.
Minha boceta pulsava, ansiando pelo seu toque e, foi como se ele ouvisse os meus pensamentos. Quando, rapidamente senti o impulso trocando nossas posições, ele me jogou de costas contra a cama, abrupto de certa forma. Meus braços pousaram sobre seus ombros largos, seu corpo mais uma vez se encaixou no meu, céus, como podem se encaixar tão perfeitamente?
O quarto era pouco iluminado pela luz lunar que atravessava o vidro da janela, mesmo no escuro conseguia ver a sua face, seus olhos cinzas brilhavam na mesma intensidade que a lua.
Sua mão deslizou pelo interior da minha coxa, subindo em direção a minha virilha e enfim encontrando os meus grandes lábios. O alívio foi instantâneo quando senti o seu toque. Seus dedos eram quentes, macios e pesados.
— Seu ódio por mim te deixa tão molhada assim... — Seu tom ecoou com malicia. — Eu fico tentado a te fazer me odiar ainda mais...
— Não pense que irá conseguir muita coisa, abri apenas uma exceção.

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A ARTE DO DESEJO
RomanceOs opostos se atraem, mas se repelam como água e o azeite. Uma jovem pintora desperta após três meses em um coma, resultado de seus problemas com álcool após a perda do pai. Por mais que ela acreditasse que fosse graças ao coma, na verdade um trauma...