²³ Caos

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Oi xuxus! Como cês tão?
Se estão bem e querem continuar assim, eu recomendo não lerem o capítulo kkk

Boa leitura!❤️

⚠️ TENTATIVA DE ESTUPRO ⚠️

Levi

A teoria do caos estabelece que qualquer mudança sútil ocorrida no início de um evento, pode causar consequências imprevisíveis no futuro. Não sei ao certo se minha vida se encaixa nesse contexto. Minhas escolhas e a das pessoas ao meu redor poderiam ser tidas como sutis?

Quando finalmente decidi confessar a meus pais quem eu sou de verdade, já esperava tais consequências. E por um momento eu até pensei estar pronto pra lidar com elas.

Estava tão errado..

Os impactos foram muito maiores do que o previsto.

Fui mandado para longe de tudo o que eu conhecia e acreditava ser importante. Tive que me desfazer de coisas e pessoas que sempre estiveram comigo, e vi toda uma vida de dedicação e orgulho ser invalidada por um simples fato: eu gostar de homens. Sem contar a decepção gigantesca de ter meu pai como protagonista principal nesse show de horrores.

No entanto eu nunca imaginaria que tudo isso não passava nem de um terço do meu tormento.

Havia muito mais para acontecer. Quando fui expulso de casa, eu não sabia, mas meu pesadelo tinha apenas começado.

O dia que eu disse "sim" foi como quando estamos em uma tempestade, e de repente vemos ela cessar e as nuvens se abrirem, rasgando o céu e nos dando o vislumbre dos quantes raios solares, que nos aquecem em meio a brisa fria trazida pela baixa temperatura. Porém minutos depois, acabamos descobrindo se tratar apenas de uma estiagem, que nos conforta e ilude antes da chegada do terrível vendaval. Era como se o destino me mostrasse que eu não possuo controle algum sobre a minha existência. Como se tudo não passasse de um jogo doentio onde ganha quem sobrevive por mais tempo, e nesse momento, eu sinto estar cada vez mais perto do tão temido game over.

- Sabe, franguinho.. de primeira eu não entendi quando tu me trocou pelo Vitão. A gente é meio parecido, tá ligado? Geral até pergutava se éramos irmãos de sangue. - André fala rindo e eu permaneço calado, evitando encará-lo, exatamente igual aos, aproximadamente, vinte minutos desde que acordei. - Só que eu tenho o pau maior. - Ele toca em seu membro. - A gente tirou a prova uma vez, quando batiamos uma juntos. - Reviro os olhos. - Não faz isso, menó! Eu sei que tu curte essas paradas. - Ele se aproxima.

Quando despertei e rapidamente percebi que tudo isso se tratava de um jogo sujo do André, não sei porque, mas não foi uma grande surpresa.

Óbvio que eu nunca teria adivinhado, até porque não sou de acusar ninguém sem provas, mas era realmente um clichê: "A traição de um amigo narcisista que se sente ofuscado pelo "melhor amigo.".

Ainda não estou ciente dos reais motivos que o levaram a agir de tal forma, mas algo me diz que tem haver com o título de Victor, e talvez, só talvez, comigo e nosso infeliz, barra, curtíssimo passado. Embora me pareça meio inconcebível que tudo isso não passe de uma crise louca de ciúmes, mas acredito que muito em breve terei minha resposta sobre qual é a opção certa.

- Eu ia adorar ver essa tua boquinha chupando meu pauzão inteiro com vontade. Cê tem cara de que faz um boquete daqueles. - Me enojo com essa ideia. - Olha pra mim quando eu tiver falando, porra! - Ele grita inesperadamente, e eu pulo em um susto, mas continuo o ignorando. - Tá surdo, viadinho? - Ele puxa meu rosto com certa força para o encarar, mas desvio o olhar. - Então vai ser do jeito difícil, né? - Ele questiona e me solta com brutalidade, se afastando um pouco. - Se o Vitão tá assim tão viciado em tu deve ser porque cê faz a parada direito, então também vou querer tirar a prova, já que a gente sempre dividiu tudo mermo. - Ele fala com uma risada perversa, passando a desabotoar a calça e eu estremeço, com medo do que vem a seguir.

Entre Fios e Vielas (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora