¹⁶ Promessas

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Levi

- Dorme aqui comigo, loirinho! - Victor pede quando me levanto, depois de termos passado um tempo de conchinha no sofá.

- Não posso, Victor. Já é estranho o suficiente eu ficar depois do trabalho. Tia Lili vai desconfiar. - Digo começando a juntar minhas roupas.

- Já pensou sobre o que a gente conversou? - Ele pergunta ao se sentar.

- Provavelmente é a melhor opção, mas ainda temos que pensar no que dizer a tia Lili. - Falo enquanto me visto.

- Ou tu pode dizer a verdade. Manda o papo que a gente tá se curtindo e que te chamei pra vir pra cá. - Ele fala sério, como se fosse a coisa mais simples do mundo.

- Não sei se isso daria certo também. Ela ficaria preocupada por eu estar com você. - Digo rindo. - Você pode ser o sobrinho dela de consideração, mas ainda é a porra do dono do morro, Victor.

- Coé, loiro!? Cê sabe que não deixaria acontecer nada com tu. - Ele fala me encarando.

- Eu sei, mas sei também que você não pode me proteger de tudo, e ela também sabe. - Eu retruco.

- Enquanto tu tiver na minha área eu protejo sim, é uma promessa! E é por isso que tu tem que ficar aqui comigo, pô! - Ele mais uma vez afirma seu pedido.

- E eu já aceitei. Reconheço que pelo menos enquanto estão nos ameaçando é o lugar mais seguro. - Afirmo. - Mas eu tenho algumas condições.

- Qual é o papo, menó? - Victor me encara curioso.

- Nós temos que dormir em quartos separados, nós transamos mas isso não quer dizer nada. O que me leva a segunda condição: enquanto eu estiver aqui, você não pode trazer suas transas pra cá, não estou a fim de acordar ouvindo gemidos alheios. E po.. - Sou interrompido por Victor.

- Peraí, loirinho! Que papo é esse de minhas transas? - Ele pergunta um pouco nervoso. - Tu não tá ligado que eu só tô com tu, pô!? E que papo é esse de dormir em outro quarto? Essa porra aqui não significou nada pra tu!?

Não é que não tenha significado nada pra mim, transar com Victor só conseguiu reafirmar tudo, todos os meus sentimentos por ele acabam de ser levados a outro nível, mas estou apenas tentando assegurar que não iremos passar dos limites. Estou tentando me proteger de mais sentimentos inoportunos.

- Eu sei. Mas isso não quer dizer que você não possa. Nós não temos nada, então você tem esse direito, porém estou pedindo pra que enquanto eu estiver aqui, não! - Falo sinceramente.

- E eu tô dizendo que nem precisava tu pedir. E por que nois não pode dormir junto? - Ele questiona novamente.

- Temos que manter um limite. E isso não é negociável! - O informo.

Nós transamos, e não nego que foi a melhor transa da minha vida, mas isso não muda o fato de que ele ainda é o Victor, e que com ele vem também seu título, e que justamente por causa dele, estou correndo risco de vida.

- Porra de loirinho mimado do caralho! - Ouço Victor falar mais pra ele que pra mim.

- Agora temos que ir. Acho que direi a minha tia que vou ficar na Vivi, essa é a única desculpa que vem na minha cabeça. - Eu digo me dirigindo a porta da garagem.

- Pode crê! Ela nunca vem pra essas banda mermo. - Victor diz enquanto me entrega um dos capacetes.

- Então acho que tá decidido. Vou falar com a Vivi pra ela me acobertar caso tia Lili pergunte. - Falo subindo na moto após Victor.

(...)

Quando cheguei em casa, por um milagre tia Lili estava acordada, então decidi contar logo de uma vez.

Entre Fios e Vielas (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora