Chapter 028

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—Repete.

—O que?

—O que você falou...

—Que eu te amo? —Eu sorrio e assinto. —Eu não cuido de você por obrigação, é porque eu te amo.

Eu devo estar sorrindo igual a uma idiota, mas como eu falo que amo ele agora? Isso é tão difícil... Eu amo ele, mas falar um "eu te amo", pra mim, é mais difícil do que parece.

Esse"eu te amo" está entalado na minha garganta.

—Desculpa por não saber me expressar assim sabe? Com palavras...

—Cada um tem a sua linguagem de amor, Kenzie, algumas pessoas tem até duas. As minhas são palavras de afirmação, e toque físico.

—E você acha que eu tenha alguma linguagem de amor?

—Todo mundo tem, pequena. Talvez a sua seja tempo de qualidade, ou quem sabe toque físico...

—Eu queria saber me expressar com palavras assim como você...

—Isso é com o tempo ou talvez não seja da sua natureza dizer que ama, mas o que importa é que se você não fala, eu falo pra você em dobro.

—Eu gosto da ideia. -Eu sorrio para ele.

—Não sorri assim que eu fico desorientado. —Ele sorri de canto e olha pro relógio de pulso.

—O que foi?

—Tô só olhando as horas. Vou preparar o almoço, e antes que a senhorita peça, eu vou fazer o almoço sozinho, sem ajuda.

—Ok, eu não ia pedir pra te ajudar mesmo. -Eu dou de ombros enquanto ele se levanta.

Talvez eu fosse sim.

—É, não te conheço né, Mackenzie.

—Ah, deixa pelo menos eu ficar na cozinha?

—Eu deixo você ficar deitada aí com o Enzo.

—Chato.

—Mimada.

—Você me mima, não põe a culpa em mim.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~


[...]

—Tá pronta, Kenzie? —Indago batendo na porta e entrando em seguida.

—Não, eu não tenho roupa! —Diz a loira só com lingerie preta no corpo.

—Você tem a metade do guarda roupas mais as gavetas, princesa, é óbvio que você tem roupa.

—Com que roupa eu vou?!

—Eu gosto desse. —Eu tiro do cabideiro um vestido tubinho nude com algumas pedras brilhantes e uma jaqueta da mesma cor.

Não sei se ela gostou muito. Pelo menos é o que a feição dela diz.

—Dá pro gasto. —Ela pega o cabide da minha mão.

—Eu vou tirar esse seu mau humor rapidinho.

Com a maior cara de pau ela se vira de costas pra mim e empina a bunda.

—Eu não te aconselho a fazer isso, a minha mão já tá até coçando.

—Eu sabia que não ia faz... —Eu nem deixo ela terminar a frase, dando um tapa forte naquela bunda linda dela. —Ai!

—Faz de novo pra ver. —Ela revira os olhos. —Tá caçando jeito de ficar sem andar?

—Pode ter certeza, eu aguento sem ficar paralítica.

—Noite passada você não disse isso, tava muito cansada pra falar alguma coisa.

Ela abre o vestido e entra no mesmo, para ajudá-la eu fecho o zíper do vestido e ajudo ela a por a jaqueta sobre os ombros dela.

—Vamos. —Eu levo ela até aonde meu carro está estacionado.

Eu abro a porta para ela, que entra enquanto passa um gloss na boca, fecho a porta e dou a volta na frente do carro, entrando em seguida no banco do motorista.

Enquanto eu dirigia minha mão ficava sobre a perna dela, subindo e descendo, ela às vezes olhava de canto pra mim mas logo voltava sua atenção para o trânsito. Confesso que as olhadas dela eram curiosas e me examinavam por inteiro, uma das pernas dela começou a se mexer freneticamente, a cabeça dela se apoiou no vidro e ficou olhando o lado de fora do carro enquanto seus braços se cruzaram.

Eu aperto a perna dela não tão fortemente em forma de repreensão, então a mesma para de mexer a perna.

—O que foi? Tá ansiosa? —Eu acaricio a coxa dela que nega com a cabeça.

—Não.

—Eu te conheço, e eu sei que você tem alguma coisa.

—Não é nada.

—Fica tranquila, é só uma reunião idiota com homens e mulheres que não chegam nem aos seus pés. E depois tem uma surpresa pra você.

—Uh, homens que não chegam aos meus pés? Tô começando a gostar.

Ele ri.

—Não quero ser chata, mas já sendo... A reunião vai ser muito longa?

—Não sei, espero que não. Pra mim também é insuportável ficar sentado ouvindo o chefe falar. Mas eu garanto que vai valer a pena depois. -Eu deixo um beijo em uma das mãos dela.

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[...]


Ao entrarmos no prédio da empresa, Arthur apresentou seu crachá e então entramos no elevador, um de seus braços contorna minha cintura, repousando sua mão ali.


Uma sala com duas paredes de vidro, uma mesa imensa de reunião e uma espécie de bar foi o que eu vi quando as portas do elevador se abriram.

Um homem se barba e cabelos brancos, mas não tão velho vêm em direção ao Arthur, as mãos dele se apertam e eles os cumprimentam.

—Arthur! —Eles se cumprimentam com sorrisos no rosto. —Achei que não ia vir! Como vai?

—Bem! Essa é a minha futura esposa, a Mackenzie. —Arthur deixa um beijo no topo de minha cabeça ao dizer.

Futura o que...?

—Prazer Mackenzie, eu estou o Juan. —Ele deixa um beijo em minha mão. —Vamos à mesa, já vamos começar. —O mais velho nós direciona até a mesa.

Ass: Arthur CorradiOnde histórias criam vida. Descubra agora