Chapter 031

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—Opa, vai com calma aí loirinha. Desse jeito você vai ficar bêbada rapidinho. —Eu beberico meu vinho.

—Isso não é tão bom não.

—Eu vou pedir um melhor pra nós depois. —Eu deixo um beijo na testa dela.

Eu trilho caminho pela bochecha dela, maxilar, até chegar na boca.

Ao contrário do que eu esperava ela pede passagem com a língua, e uma de suas mãos desliza até o meu pescoço. Eu me separo dela e deixo alguns selinhos sobre seus lábios cor-de-rosa, ela sorri pra mim com um pouco de vergonha e volta a por sua cabeça contra o meu ombro. Posso sentir sua respiração contra meu pescoço fazendo com que meus pelos arrepiem.

Como uma pessoa pode fazera outra arrepiar só com a própria respiração?

—Eu confesso que tinha planejado trazer você aqui pra... Você sabe não é?

—Pra transar comigo?

—É, mas acho que você não está muito apta.

—Por que?

—Você tá cansada, com o pé machucado e cólica, não vou fazer nada de mais enquanto você não melhorar.

—Eu não queria estragar os seus planos...

—Não tem o que pague nós dois deitados e conversando à luz das estrelas, Kenzie.

Eu sinto uma das mãos dela subindo pelo meu ombro e acariciando minha nuca, suas unhas passam por ali subindo e descendo.

—Eu não trocaria esse carinho por nada na minha vida.

—Nada?

—Nada. Nem pelo que você está pensando. —Ela sorri. —Eu sei em que você pensou.

—Eu sei que sabe. —Eu acaricio as costas dela.

—Pode ter certeza, meu amor, eu não troco nem por isso.

—Por que?

—Sexo é desejo, se conectar com outra pessoa, conversar e ter tempo de qualidade assim, pelo menos pra mim é necessidade, principalmente se a pessoa for você.

Ela suspira e levanta a cabeça e eu me aproximo do rosto dela, selando nossos lábios.

—Ainda pode fazer jus do dinheiro que gastou aqui. —Ela diz ainda com nossos lábios juntos.

—Pode parar com essa tentação. —Eu sorrio separando nossos lábios.

—Tentação? —Ela se faz de desentendida.

—É, tentação. O máximo que eu vou fazer hoje vai ser ficar aqui trocando uma id... —Ela solta o fecho do sutiã e o deixa em cima da mesa. —Mackenzie...

As mãos dela encontram as alças da calcinha e as puxam para baixo, ela ergue o corpo e tira a peça que é deixada junta ao sutiã.

—O que foi? É contato pele a pele, não gosto desses panos me apertando. —Ele ri.

—Você é linda, sabia? Cada parte de você me encanta. —Ela sorri sem mostrar os dentes e se ajeita em meu colo me deixando entre suas pernas. —Você fica extremamente atraente nessa posição, sabia?

Ele assente levando as mãos até meu quadril.

—Que mão gelada, Arthur.

—O sangue do meu corpo foi todo pra outro lugar, não sobrou nem pra esquentar as mãos.

—Eu percebi. —Ela ri e se ajeita mais no meu colo.

—Olha a tentação, Kenzie...

—Kenzie não, amor por favor.

—Ah, ok, desculpa amor. —Deixo um selinho em meus lábios.

O celular dele faz com que eu me assuste com o toque. Num só impulso ele pega o aparelho e o atende, ele só diz coisas como ok, tá e obrigada. E ao desligar ele olha pra mim com um sorriso.

—Eu tenho uma surpresa pra você. Veste seu biquíni e uma roupa leve.

—Vai me levar pra onde eu tô pensando?

—Já vai descobrir.

Eu me levanto recebendo olhares do Arthur.

—Dá pra parar de me comer com os olhos ou tá difícil? —Ela pergunta.

—Tô pensando seriamente em não comer só com os olhos. —Sorrio

—Não tô te segurando. —Ela arqueia uma das sobrancelhas e sorri de canto.

—Quem sabe quando voltarmos... —Eu me sento na beira da espreguiçadeira e seguro ela pela cintura

—Eu sei.

—Como você tem tanta certeza?

—Eu tenho certeza porquê se você não fizer nada, eu vou ter que me satisfazer sozinha do seu lado durante boa parte da noite, e você não vai encostar nem um dedo em mim caso isso aconteça.

—Vamos ver, talvez eu suporte o barulho do vibrador e os seus gemidos. —Ela dá de ombros e entra no quarto.

[...]

Eu procuro na mala que o Arthur trouxe, visto meu biquíni ao achá-lo, prendo meu cabelo num coque e deixo duas mechas caídas sobre meu rosto.

Já ele, veste um short preto básico e pelo visto não se importa muito com a camisa. Visto um short preto que combina perfeitamente com meu biquíni e escolho ficar sem blusa. Arthur apenas pega uma pequena bolsa e já está pronto para ir.

—Vamos? —Eu assinto segurando a mão dele que me guia até a porta.

Saímos do hotel e atravessamos a rua onde pudemos dar de cara com uma praia escura, exceto por um uma luzes que parecem estar sob a areia a alguns metros, Arthur me olhou atenciosamente por todo o tempo até que se pronunciou.

—Vai na frente, eu te encontro lá, meu amor. —Ele beija minha boca e para. Eu ando olhando algumas vezes para trás e ele continuava ali me observando. Fui até as luzes e segui elas e no fim, encontrei uma tenda com toalhas, frutas, pães e tudo possível e inimaginável. Calda de fondue de chocolate e de queijo, pétalas de rosas espalhadas pela areia, e... Um papel que me chama a atenção.

Eu ajoelho e me sento sobre meus calcanhares numa das toalhas estendidas, pego o papel por entre os dedos, ele tem letras bonitas escritas, com certeza é a letra do Arthur.

"𝓜𝓮𝓾 𝓪𝓶𝓸𝓻, 𝓪𝓷𝓽𝓮𝓼 𝓭𝓮 𝓽𝓾𝓭𝓸 𝓮𝓾 𝓽𝓮𝓷𝓱𝓸 𝓺𝓾𝓮 𝓭𝓪𝓻 ê𝓷𝓯𝓪𝓼𝓮 𝓷𝓸 𝓯𝓪𝓽𝓸 𝓭𝓮 𝓺𝓾𝓮 𝓮𝓾 𝓽𝓮 𝓪𝓶𝓸, 𝓿𝓸𝓬ê é 𝓬𝓸𝓶 𝓬𝓮𝓻𝓽𝓮𝔃𝓪 𝓪 𝓹𝓮𝓼𝓼𝓸𝓪 𝓺𝓾𝓮 𝓮𝓾 𝓬𝓪𝓷𝓼𝓮𝓲 𝓭𝓮 𝓹𝓻𝓸𝓬𝓾𝓻𝓪𝓻 𝓮 𝓬𝓸𝓷𝓯𝓮𝓼𝓼𝓸 𝓺𝓾𝓮 𝓬𝓱𝓮𝓰𝓾𝓮𝓲 𝓪 𝓭𝓮𝓼𝓲𝓼𝓽𝓲𝓻, 𝓶𝓪𝓼 𝓼𝓮𝓶 𝓺𝓾𝓮 𝓮𝓾 𝓮𝓼𝓹𝓮𝓻𝓪𝓼𝓼𝓮 𝓪 𝓿𝓲𝓭𝓪 𝓽𝓻𝓸𝓾𝔁𝓮 𝓹𝓻𝓪 𝓶𝓲𝓶 𝓪 𝓶𝓮𝓷𝓲𝓷𝓪 𝓶𝓪𝓲𝓼 𝓵𝓲𝓷𝓭𝓪 𝓮 𝓹𝓮𝓻𝓯𝓮𝓲𝓽𝓪 𝓺𝓾𝓮 𝓮𝓾 𝓹𝓸𝓭𝓮𝓻𝓲𝓪 𝓬𝓸𝓷𝓱𝓮𝓬𝓮𝓻.

Ass: Arthur CorradiOnde histórias criam vida. Descubra agora