Chapter 19

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-Você achou mesmo que eu ia conseguir ficar com uma outra host family e esquecer você?

-Talvez, vindo de você, Gherard, eu nem sei o que esperar. -Ele diz abaixando a cabeça e limpando as lágrimas.

-Pois saiba, porque agora que eu tenho quase 18 anos eu faço o que eu quiser, e isso inclui tanta coisa...

-Mas ainda não tem dezoito, então segura a onda.

-Tô jogando o meu mais sincero foda-se pra essa onda. -Eu ando na frente carregando a minha mochila nas costas enquanto ele ainda está com uma cara ótima de surpresa pela minha fala.

-Eu ainda posso pegar seu celular, mocinha.

-Espera até dar 00:01 pra ver.

-Você vai continuar embaixo do meu teto e eu ainda vou mandar em você.

-Para de falar igual meu pai.

-Por que? Eu te lembro seu pai?

-Não vai querer que eu te chame de papai, não é? -Ele sorri de canto.

-Não parou de ler essas fanfics de Daddy que você lia?

-Parei, mas agora meu cérebro já absorveu o que eu li, papai -Eu digo o apelido em tom de ironia.

-Não é um fetiche que eu tenha ser chamado de papai.

-E de quarentão? É um fetiche ou é só ódio?

-Mackenzie... -Ele me repreende.

-Tá bom... Desculpa quarentão.

-Me chama assim de novo pra ver. -Ele ameaça.

-Só depois da 00:01.

-Se acha que porque tem quase dezoito anos que eu não vou mais dar castigo você tá bem errada.

-Eu penso bem o contrário disso.

-Acho bom. -Ele diz andando pelo estacionamento do aeroporto.

Quando achamos o carro dele, Arthur guardou tudo no porta-malas e abriu a porta do carona pra mim. Eu entrei no carro, ele fechou a porta e pude vê-lo dando a volta e entrando se sentando no banco do motorista.

Ele deu partida no carro, e então eu peguei a mão dele e coloquei-a sobre minha perna. Ele deu um sorriso de canto enquanto deu uma breve olhada pra própria mão e acariciou a minha perna com o polegar.

-Tô com sono. -Digo.

-Imagino, a viajem deve ter sido cansativa. Dorme e quando nós chegarmos eu te levo pra cama.

Desculpa, mas eu sorri com essa última frase.

-Que mente suja, Kenzie.

-Eu não tenho culpa se a minha mente tem pensamento próprios.

-No seu caso, imprópris

-Não deixam de ser pensamentos. Minha psicóloga falou que é coisa da idade.

-Você tem psicóloga?

-Agora eu tenho.

-E por que você fala disso com a sua psicóloga?

-Ela me ajuda psicologicamente com o que eu preciso.

-Eu acho que você precisa de outra coisa, mas como eu não sou psicólogo...

-E o que você acha que eu preciso? Talvez eu até demita a minha psicóloga e converso só com você.

-Você precisa de um... relacionamento mais...afetivo, mais... íntim...

-Alguém pra me comer? -Eu interrompo ele que me olha surpreso.

-Ai meu pai. -Ele tira a mão da minha perna e põe a mesma sobre a boca em sinal de surpresa.

Eu pego a mão dele novamente e a coloco no mesmo lugar, mas dessa vez cruzo minha outra perna por cima da mão dele.

-Ok, entendi. Não é pra tirar a mão. -Ele diz e aperta levemente a minha perna.

-Isso mesmo.

-Tem uma surpresa pra você lá em casa. -Ele acaricia minha perna.

-E o que seria?

-Uma surpresa. -Ele dá ênfase em surpresa. -Na verdade duas.

-Tenho direito à dicas?

-Não.

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[...]

Depois de muitos minutos chegamos em casa, quando a Kenzie entrou já viu uma bolinha de pelos loiros vir até ela, o filhotinho de Golden é pequenininho e tem uma coleirinha azul com o nome cravado e meu número te telefone. Ele chega aos pés dela latindo e ela o pega no colo.

-Oi neném! -Ela vê a coleira. -Seu nome é... Mentira que o nome dele é Enzo por causa do filme né... -Nós nos olhamos sorrindo enquanto o filhotinho não para quieto. -Você é lindo Enzo! -Ela beija a cabeça dele e o coloca no chão.

-Vem cá. -Eu guio ela até a porta do próprio quarto.

-Pode abrir? -Ela indaga e eu assinto, e então ela empurra a porta. -Meu quarto virou uma sala de jogos? Eu vou dormir aonde?

-Não é você que tem quase 18 anos? Achei que não se importaria de dormir comigo na minha cama. -Eu chego perto dela com o maior sorriso sacana.

-Pra quem tava me evitando...

-Olha o horário. -Eu peço.

-Meia noite e três. -Ela diz com um sorriso bobo.

-E sabe o que isso significa? -Ela se faz de besta e nega. -Que agora eu não preciso esconder que eu sou louco por você. -Eu chego perto de seu rosto e selo nossos lábios. -Parabéns meu amor. -Ele sussurra.

Todo esse tempo valeu a pena e eu não me arrependo de casa segundo que eu esperei pra beijar ela.

Nossa línguas brigam por espaço em nossas bocas, meus dedos apertam a cintura dela fazendo com que a mesma fique na ponta dos pés, minha outra mão puxa levemente seus fios da nuca deixando-a com a cabeça inclinada e as mãos dela estão uma em minha cintura e a outra em meu abdômen, ambas por baixo da blusa.

Ela se separa de mim e deixa dois selinhos que particularmente me deixam meio caído por ela, ela me olha com um sorriso tímido de canto e esconde o rosto no meu peito.

-Você com vergonha? -Eu sorrio abraçando ela.

-Sim. -Ela assume rindo.

-A pessoa mais sem vergonha que eu conheço fica com vergonha só com o meu beijo? Vou levar como um mérito. -Ela se afasta um pouco.

-Só não se acha muito. -Ela faz aquela cara de deboche e entra na nova sala. -Vou tomar banho. -Ela diz.

-Seu sabonete tá lá no meu banheiro e todos os seus produtos também.

-Você comprou meus produtos? -Ela pergunta confusa.

-Não vi motivos pra não comprar, agora vai lá e eu levo as suas coisas.

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Beijos!

Ass: Madd Cavell🌺

Ass: Arthur CorradiOnde histórias criam vida. Descubra agora