CAPÍTULO XIII - MOMENTOS

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- Por que você tem tantas cicatrizes? - pergunto passando a mão por seu abdômem em uma das que estavam aparentes a minha visão naquele momento.
- A vida de um soldado é ser literalmente lascado. Já estive em uma guerra um dia, baby,eu tenho cicatrizes pelo corpo todo - ele diz.

Eu sei...

Eu já havia notado, imaginei que poderia ter sido em um ataque,mas achei melhor pergunta.
- König o que vai acontece comigo depois que tudo isso acabar? - eu pergunto. Por uns instantes notei que ele pensou em uma boa resposta. Eu também não teria nenhuma se tivesse me perguntado.
Apesar de se demonstrar um homem frio e fechado para quase tudo König parecia ter um lado afetivo e carinhoso ele me despertava curiosidade em sabe mais sobre ele eu já sentia muitas outras curiosidades que iam além de querer sabe o que tinha por de baixo daquele capuz.
- Você pode fazer suas escolhas eu não vou te prender. Você é livre mas no momento eu acho que seria bom se você fizesse tudo e eu man... - ele interrompe, limpando a garganta - bom, tudo que eu falar que tem que fazer sem fica perguntando porque já facilitaria tudo - ele diz.
Eu apoio meu queixo em seu peito enquanto presto atenção no que ele dizia.
- Está bem... - eu falo concordando.
Eu me levantando me sentando na cama.
- Preciso das minhas coisas não posso ficar andando só de roupão - eu falo pegando o roupão passando um dos braços para vesti-lo.
- Eu não reclamaria se você quisesse andar nua pela casa - ele resmunga.
Eu olho para direção dele e parecia que ele sorria pela marca que fez em baixo dos olhos.
- Talvez isso pode acontecer no momento em que você me mostrar o seu rosto - eu falo, ele ri fraco olhando sem o mínimo de resposta aparente.
Eu me levanto notando que havíamos sujado um pouco sua cama com sangue, nada mais constrangedor, era pouquíssimo mas para mim o suficiente para querer desaparecer.
Ele olha à direção que eu estava olhando.
- Não se preocupe com isso - ele diz -, tem um banheiro aqui no quarto pode usar se quiser - ele diz apontando com a cabeça em direção a porta.
Por mais que eu quisesse muito ficar me lamentando ali para ele o quanto eu estava constrangida ele literalmente não se importava pelo que notei. Também depois eu fiquei pensando em quantas vezes ele já não deveria ter passado por situações como aquela nossa. Aff... Meu peito apertando fez com que eu me autocriticasse se aquilo que eu sentia poderia ser ciúmes. Eu apenas me levanto e saio sem dizer nada e vou até o banheiro tomar um novo banho. Vendo a água cair eu sentia minha intimidade queimando e estava um pouco dolorida, mas eu estava bem feliz que tinha acontecido tudo que aconteceu e tinha rolado com alguém que eu realmente queria.
Ruth ficaria bem surpresa se eu pudesse contar.
Por um momento eu quase pude esquecer esse lado da minha vida.
Meu curso, minha única amiga que eu considerava íntima, minha casa, enfim, nossa era tão pouco mas eu não tinha nem isso mais e por uns instantes me bateu uma bad de pensar que se eu nunca tivesse saído naquela noite nada disso estaria acontecendo, mas eu também pensei que a única vantagem foi ter conhecido esse homem gigantesco e mau humorado.
Eu deixo um sorriso sair enquanto aprecio a água quente cair por minhas costas.
- Mas que merda eu não posso está gostando disso tudo, deste homem, eu não posso - eu sussuro para mim mesma levando a mão até o registro do chuveiro desligando.
Eu realmente estava tão interessada em König que a situação que eu estava vivendo já estava ficando esquecida.

Isso me deixava irritada pois eu não podia controlar, sim, eu não podia controla a porra do calor que crescia entre minhas pernas e me fazia ter vontade de foder com ele até não aguenta mais. Eu não podia controla nada disso.

- Raaaww - rosno indignada comigo mesma.
Já era madrugada e eu saí do chuveiro, me sequei e me enrolei novamente no roupão.
Meus mamilos estavam bem doloridos, mas cada parte do meu corpo me fazia ter lembranças do nosso momento.
Eu tento controla o sorriso idiota que tomava conta do meu rosto, saindo do banheiro eu pude notar que a cama já havia sido inteira trocada, König não estava no quarto, mas ele voltou depois de uns minutos que eu já estava sozinha com todas as minhas coisas.
- Você prefere ficar aqui ou naquele quarto de cima mesmo? - ele pergunta, e foi apenas isso.
- Aqui é o seu quarto? - eu pergunto.
- Não exatamente - ele responde.
- Então por mim tanto faz - eu falo, vendo ele deixando sobre a cama o que ele segurava.
- Preferia ficar no meu quarto? - ele pergunta.
Eu dou uma risada sem graça.

Lógico seu idiota.

- Não, qualquer lugar tá bom - eu respondo. Eu não sabia nem disfarçar a decepção.
Mas o que eu esperava que depois disso, nós dormisse de conchinha?
- Então você pode escolher. Eu vou precisa sair, peço que não desça no porão sozinha - ele se vira para sair - quero dizer... Não desça no porão por nada, ok? - ele diz dando uma leve encostada com a ponta dos dedos em seus olhos.

Ele não diz mais nada apenas continua a sair do quarto. Eu também não perguntei o que ele iria fazer ou para aonde iria imaginei que não era da minha conta. Ele também não tinha obrigação alguma de se explicar. Como ele havia dito que podia ficar a vontade e dormir aonde eu quisesse, sai perambula pela casa depois que me vestir.
Como eu já havia notado a casa era bem espaçosa porque era bem dividida, tinha esse quarto no andar de baixo e outros dois certamente em cima, o meu e a porta que eu havia passado. Tinha mais corredor para frente dessa porta mas eu não cheguei a ir até o final para ver.
Por pura curiosidade eu decidi subir até o andar de cima passando pelo quarto de baixo antes pegando minhas coisas.
Eu tentei abrir a outra porta que havia visto mas ela estava trancada.

- Confere que este é o quarto de König, certeza... - penso enquanto olho para a fechadura.
No final daquele corredor que tinha a frente tinha uma sala com alguns livros, uma tv grande e um pequeno bar de bebidas.

Isso é a cara de König.

Ouço um barulho de carro lá em baixo e fui até a janela puxando um pouco a cortina... lá fora chegava o Mustang que ele havia mencionado mais cedo.
Desce do carro um homem um pouco mais baixo que König, talvez o físico fosse semelhante mas ainda achava que König era bem maior que este homem. Ele entra para dentro da casa. Eu permaneci imóvel no lugar, eu já estava passeando pela casa sem precisão alguma.
Fiquei encostada na janela, as vezes olhando pela fresta da cortina. Até que passou aproximadamente cinco minutos até aquele homem sair para fora com o garoto que havia tentado me matar. Ele empurra o menino que estava amarrado com as mãos para trás e uma corrente. Empurrando ele para andar a sua frente como se fosse literalmente um cachorro, era o que parecia, ele abre a porta e empurra o menino para dentro do carro, antes que ele entrasse ele para o lado do moto motorista ele olha para cima me flagrando na janela.

Rapidamente eu saio do seu campo de visão mas não pude deixar de notar o quanto aquela situação foi estranha, ele também não tinha rosto, assim como König ele usava um tecido em seu rosto, pelo que parecia uma balaclava com um desenho de caveira n...

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Rapidamente eu saio do seu campo de visão mas não pude deixar de notar o quanto aquela situação foi estranha, ele também não tinha rosto, assim como König ele usava um tecido em seu rosto, pelo que parecia uma balaclava com um desenho de caveira na frente deixando somente seus olhos expostos.
Eu saí em passos rápidos para a direção do meu quarto me trancando lá dentro. Eu pude ver da minha janela quando o carro saiu. Respirei aliviada depois desse susto. König talvez tivesse falado que eu estava aqui por isso aquele homem não  se demonstrou surpreso com minha presença.
Eu me deito na cama e acabo adormecendo em meio a muito pensamentos.

Protegida | König - COD | Dark Romance +18Onde histórias criam vida. Descubra agora