CAPÍTULO LXI - RUTH

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Pov: Ayumi

König chegou em casa sozinho... eu estava passando uma máscara de arroz no rosto de Betty, mas eu pude ouvir o som do seu Mustang parando na garagem.
- Betty você tem uma pele incrível para sua idade, não estou te chamando de velha. Eu juro que se você não tivesse me contado sua idade eu teria dado no máximo quarenta anos para você - eu falo. Betty sorri com o elogio, neste dia ela estava meio triste, ela me contou que sua filha havia sofrido um pequeno acidente doméstico e ela estava preocupada e com sentimento de impotência por não conseguir ir até a Taiwan dar todo o suporte que a filha precisava.
- Obrigada querida - ela diz olhando a máscara em seu rosto. Era um método milenar coreano de manter a pele sempre jovem e livre de manchas.

Enquanto König estava fora nós conversamos sobre diversos assuntos, entre esses sobre o que ela viu aquele dia entre nós três. Em momento algum Betty me tratou com  indiferença em relação a isso me fazendo crer que ela era mais mente aberta do que eu podia imaginar.
Ela me perguntou como conheci König, eu apenas contei a verdadeira história de como tudo aconteceu sem rodeios.
Ela ficou indignada com a minha amiga que me deixou sair bêbada de uma casa noturna. Me fazendo repensar sobre está amizade.
Ela também me perguntou porque eu havia saído sem carro no dia, sendo que eu tinha o meu carro, eu apenas expliquei que no dia nós saímos comer alguma coisa e como eu sabia que iria querer beber eu tinha medo de dirigir e por um azar bater o carro, machucar alguém e fins, então como no lugar aonde nós jantamos antes de sair era perto de casa eu deixei meu carro em casa, na realidade o Supra era tudo que eu tinha de mais próximo do meu pai, eu valorizava o carro, talvez não era o medo de dirigir bêbada, mas sim de acabar com o pouco de lembranças que eu tinha do meu pai.

KÖNIG ENTRA...

Ele entra quieto tirando seus muitos acessórios do corpo.
- Voltou rápido - eu falo.
Ele chega perto de mim colocando a mão em minha cintura olhando para o rosto de Betty coberto por uma pasta branca de arroz.
Betty abre os olhos olhando os olhos de König que olhava para nós com julgamento nos olhos claros mas em silêncio.
- Não quero uma risada por isso, König - Betty diz rindo da própria aparência.
- Para que servi isso? - ele fica parado atrás de mim com seus quase 2metros de altura, me deixava nervosa, mas suas mãos segurando minha cintura era reconfortante.
- Servi para ficar jovem como a Ayumi - Betty ri - ou talvez quase ficar - ela completa.
- Hum... E vai demorar até acabar? - ele pergunta.
- Na... - eu respondo mas sou interrompida antes que terminasse de dizer.
- Pode ir querida, eu termino, é só esperar agora aqui quieta  - Betty diz.
- Mas vocês podem terminar, eu não estou com pressa, eu só perguntei porque preciso falar com você, ba-b... - König diz, limpando a garganta ele corrigi as palavras - , Ayumi... - ele diz.
Eu olho para ele sorrindo talvez um pouco tímida por ouvir o seu quase baby soar perto de Betty, apesar de ele ter tentado consertar Betty percebeu claramente como ele me chamava longe de todos. Talvez ela já tivesse ouvido e nós deixamos passar.
Eu apenas deixo Betty ali com a pasta no rosto.

Ao sairmos pelo corredor König caminha em direção as escadas, eu caminho junto com ele. Ele coloca a mão no corre-mão subindo ele encosta sua mão pelo meu antebraço descendo até que sua mão encontra-se a minha, entrelaçando seus dedos em minha mão.
Ele me dá uma olhadinha rápida voltando a olhar os degraus. Talvez meu rosto não escondeu que eu estava surtando por dentro por ele demonstrar o mínimo de contato físico carinhoso comigo. Era diferente essas atitudes, pois não fazia parte dele.

Segurando minha mão ele caminha até o escritório do segundo andar.
- Ghost não quis vir? - eu pergunto.
- Não, ele tinha assuntos pessoais para resolver, o deixei em casa - ele responde abrindo a porta.
- E como foi a reunião com seu superior? - pergunto curiosa.
- Bom e ruim - ele diz trancando a porta assim que eu entrei.
- Explica melhor - eu falo. Percebendo ele em frente ao computador digitando alguma coisa. Em seguida ele vem para frente da mesa depois de colocar uma playlist aleatória de música. Ele sabia que eu funcionava melhor com música pois para tudo eu usava fone se fosse possível.
Achei observador da parte dele.
- O Tenente quer te conhecer e agora infelizmente não tem para aonde eu correr, talvez tenha sido a parte boa. A ruim foi que tomei uma suspensão, advertências e vou ter que fazer serviços gerais - ele diz tirando o capuz, deixando a balaclava.
- O que são serviços gerais? - eu pergunto.
- Tudo, desde lavar banheiros, até ilustrar os sapatos dos superiores,porra - ele rosna olhando pela janela.
- Desculpa tudo culpa minha - eu falo.
Ele vira para mim.
- Não tem nada de culpa sua, foram decisões que eu tomei sem consulta ninguém, foram medidas desesperadas para ajudar ambos de nós - ele diz segurando meu rosto.
- E quando vou conhecer o Tenente? -  eu pergunto. Talvez eu estivesse mais curiosa que ele.
- Em breve... Agora no momento eu estou curioso para conhecer sua amiga Ruth à quem você tem falado sempre - ele diz me tirando uma surpresa.
- Devo chama-la para vir até aqui? - eu pergunto.
- Mas de jeito nenhum. Ela quis que você me denunciasse. Na verdade, tanto faz, eu sou a polícia também, mas não irei recebê-la em nossa casa  - ele diz dando um riso fraco.
Foi arrepiante ouvir nossa casa sair tão naturalmente por seus lábios.

Protegida | König - COD | Dark Romance +18Onde histórias criam vida. Descubra agora