No caminho do destino

CAPÍTULO 2

(MARIANA)

Demorou quase 6 meses após o falecimento da Olivia, para eu obter informação da minha mãe biológica, passei a chamar por Olivia a mulher quem me criou, pelo seu nome e não de mãe, para mim ela perdeu o titulo a partir do momento que ela me contou a crueldade que ela fez. Tenho tanta magoa dela, que nem sei se um dia eu irei perdoa-la, e com toda certeza eu sei que hoje não é esse dia, claro que posso mudar de opinião caso eu conheça minha mãe biologia e descubro que ela é uma psicopata ou uma assassina em serie, e que meu pai é um molestador de crianças, pois ai eu a perdoo em um piscar de olhos.

Nesses seis meses antes de obter qualquer informação, eu já estava ficando louca com tantos "se" e "será" por exemplo se ela ainda me ama ou se me amou? Se eu fui planejada? Será que eu tenho irmão? Será que meus pais ainda estão juntos? Será que eu fui um caso de uma noite? São tantas perguntas sem resposta.

Dois dias depois que a Olivia faleceu, eu logo fui ao hospital em que eu nasci obter informações do dia em que eu nasci, pensando que eu iria ficar sozinha em uma sala de arquivo onde eu conseguiria dar uma olhada nos outros prontuários médicos, mas vou te dizer, isso acontece apenas em filme, porque fui parrada logo na entrada e no máximo eu conseguiria via e-mail o prontuário da Olivia que era minha mãe conforme seus registros, e isso porque aleguei ser um trabalho da escola.

Minha vontade era dar o maior barraco e gritar para todos ouvirem a equipe de corruptos de merda que esse hospital tinha, que deixaram eu ser trocada ao nascer, mas eu sabia que assim não ia dar certo, porque esse hospital era minha única fonte de informação para achar o paradeiro da minha mãe biológica, e sei lá vai que os corruptos estejam ainda trabalhando no hospital e decidem apagar os registros do dia em que eu nasci, porque hoje eu não duvido de mais nada.

O jeito mesmo seria contratar um detetive, mas eu precisava de dinheiro para conseguir pagar serviço, então eu tive que esperar ser lido o testamento da Olivia, como se ela tivesse rios de dinheiro para ter um testamento, até depois de morta ela ainda tenta manter as aparecias. Demorou um mês para ser lido esse bendito testamento, parece que ela fez de caso pensado pois sabia que eu ia precisar do seu dinheiro e enrolou tanto essa merda, acho que para ter o gostinho de infernizar um pouco mais a Vanessa.

É claro que eu não poderia usar o serviço do detetive e mandar a conta para o meu pai pagar, ele logo iria brigar comigo porque raios eu queria um detetive, até eu inventar uma mentira eu iria acabar ficando de castigo para sempre. E para minha surpresa a Olivia deixou todos os seus bens para mim, o que foi um espanto ela não ter deixado nada para as suas duas irmãs que ela dizia tanto amar, e o que as deixaram revoltadas, e nem foi tanto dinheiro assim para elas ficarem bravas, porque ela usou quase tudo que tinha no seu tratamento, ficando para mim o carro o apartamento em que morávamos e o restante de dinheiro que estava na sua conta corrente, o que para mim com 15 anos já era muita coisa.

Ainda assim o dinheiro demorou uma semana para ser liberado, logo que tive acesso ao dinheiro, fui  atrás de um detetive, mas eu estava em uma maré de azar porque ninguém queria prestar serviço a uma menor de idade, todos queriam autorização dos pais ou até mesmo falar com um deles, o que não era uma opção para mim nesse momento. Já estava quase desistindo do detetive, e minha ultima opção seria um hacker, para invadir o sistema do hospital, o motivo dele ser a ultima opção era e se ele fosse pego invadindo, eu não estava afim de ir parar atrás das grades.

Passando outra semana eu já estava quase me convencendo a me arriscar com o hacker, o detetive Sr. Augusto um dos primeiros que entrei em contato, me ligou dizendo que aceitaria fazer a investigação, acredito que ele estava meio que precisando do dinheiro, o que para mim foi uma vitória e fiquei muito feliz. Mas esse picareta me enrolou por 4 meses, eu ligava para ele quase todos os dias, mas ele me respondia sempre com a mesma ladainha, que ainda não tinha nenhuma informação.