CAPÍTULO 10

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(Deborah)

O que a Mariana não me pede sorrindo que eu não faço chorando. Ter que leva-lá ao aniversário do seu pai, e ainda por cima apresenta-lá aos meus pais. Não que terá quaisquer problema com eles, mas gostaria de ter tido um pouquinho mais de tempo.
- Mãe sabe o que é...- diz a Mariana, estamos dentro do meu carro em pleno sábado de manhã, onde meu humor está péssimo devido eu odiar acordar cedo no final de semana, e para ajudar estamos indo com destino a campinas e quando ela começa com esse papo de sabe o que é, já sei que vem bomba - Bem que você poderia ir junto comigo no aniversário do papai.
- O quê?! Nem pensar - só a Mariana mesmo para me pedir um absurdo desse.
- Mas mãe, eu não conheço ninguém lá, vou me sentir sozinha - diz fazendo um biquinho tão fofo, mas não adianta não vou cair nessa sua chantagem emocional, por mais que eu queira fazer todas suas vontades mimala além do limite, isso já é pedir demais.
- Você conhece seu pai que é a pessoa principal da festa, e acredito que a maioria das pessoas que estarão lá são seus familiares, e duvido muito que você se sentirá sozinha, provavelmente você será mais o centro das atenções do que seu pai.
- Mas eu ainda queria você junto comigo para me proteger - meu deus, minha filha sabe pegar pesado quando quer alguma coisa.
- Filha não tenho a menos dúvida que todos te receberão muito bem, e seu pai estará lá para fazer a sua "proteção" - faço aspas com as mãos, e volto a segurar o volante e chamo minha própria atenção de não soltar o volante quando estiver com ela.
- Ao menos me diz que vai pensar então
- Sinto muito filha, mas não tenho que pensar, minha resposta é não.

Chegamos na casa dos meus pais, e noto que está tudo fechado, e normalmente eles já estão acordados nesse horário, o portão está trancado, toco a campainha, e como já esperava ninguém atende.
- Será que tem alguém? - pergunta a Mariana.
- Acho que não, o carro do meu pai não está na garagem - digo olhando pela fresta do portão.
Pego meu celular, e ligo no celular da minha mãe, porque estou achando que eles foram ao mercado ou algo assim.
- Alô! - ela atende.
- Mãe, estou em frente a sua casa onde vocês estão?
- Estamos na praia, junto com a sua tia na casa da praia dela - estranho minha tia nunca deixa de abrir sua loja ainda mais no final de semana, onde tem grande movimento de clientes.
- E a loja? - pergunto.
- Ah eu não te contei, ela vendeu, decidiu se aposentar.
- Hum - digo, como eles não estão aqui, não tenho muito o que fazer nessa cidade, vou deixar a Mariana com o seu pai e vou embora, depois ele a leva em casa.
- Se eu soubesse que você viria em casa nós não teríamos vindo, como você não avisou nada.
- Sem problemas mãe foi de última hora que decidi.
- Espera agente, amanhã no final da tarde, já estaremos em casa.
- Vou ver o que eu faço.
- Espera filha eu e seu pai estamos morrendo de saudades de você.
- Tudo bem, vou ficar em um hotel e esperar vocês, beijo mãe.
- Beijos - e desliga o telefone.

- Meus pais estão na praia e só voltam amanhã, vou ficar no hotel, e você fica na casa do seu pai, amanhã a tarde eu passo lá e te pego.
- Ah não mãe, não vou deixar você sozinha em um hotel, vou ficar junto com você.
- Não precisa querida, vou me encontrar com alguns amigos, não vou ficar completamente sozinha - MENTIROSA! minha consciência grita, pois não mantive nenhum amigo aqui nessa cidade.
- Tá bom - ela responde não muito convencida.

Chegamos na casa do sr. Charles e noto que não houve nenhuma mudança, até a cor da casa continua a mesma, apenas a preservaram. Assim que saímos do carro e nos direciona-mos ao portão para apertar a campainha, o portão da garagem se abre e uma Land-Houver saí, com os vidros escuros não dava para saber quem estava dentro do carro. Logo o vidro se abaixa e conseguimos visualizar o Breno conduzindo junto com seu pai no passageiro.
- Filha! Vocês chegaram cedo - diz o Breno descendo do carro.
- Oi pai - a Mariana praticamente corre ao seu encontro e se joga em seus braços.
- Oi pequena, pensei que vocês chegariam mais tarde.
- Os meus avós, não estavam em casa, eles estão viajando e só voltam amanhã.
- Ah, oi Deborah como vai? - me cumprimenta com seu sorriso lindo, onde fico babando nessa sua boca maravilhosa, demorou até um pouco para responde-lo.
- Vou bem, obrigada, e você?
- Bem também- Nisso o senhor Charles desse do carro e vem ao nosso encontro, noto que envelheceu bastante e seus cabelos já estão todo branco.
- Olá, como vai sr. Charles? - o cumprimento com aperto de mão.
- Eu vou bem querida Deborah, quanto tempo.
- Verdade - digo sorrindo, ele olha a Mariana e pergunta.
- E quem é essa mocinha linda? - Finge desintendido, porque pelo seu olhar o Breno já deve ter contado a ele.
- Essa é a Mariana, sua neta - diz o Breno.
- Oi vovô - diz a Mariana e estende a mão para cumprimenta-lo, ele a puxa pela mão.
- Vem cá pequena Hellen e da um abraço no seu avô - e ela o abraça - Você é muito parecida com a sua avó.
- O papai me disse - ela sorri, e se mantém abraçada a ele.
- Por isso você é a pequena Hellen para mim - ele diz, eu seco minhas lágrimas, onde estou bastante emocionada.
- Esse era para ter sido o meu nome a mamãe falou - o sr. Charles e o Breno me olham.
- Sério? - pergunta o Breno.
- Sim - murmuro.
- Eu iria adorar te me chamado Hellen - e todos nós damos um sorriso amarelo, pensando igualmente, que nos foi tirado essa e muitas outras oportunidade.
- Ah, feliz aniversário pai - ela solta do seu avô, e volta abraçar seu pai.
- Obrigado pequena.
- É verdade filho eu tinha esquecido de te dar um abraço, parabéns - sr. Charles o abraça, a Mariana e o sr. Charles olham para mim esperando eu o parabeniza-lo, e para não ficar um clima estranho, também o abraço.
- Parabéns Breno - e sinto seu cheiro que me deixa embriagada o cheiro que faz o meu corpo arder em chamas.
- Obrigado Deb - susurra em meu ouvido, onde me deixa toda arrepiada, sinto que ele aperta minha cintura com suas mãos como se não quisesse me soltar, mas isso deve ser coisa da minha imaginação.
- Vejo que vocês estavam de saída, se quiserem posso trazer a Mariana mais tarde - digo
- Não, estávamos saindo para tomar café, como as empregadas estão bastante ocupadas com os preparativos da festa, decidimos tomar café fora e não dar mais trabalho para elas - diz o Breno - E vocês já tomaram café? Gostariam de ir com agente?- ele pergunta.
- Já tomamos, mas me deu uma fominha - diz a Mariana alisando a barriga
- Então vamos alimentar você minha pequena.
- Eu agradeço, mas ainda terei que encontrar um hotel - digo
- Vovô será que a mamãe não poderia ficar comigo em sua casa, não quero deixa-lá sozinha em um hotel - eu tenho vontade de matar a minha filha quando ela fala isso, e colocar ela de castigo por uma semana, penso possessa.
- Claro que pode - ele diz olhando pra mim - Minha casa estará sempre de portas aberta para receber você Deborah.
- Eu agradeço sr. Charles, mas...
- Então está decidido você fica, e não se fala mais nisso - ele me corta, não deixando espaço para argumentação.
- Eu agradeço então - murmuro.
- Venham vamos todos em meu carro tomar café - diz o Breno, e segue ao seu carro
Quando noto o sr. Charles entrando no banco traseiro, dou logo a volta no carro para sentar ao seu lado, nem morta vou na frente com o Breno. Quando eu abro a porta a Mariana diz.
- Mãe, deixa eu ir atrás com o vovô, quero conhecer ele melhor
- Isso mesmo Deborah deixa eu conhecer a minha pequena Hellen melhor - mas que merda penso, duas semanas de castigo para você dona Mariana, abro a porta e sento no banco da frente ao lado do Breno que me olha e eu lhe dou um sorriso amarelo.

No caminho do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora