(MARIANA)
Eu entrei em desespero e chorei bastante ao ver minha mãe e meu pai sendo algemados e conduzidos para delegacia. Eles não mereciam estar passando por isso, é onde me deixa ainda mais entristecida.
Um pouco depois o tio Leo apareceu, e conseguiu me confortar, onde ficou me fazendo companhia, tomei alguns medicamentos que as enfermeiras me deram, que por sinal me deu bastante sono.
Acordei com o som da voz do meu tio Bruno.
- Tio Bruno – digo meio grogue.
- Oi princesa, que susto você nos deu hein.
- Cadê meu pai e minha mãe? Ainda não saíram da delegacia? – pergunto ao notar pela janela que já havia anoitecido.
- Ainda não, esses processos demoram, até ser tomado o depoimento de todos leva bastante tempo.
- Mas eles não vão ser presos né?!
- Claro que não – ele responde, mas da um olhar estranho para o tio Leo.
- O que foi? O que vocês estão escondendo de mim?
- Não estamos escondendo nada Mari – responde o tio Leo
- Eu vi o olhar que vocês trocaram, seja o que for eu quero saber – digo, já meio que amedrontada esperando o pior.
- Eu não queria te contar para você não criar expectativas e pensar de forma errada, mas é que seus pais estão muito cansados, e da delegacia ele estarão indo para o apartamento do seu pai para descansar, já que mais próximo aqui do hospital.
- Sozinhos? – pergunto com um sorriso.
- Viu só, por isso que eu não queria te contar sua pestinha, você já esta criando expectativa – e me da um beijo na testa – Você está bem princesa? Esta sentindo alguma dor?
- Não, só com bastante sono.
- Então descansa, quando você acordar seus pais já estará aqui – não precisa de muito e então eu volto a dormir.
Acordo e vejo o vovô, sentado na cadeira me observando.
- Vovô!
- Você acordou minha linda, como esta se sentindo.
- Bem, cadê o tio Leo?
- Ele foi pra casa descansar um pouco e eu fiquei aqui para bajular um pouco minha neta favorita. – e faz carinho com as costas da mão em meu rosto na parte em que não esta ferida.
- Eu sou sua única neta vovô, claro que sou a sua favorita – digo rindo - Cadê meus pais? Não chegaram ainda? – ele percebe minha ansiedade, pois meus batimentos cardíacos disparam no raio desse aparelho que fica apitando toda hora.
- Ei se acalma, logo eles estarão aqui.
- Eles estão demorando tanto – resmungo, mas logo penso se eles estão sozinhos no apartamento do meu pai, esta demora deve significar alguma coisa boa né, sorrio pensativa.
O vovô me ajuda a tomar o meu café da manhã, chega a fazer até uns aviõezinhos com a colher me fazendo cair na gargalhada, não sei por que todos gostam de me tratar como uma criança, mas não vou negar que me sinto muito amada com o gesto em si. O momento tão esperado acontece meus pais chegam e eu respiro em alivio em velos aqui comigo.
- Como está minha bebezinha? - pergunta minha mãe, e vem me dar um beijo, não deixo de notar que ela esta com uma aparência bem cansada, assim como meu pai.
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No caminho do destino
RomanceO que você faria, se o seu bebê que você acreditou ter morrido ao nascer, bate em sua porta quinze anos depois?