CAPÍTULO 18

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(BRENO)

Foi tudo uma confusão dos infernos, até o policial declarar voz de prisão para mim a Deborah, e o casal de filhos da puta.

- Eles não fizeram nada, eles são inocentes – arqueja minha pequena apontando para mim e sua mãe.

- Vai ficar tudo bem pequena – e dou lhe um beijo em sua testa – logo estaremos de volta.

- Você não passa de uma filha ingrata Mariana, o que fiz de tão mal para você estar agindo assim? – o maldito Miguel fala.

- Esse é o ponto da questão, o que você deveria ter feito e não fez – minha pequena o responde.

- Soldado Silva e Soldado Ferreira vocês dois ficam aqui nos hospital escoltando o casal machucado até que sejam verificados seus ferimentos pelo médico, e os encaminhe para delegacia assim que liberados – o tenente determina.

- Sim senhor – ambos respondem

- E vocês dois irão comigo e o sargento Peres – diz apontando para mim e a Deborah, e algema a nós dois e passa recitar nossos direitos, onde eu nunca pensei que um dia eu estaria ouvindo.

- Você está preso, tem o direito de permanecer calado, tudo o que você disser poderá ser usado contra você no tribunal. Você tem o direito de ter um advogado presente durante qualquer interrogatório, se você não puder pagar por um advogado, um defensor publico, lhe será indicado. Você entende os seus direitos?

- Sim – respondo.

- NÃO! – a Mariana grita chorando e tentando se levantar da cama.

- Calma bebê, tudo vai ser resolvido meu amor, logo estaremos de volta – a Deborah tenta acalma-la, mas é visível que ela esta envergonha em ser algemada em frente nossa filha, pois estou me sentindo da mesma forma.

Somos conduzidos até a viatura, no percurso as pessoas ficam nos olhando, achando que não passamos de criminosos. O Tenente abre a porta traseira, fazendo que eu e a Deborah entremos dentro do porta malas, e fecha a porta com força.

- Nunca andei em uma viatura na minha vida, quem dirá na parte traseira – digo aos sussurros para a Deborah.

- Eu já – ela responde me surpreendendo drasticamente.

- Como é que é? Quando isso?

- É uma longa historia depois eu te conto...- o Tenente a interrompe gritando para agente calar a boca.

Assim que chegamos à delegacia, o delegado estava atendendo outra ocorrência que estava na frente, então tivemos que aguardar sentados em um banco em frente à sala dele, com dois policiais fazendo a vigilância, aproveitei esse tempo e liguei para o meu advogado que tem especialização criminal e a Deborah para o dela que esta a par do caso da nossa filha.

Foi tomado nosso depoimento, primeiro o da Deborah e depois o meu, onde relatei tudo o que eu sabia, todo o ocorrido desde o nascimento da minha pequena até a cena no quarto do hospital.

Não muito tempo depois eu vi o casal de merda chegando e para ser tomado o depoimento deles, nesse momento nem eu e a Deborah usávamos mais algemas, só que fiquei bastante indignado ao ver que o casal de merda quando chegou não usavam as malditas algemas como eu e a Deborah, tivemos que usar.

Já tinha anoitecido quando o nossos advogados vieram nos informar o que tinha sido determinado, pelo delegado.

- Eu tenho uma boa e uma má noticia para vocês – Meu advogado Samuel de Alencar informa.

No caminho do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora