CAPÍTULO 17

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(DEBORAH)

Peguei um transito terrível até chegar no hospital, assim que entrei nele às pressas encontrei o Breno no balcão de informações.

- Breno! – o chamo

- Deb, que bom que você chegou. Vamos?! nossa filha esta no quarto 409.

- Sim vamos – e nos direcionamos ao elevador.

- Deb, não querendo te preocupar mais , mas acho bom você saber que a Mariana saiu hoje da UTI e foi para o quarto, pelo que a recepcionista informou.

- Meu deus, o que nossa filha tem Breno?! – E desabo a chorar, ele vem e me abraça.

- Eu não sei, ela me falou que apenas o médico pode nos dar maiores informações... Ela esteve desacordada desde domingo à noite – e eu choro em seu peito, ainda me mantendo abraçada a ele.

- Minha filha – soluço em meu choro.

- Se acalma Deb, nós temos que ser forte por qualquer situação que seja, não podemos demostrar desespero perto dela – nisso chegamos ao andar do seu quarto, eu me afasto dele e seco minhas lágrimas e tomo algumas respirações para me acalmar.

- Você esta certo.

Seguimos caminho até o quarto 409 e bato na porta para anunciar a nossa entrada, quando eu abro a porta o choque me toma, minhas pernas amolecem, me apoio no Breno para me equilibrar.

Ela esta irreconhecível, seu rosto esta visivelmente machucado. Ela tem um curativo no nariz e na cabeça, a perna direita e o braço esquerdo estão engessados, e ela esta dormindo. Eu olho para o Breno e o seu olhar é o mesmo que o meu de negação e preocupação, eu vou ao lado dela e seguro sua mão e dou-lhe um beijo em sua testa no espaço onde não tem ferimento.

- Filha o que aconteceu com você?! – eu penso alto

- Mãe! – ela diz ao acordar e olha para o seu outro lado da cama e encontra o Breno – Pai!

- Sim pequena, nós estamos aqui – diz o Breno e a beija em sua testa no mesmo local que eu beijei.

- Me perdoa pai, por tudo que eu disse? – e começa a chorar e me corta o coração, onde tento ao máximo segurar minhas lágrimas – Você ainda me ama? Porque eu te amo muito pai.

- Ei, não tem nada que te perdoar, eu que tenho que te pedir perdão por não ter acreditado em você e isso eu te garanto minha pequena nunca mais vai se repetir eu te dou a minha palavra. E outra, eu nunca deixe de te amar nem por um milésimo de segundos, e eu também te amo muito, mais que tudo nessa vida – é visível que ele também está bastante emocionado e se controla para não chorar.

- Então vamos esquecer tudo o que passou – eu digo – O que aconteceu com você filha? Você sofreu um acidente? – ela tenta se ajeitar na cama, mas os movimentos a fazem gemer de dor, e eu consigo ver as ataduras em suas costelas que também foi machucada.

- Mais como uma tentativa de homicídio – ela responde

- O quê? – eu e o Breno perguntamos , como se não tivéssemos escutado direito.

- É uma longa história – ela diz

- Nós temos todo tempo do mundo – diz o Breno.

Então ela passa a nos contar tudo o que ela passou nas mãos da Vanessa esposa do Miguel desde quando ela era criança, todas as agressões com a Olivia tirando proveito da situação para extorquir mais dinheiro do Miguel e a mandando para casa dele todas as vezes que precisava de mais dinheiro. Eu não me aguento e passo a chorar por saber que minha filha, minha bebezinha passou por tudo isso, o Breno parece inquieto e se movimenta muito pelo quarto.

No caminho do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora