XVII

35 7 4
                                    

— Me explica de novo como você acha que isso vai dar certo?

Billie disse ao meu lado no lado do passageiro. Estava olhando para a enorme fila do lado de fora do Brew Lounge enquanto coçava a peruca rosa curta.

— Eu tenho uma identidade falsa, lembra? Vira pra cá — pedi e fiz uma careta, a peruca estava totalmente torta. Comecei a ajeitar a peruca sentindo os olhos os olhos azuis. Ela tinha olhos como o céu do meio do inverno. Eu adorava como seus olhos curiosos fixavam em mim da melhor maneira possível.

Acabou que Levi me ligando e nos interrompendo mais cedo, acabou que foi útil. Eu não sei o que poderia ter acontecido se ele não tivesse ligado, mas quando Billie falou que Finneas se apresentaria aqui, eu imediatamente lembrei de Levi porque sabia que ele tinha como mexer uns pauzinhos e nos colocar lá dentro.

— Mas eu não tenho uma.

— Você está comigo, relaxa — ela suspirou. — Billie, qual é. Para de mexer na peruca, vai bagunçar tudo de novo.

— Está coçando, Jo — ela continuou mexendo nela. — E por que eu tenho que usar isso? Não vou parecer mais velha parecendo um Troll.

— A peruca não é pra você parecer mais velha, é pro caso da gente esbarrar com seus pais ou Claudia — expliquei. — Agora, será que dá pra gente entrar antes que o show do Finneas acabe?

— Ok, vamos fazer isso — ela suspirou mais uma vez e assentiu, estava tentando tomar coragem olhando para a fila do lugar. — Eu só espero que a gente não vá presa.

— Medrosa — eu ri e a trouxe para o meu lado quando Billie deu a volta no carro e se aproximou. Passei meu braço pelo pescoço dela e a menor enlaçou minha cintura. Andamos até o começo da fila. Várias pessoas começaram que estavam nela começaram a reclamar.

— O que 'tá fazendo, Jo? — Billie sussurrou e me apertou um pouco mais contra o seu corpo.

— Shh — falei pra ela e olhei para o homem forte sentado em frente as portas do local. — Hey, eu sou a Jo. Amiga da faculdade de Levi. Ele disse que ele falou com você que a gente ia vir aqui — amostrei a minha identidade e o homem me olhou de cima à baixo algumas vezes e olhou para o documento mais outras. Por fim assentiu e me entregou.

— E a sua amiga aí não tem documento não?

Senti Billie ficar tensa com o olhar do homem sobre ela.

— Ela esqueceu os documentos no campus, cara. Qual é, deixa essa passar, vai?

O homem pareceu pensar por uns minutos, mas acabou cedendo. Ele assentiu para um outro homem branco que parecia uma árvore e ele abriu a porta para que entrássemos. As pessoas da fila voltaram a reclamar. Entramos.

— Como você faz isso?

— Isso o quê? — eu sorri, ainda meio abraçada a ela do lado de dentro da arena. Dava pra ouvir o irmão dela cantando já enquanto andávamos.

— Mentir tão bem. Se fosse comigo, na primeira pergunta eu já teria estragado tudo.

— Você fica melhor com o passar do tempo — ergui os ombros. — Esse segurança é primo do Levi. Ele devia uns favores e eu aproveitei isso.

— Obrigada, Jo. De verdade.

— Por ter mentido?

— Isso também... — ela riu um pouco. — Mas principalmente por ter me trazido aqui. Você sempre me surpreende.

— De uma maneira boa, eu espero — coloquei as mãos no bolsos, de repente sentindo elas começarem a tranpirar.

— Sempre — ela sorriu e pegou a minha mão.

Renegade (b.e)Onde histórias criam vida. Descubra agora