27(Bicho papão)

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𝓗𝓸𝓹𝓮 𝓛𝓲𝓵𝓲𝓪𝓷 𝓟𝓸𝓽𝓽𝓮𝓻

Draco entra na sala com seu braço enfaixado. Ele me olha fixamente por alguns segundos, mas logo é  quebrado quando Pansey entra na frente dele, só então eu percebo que prendi a respiração.

— Como vai o braço, Draco? Sente dor?

— Sim. — Da de ombros. — Professor, vou precisar de ajuda pra cortar as raízes de margarida, porque o meu braço...

— Weasley, corte as raízes pro Malfoy. — Disse Snape sem erguer a cabeça, Draco para na mesa ao meu lado.

— Professor, não pode ser a Hope?

— Ela vai enfiar a faca no seu outro braço. — Berrou Goyel do fundo da sala fazendo um coral de gargalhadas se espelhar. Sorrio fraco.

— SILÊNCIO! — berrou Snape tão alto quanto as risadas e todos calam a boca. — Senhorita Potter, poderia por gentileza, ajudar seu colega a cortar as raízes?

— Sim senhor. — Digo e pego as raízes pra cortar pacientemente.

— Professor Snape! Ela está esquartejando minhas raízes. — Abro a boca indignada olha do nos seus olhos cinzas e pra sua cara de pau.

— Eu vou esquartejar você, seu ingrato!

Todos riem novamente quando eu aponto a adaga em direção ao seu rosto. Inclusive ele.

— Você iria sentir saudades! — Reviro os olhos focando nas minhas raízes agora. — Professor, agora eu preciso descascar o pinhão.

A malícia e diversão na sua voz me faz lançar adagas com os olhos. Isso só o faz sorrir ainda mais.

— Potter...

— Sim senhor. — Respondo antes que ele termine de falar. Descasco o mais rápido que consigo e tento focar no meu, já que graças a ele, estou muito atrasada.

Ei, Harry – disse Simas Finnigan, se curvando para pedir emprestada a balança de latão de Harry que está pouco mais a frente –, você já soube? No Profeta Diário desta manhã, eles acham que avistaram Sirius Black.

Onde? – perguntaram Harry e Rony depressa. Do lado oposto da mesa, Draco também ergueu os olhos, escutando a conversa tão atentamente quanto eu.

Não muito longe daqui – respondeu Simas, parecia excitado. – Foi visto por uma trouxa. Claro que ela não entendeu muito bem. Os trouxas acham que ele é apenas um criminoso comum, não é? Então ela telefonou para o número do plantão de emergência. Mas até o Ministério da Magia chegar lá, o Black
já tinha sumido.

– Não muito longe daqui... – repetiu Rony, lançando a Harry um olhar sugestivo. Ele se virou e notou que Draco os observava, atento.

– Que foi, Draco? Precisa que eu descasque mais alguma coisa? - Pergunto erguendo uma sobrancelha.

Mas os olhos do loiro brilham de malícia, mas ele disfarça bem, e agora seus olhos estão fixos em Harry. Ele se debruça na mesa para que seja ouvido mais a frente

– Está pensando em apanhar o Black sozinho, Potter?

– Acertou! – respondeu Harry
displicentemente.

𝔸 𝔾𝕒𝕣𝕠𝕥𝕒 𝕊𝕠𝕟𝕤𝕖𝕣𝕚𝕟𝕒 (𝒓𝒆𝒆𝒔𝒄𝒓𝒆𝒗𝒆𝒏𝒅𝒐)Onde histórias criam vida. Descubra agora