Capitulo Nove - Objeto de Sorte

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“São as pessoas normais
que me assustam.”
The last of us.

°Las Vegas, Nevada

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°Las Vegas, Nevada.

    Tinha um garoto da oitava série, achava ele o mais bonito de todos. Eu queria ser namorada dele. Eu era bem bobinha nessa questão de relacionamentos. Naquela época, achava que a primeira vez que iria gostar de alguém, nós iríamos namorar depois iríamos nos casar e viver felizes para sempre.

    Só que aparentemente esqueceram de me contar que o feliz para sempre não existe. Naquela mesma época eu tomei coragem e fui até ele, o garoto de olhos castanhos claros, cabelos pretos. Eu estava animada, sentia borboletas no meu estômago quando disse que achava ele bonito e sim, eu convidei ele para tomar sorvete comigo.

    E ele aceitou, acho que foi tão inesperado para mim. Eu estava feliz porque ele tinha aceitado, mas também já tinha pensado que ele poderia me dispensar.

    Quando estuda em um lugar com muitas meninas brancas e você não tem ninguém para se espelhar é difícil achar uma beleza em você mesma.

    Então praticamente as coisas não eram tão fáceis para mim igual era para as outras. Agora percebo que desde pequena minha vida é uma tragédia ocasiona uma trás da outra, é cômico que a tragédia fatal ainda não tenha acontecido comigo, isso é até interessante para minha própria situação no momento.

    Mas voltando para o dia que eu iria para a sorveteria com o primeiro garoto que chamou minha atenção, não foi uma das melhores sensações. Quando entrei no estabelecimento ele estava lá, mas não estava sozinho. Estava com a garota loira de olhos azuis da nossa sala, não tinha nada contra ela, mas ela parecia ter muita coisa contra mim. Doeu ver eu sendo trocada com tanta pouca idade naquela época. Eu nunca tinha passado por aquilo e ver que as pessoas não ligavam para os sentimentos alheios me fez se sentir boba ao enteder que eu era a burra da história.

    Ele podia ter falado que não queria sair comigo, assim pouparia a humilhação de vê-lo com a garota que me odiava sem motivos algum. Eu pensei que nunca superaria o que tinha visto. Talvez eu não tivesse se garoto bem mais velho do que eu não me oferecesse sorvete grátis.

    Eu já o conhecia, ele trabalhava na sorveteria e eu ia lá várias vezes. Naquela época, ele deveria ter uns dezesseis ou dezessete anos. Ele me disse que não era para eu ficar triste, a única pessoa que estava perdendo era o garoto que tinha me magoado.

    Eu não chorei naquele dia, só me senti insuficiente, que provável seja pior do que derramar lágrimas. Talvez o moço que trabalhava naquela sorveteria fosse meu anjo da guarda que me fez se sentir um pouco melhor.

Última Chance Para Se SalvarOnde histórias criam vida. Descubra agora