Capítulo Dezesseis - Jaula

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"Muitos odeiam a tirania apenas
para que possam estabelecer a sua."
Platão.

°São Francisco, Califórnia

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°São Francisco, Califórnia.

    A voz me fez ficar completamente parada, poderia dizer até congelada se é que isso fosse possível. Não esperava que alguém tivesse tão de olho em mim ao ponto de me pegar preste a fazer algo nas escondidas.

    Devia ter entendido bem antes que era lógico que Loukamaa não iria me deixar aqui sozinha sem que alguém pudesse estar de olhos bem abertos para que a qualquer gafe que eu cometesse pudesse ser rapidamente corrigida antes que algum estrago maior e eminente pudesse ocorrer.

    Respirei fundo, decepcionada.

    Não tinha nada com que eu pudesse me preocupar, eu não tinha tocado no telefone, as minhas digitais não estavam lá se aquela voz quisesse me dedurar, não haveria provas o suficiente.

     Pelo menos era o que estava pensando.

    Bem devagar, comecei a virar a cadeira em direção a voz que me fez ficar parada. Meus olhos foram direto em seu rosto para saber quem seria a maldita pessoa que havia estragado meu futuro — não planejado — plano.

     Sua pele era tão clara, quase pálida. O rosto era bem desenhado, os lábios finos porém estavam cheio de gloss cor de rosa que dava a impressão de serem maiores. Os olhos eram grandes da cor azul. Mas era um azul bem mais claro em comparação aos olhos de Joalin ou a de Josh.

    Seu cabelo estava solto e era bem curto, na altura de seu pescoço e era tão claro quanto a neve. Sua altura deveria ser do meu tamanho. A mulher usava uma calça beje jeans, uma regata branca e por cima um colete preto.

    — Falo por todos nós que temos que tomar muito cuidado aonde colocamos nossos telefones — ela comentou com uma voz suave — Você deve ser a Any. Como tinha pensando. Nada demais pessoalmente e nada demais mais nas fotos que tiraram.

    A forma que as palavras saíram de seus lábios me irritou facilmente.

    Mas a mulher de cabelos curtos me deu uma boa informação. Eles tinha fotos minhas.

    Isso parecia ficar pior a cada instante que o meu ser continuava nessa central.

    Já estava na hora de fugir daqui enquanto havia tempo. Antes que qualquer uma dessas pessoas pudessem descobrir qual era a minha verdadeira missão.

    — Não pensei que fosse tímida — disse com uma leve risadinha. — Para enganar e dar trabalho ao agente Beauchamp você foi boa. Mas para abrir a boca e falar comigo... talvez tenha medo?

    Não escondi minha expressão do que estava pensando sobre a mulher na minha frente.

    — Quer que eu te trate como tratei ele? — perguntei por fim.

Última Chance Para Se SalvarOnde histórias criam vida. Descubra agora