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|| Gabriel Donato ||

– Quer um balde?- Thiago chega perguntando e eu o olho sem entender. Ele aponta pra morena.– Pelo menos disfarça!

– Não sei o que tenho que disfarçar.- Dei de ombros e bebi do meu copo.

– Ainda bem que te conheci ontem né?- Fala debochado.– Tá na cara!

– Não tem nada pra tá na cara irmão.- Falei rindo.

– Então tá bom, vou fingir que tô acreditando nesse seu teatro!- Falou e eu dei um sorrisinho, mas não assumindo nada.

Ficamos ali conversando depois de eu trocar de assunto e uns minutos depois ele foi atrás da Valentina.

– Oi, tudo bem?- Uma loira chegou no lugar dele.

– Eai, tudo e contigo?- Dei um sorriso.

– Tudo ótimo!- Fala sorrindo também.– Tá sozinho ou acompanhado?

– Sozinho.- Fiz biquinho me fazendo de triste.

– Não acredito que deixaram um lindo desses sozinho!- Deu risada.– Helena, prazer!

– Gabriel, o prazer é todo meu!- Pisquei pra ela.

– Mas aí, rola ou não rola?- Apontou pra nós dois sorrindo safada e eu ri.

Aproximei mais dela e puxei o pescoço da mesma, beijando ela em seguida. Ela puxou os cabelos da minha nuca e desceu a mão para o meu pau, apertando o mesmo.

– Eu até ia esperar o beijo terminar e tal. Mas daí vocês começaram a se comer aí!- O Matheus falou interrompendo, depois de coçar a garganta.

– Então...- Fiz sinal pra ele prosseguir rápido, já que o mesmo havia me interrompido.

– Estamos todos indo embora, vai ficar?

Jamais, tô correndo de ficar em balada atrás de mulher. Então só neguei com a cabeça e me despedi da menina com um selinho.

[...]

Acordei em uma ressaca fodida. Mas hoje era domingo, consequentemente dia de almoço com meus pais e os amigos deles.

Marina já tinha me mandado horrores de mensagens perguntando onde estou, então não me dei nem o trabalho de perguntar se ela ia precisar de carona.

Me arrumei rápido antes que a dona Gabriela começasse a encher o meu saco. Nem retornei as ligações da mesma.

– Aposto que aquele filho de uma parideira encheu o cu de cachaça ontem e agora tá lá na cama morrendo!- Ouvi minha mãe falar quando entrei na casa do meu padrinho.

– Acredito que o tal filho de uma parideira seja eu.- Debochei abraçando a mesma.– Bom dia mãe, tá bem?

– Não me faça te bater que a minha paciência ficou lá em casa.- Falou me empurrando.– Esse teu telefone só serve pra responder essas meninas que tu sai enfiando? Porque eu te liguei muitas vezes, e nem pra me atender tu serviu!

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