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|| Biatriz Lacerda ||

Que o Gabriel é lindo, não podemos negar, todo mundo já sabe. Mas ele jogado bola, meus amigos. Um chuchu!

Eu sempre fui da parte das meninas que gostam de futebol, felizmente nasci com o esse dom. Mas não posso negar que isso aqui é uma obra de arte, quase um museu.

– Gente, que vista em!- Valentina falou me fazendo rir, mas concordei.

– Fala não amiga, tô fascinada!- Marina falou se abanando de brincadeira.

Ficamos o jogo todo nessa, mesmo prestando atenção no jogo em si. E quando o jogo acabou, os meninos vieram pra nossa volta.

– Pode falar que os pais são bons!- Matheus falou quando chegou. Eles tinham ganhado de 3 a 1.

– Boa mesmo é a vista daqui, aquele goleiro é um pitel.- Marina falou fazendo ele ficar caladinho e eu olhei pra Valentina e ri.

– Oi pra você também linda, dormiu comigo?- Gabriel falou se aproximando.

– Oi!- Sorri.– Até que você joga direitinho né?

– Direitinho não, o pai da aula!- Piscou.– É só um dos dons que eu tenho.

– Não achei tudo isso, acredita?- Falei o olhando de cima abaixo segurando um sorriso.

– Não é bem isso que eu lembro.- Fala coçando a barba fingindo pensar.– Lembro de tu concordando que eu sou realmente bom.

Ele dá um sorriso malicioso e eu coloco a mão no rosto, com certeza mais vermelha que um pimentão.

– Quando foi que eu dormi e esse romance todo começou?- Duda perguntou apontando para nós dois.

– Não sei que romance.- Falei sorrindo e o olhando.

– Fala sério!- Raphael falou e eu revirei os olhos.

[...]

– Dorme comigo?- Gabriel veio falando enquanto me abraçava por trás. Já estávamos todos nos arrumando para ir embora.

Ele tava com o olho vermelhinho, provavelmente com sono e meio bêbado. Um neném!

– Isso tudo pra provar que é cheio de dons?- Pergunto rindo.

– Desde quando tenho que te provar algo?- Sussurra perto da minha boca.– Só termina a noite lá em casa?

Ele me puxou pra mais perto e me deu um selinho, passei os braços ao redor do pescoço do mesmo e encaro os olhos dele.

– Termino, mas me promete uma coisa?- Faço carinha de criança pidona.

– O que você quiser!- Roubou mais um selinho.

– Vai ter que me mimar muito, porque estou na TPM e carente.– Falo simples e ele da risada, mas concorda.

– Depois ainda tem a cara de pau de falarem que não tem romance!- Valentina fala debochando.

– Vamos então?- Me pergunta e eu só concordo com a cabeça, me despedindo dos meninos.

– Cuidado com minha best filho da puta!- Matheus gritou me fazendo rir. Era lei, se ele tava bêbado me chamava de best ou fifi sempre.

Gabriel fez sinal de continência e abriu a porta do carro pra mim, me fazendo sorrir. Nunca vou me acostumar.

Ele entrou no outro lado e arrancou com o carro. Mas como parece que tá nos velozes e furiosos, em menos de 15 minutos estávamos lá.

Ele abriu o portão no controle e entramos na garagem. Abri a porta do carro e desci.

– Por que não esperou cara?- Falou me olhando meio chateado.

– Uai, tenho mão!- Falo dando de ombros. – Custava nada abrir.

– Sempre espera!- Falou me guiando pela cintura e beijando minha bochecha.

Entramos no elevador e subimos conversando sobre algumas coisas aleatórias. Gabriel sempre foi uma gracinha, desde o primeiro dia, e isso acaba comigo!

– Quer tomar um banho?- Perguntou quando entramos no ap e eu concordei com a cabeça.– Vou só pegar uma toalha pra ti, fica à vontade!

Tomei um banho rápido e sem molhar cabelo, porque já estava tarde. Conseguia sentir o cheiro dele em mim, já que tinha usado o sabonete do mesmo.

– Me dá uma camisa tua aí?- Pedi e ele me entregou uma, indo tomar banho em seguida.

Vesti a mesma calcinha e a camisa dele, indo deitar em seguida. Rapidamente ele terminou vindo deitar em seguida, me aconchegando no peito dele.

Ficamos abraçados e ele fazia cafuné em mim, enquanto escolhia um filme pra assistirmos.

– Estamos fazendo tudo errado né?- Puxei assunto e levantei a cabeça para olhar pra ele.

– Como assim?- Perguntou confuso. Como a luz estava apagada, via ele apenas pela claridade da TV.

– Sei lá.- Fiz carinho no peito dele, que estava sem camisa.– Antes mesmo de ficarmos já tínhamos dormido juntos. E isso é tipo, a regra número um da vida.

– Não dormir com ficante?- Perguntou rindo e eu concordei.– Ninguém precisa saber!

Ele deu uma piscadinha e roubou um beijo rápido.

Continua...

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